Quarta-feira, 30 de Junho de 2010
A violência existe nas escolas porque falta a autoridade e o castigo que seria devido por mau comportamento e até delinquência. Não se pode castigar físicamente os alunos e na falta de outros castigos eficazes, principalmente nas idades mais jovens, quando se começa a moldar o seu comportamento dentro da sala de aula e fora dela, resta a impunidade que serve de incentivo para que cresçam os comportamentos anormais e a violência nas escolas e fora delas.
Eu defendo os castigos físicos até aos 10/12 anos, aplicados por pais e professores nos primeiros anos de escola, quando se está a moldar o comportamento dos jovens para com os professores. A partir dessas idades não! são casos patológicos que devem ser encaminhados para "casas de correcção" para que aí sejam corrigidos os seus desvios de comportamento, de contrário serão casos perdidos. Nestes estabelecimentos deverão continuar a sua escolarização, mas terão que cumprir regras de socialização: levantar, deitar e tempos de lazer deverão ter horas definidas. Algumas regalias deverão ser obtidas como prémio de bom comportamento e disponibilidade para ajudar nas tarefas gerais. Mas todos os castigos físicos são por ora condenados pelas nações ocidentais, pela EU e pelo nosso país. Assim, as mudanças terão que ocorrer primeiro nas principais nações. Portugal, nisto, como noutras matérias seguirá atrás.
Como os castigos físicos são inadmissíveis, que castigos aplicar aos alunos mal comportados que por vezes molestam colegas e boicotam as aulas e o trabalho dos professores? Aplicar uma multa? Quem a vai pagar? Os alunos? os pais? e se não tiverem meios para pagar? deverá obrigar-se os alunos a ficar de castigo numa sala de estudo? e quando aqueles aperceberem de que nada lhes acontece se recusarem o castigo? é isso mesmo que vão fazer, vão recusar o castigo. e depois? Expulsa-se o aluno da aula ou da escola? Além de excluirem o jovem do direito e obrigação de a frequentarem até aos 16/18 anos, apenas se transfere o problema para o exterior da sala de aula. Esses jovens irão dar azo à sua liberdade doentia noutro lugar. A maioria das crianças e jovens não são delinquentes e pode ser corrigida de qualquer desvio através de uma simples conversa, mas basta um "rebelde" para boicotar uma aula e para arrastar consigo outros mais pacatos que não levantariam qualquer problema. Os colegas mais humildes são as primeiras vítimas e a escola não tem hoje maneira de as proteger a não ser que as isolassem dos mais violentos, o que seria caricato. Mas não será injusto premiar os delinquentes com a liberdade enquanto se fecham os restantes alunos ainda que para a sua protecção? Mesmo assim ficam expostos quando entram e saem da escola. Isto lembra os “condomínios fechados” onde quem pode se protege da violência exterior sem ficar completamente imune porque tem que entrar e sair desses locais. Algo tem que mudar mais cedo ou mais tarde porque agora estamos, sem o saber, a criar pequenos jovens insociáveis que nunca se habituarão a cumprir regras: horários, ordens, normas, etc e que serão uns inúteis aos seus concidadãos e que viverão à custa dos seus pais enquanto puderem e depois à custa do crime mais ou menos violento.
Os castigos físicos são condenáveis, mas, por vezes, são os únicos que têm algum efeito e as autoridades policiais sabem-no bem. Senão para que servem aqueles bastões compridos que os polícias usam nalgumas situações? e as outras armas que trazem? As crianças não são assim tão diferentes dos adultos e considero até um abuso de linguagem apelidar-se de "crianças" todos os jovens dos zero aos dezasseis (logo dezoito) anos, como se a inteligência e a capacidade de distinguir o bem do mal chegasse na noite em que completam aquela idade. O termo "criança" já não dá hoje qualquer indicação sobre o jovem em causa, pelo que se deduz apenas ser um "menor" pois coloca ao mesmo nível uma criança de 6 meses, um menino de 8 anos e um rapaz de 14 anos: são todos crianças e todos iguais (?).
Um dia as ideias que agora dominam de não aplicar quaisquer castigos físicos em quaisquer circunstâncias terão que mudar: o que é hoje um conceito aceite e indiscutível nos países ocidentais será um dia posto em causa pelos futuros pedagogos. Houve no passado uma inversão nos castigos admissíveis nas escolas e isso deverá acontecer no futuro, porque os castigos físicos são necessários e inevitáveis. Os castigos físicos eram bem tolerados pelas anteriores gerações de pais que os deverão aceitar, compreender e apoiar até para a protecção dos seus filhos dos poucos jovens com procedimentos anormais. Existe uma excepção que são as escolas particulares que podem sempre excluir os alunos mal comportados ou violentos, que nesse caso serão absorvidos pelas escolas públicas que não os podem excluir. Na realidade a educação é dada fundamentalmente pelos pais (mas não só daí a necessidade da escola também intervir nessa matéria), mas há pais que também não a têm e por isso não a podem transmitir aos seus filhos.
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Terça-feira, 29 de Junho de 2010
Acordo Ortográfico vai começar a ser ensinado nas nossas escolas e muito bem!
A língua portuguesa está ser ainda implantada entre as populações dos países Africanos de Língua Portuguesa. Muitas dessas gentes ainda falam apenas as suas línguas tribais e se Portugal não tivesse aderido ao Acordo o mais certo seria que esses novos países adoptassem o português do Brasil e não o de Portugal, por via da maior influência que têm os 220 milhões de falantes de um país como o Brasil, em vias de se tornar uma potência mundial, em vez do português falado por cerca de 10 milhões de portugueses. Esses países já não são nossas colónias e são livres de seguir a tendência que mais lhes convir. O Brasil tornou-se independente há apenas cerca de 200 anos e já se notam bastantes diferenças, mas se as duas línguas continuarem a divergir daqui a outros tantos anos portugueses e brasileiros já não se entendem e ambas as línguas terão que ser consideradas diferentes. Para o evitar, aproximações sucessivas deverão acontecer de tempos a tempos e considerar até as futuras tendências do português falado nos PALOPs. O castelhano, italiano, catalão e português (...) derivam todas do latim mas são hoje línguas diferentes. Mais: o inglês europeu era o ensinado nas nossas escolas há 40/50 anos mas hoje o inglês americano ganha terreno no nosso ensino. Porque será?!
Segunda-feira, 28 de Junho de 2010
A Globalização, tal como foi concebida, vai determinar o fim da prosperidade do ocidente que passará para segundo plano e será ultrapassado pelas as novas superpotências que esta "globalização selvagem" ajudou a criar: a China, a Índia... O Ocidente caiu na armadilha da globalização que interessava às grandes Companhias que pretendiam aproveitar-se dos baixos custos de produção no oriente. Todos nós sabemos que o custo da mão de obra é insignificante no valor dos bens produzidos nos países emergentes do oriente em virtude dos baixos salários e da inexistência de quaisquer obrigações sociais. Como os bens produzidos nesses países se destinam sobretudo à exportação para ocidente; quando a população do ocidente perde poder de compra, a crise acaba por atingir também as novas potências. Mas a crise nesses países é e será sempre um menor crescimento económico: há poucos anos era de dois dígitos e agora deverá ficar-se por 6 ou 7%, e a isso não se poderá chamar “crise”. A crise atinge o ocidente e quando passar o centro económico do mundo estará a oriente, pois terá chegado o fim dos anos de ouro do ocidente. Os EUA serão também ultrapassados. Ao aderirem ao desafio da "globalização selvagem", os países ocidentais ajudaram à mudança porque não exigiram aos países do oriente que prestassem às suas populações melhores condições sociais, tais como: criar regras laborais justas, melhores salários, menos horas e menos dias de trabalho, férias anuais pagas, assistência na infância, na doença e na velhice para poderem aceder livremente aos mercados do ocidente. Não! o ocidente optou simplesmente por abrir as portas à importação sem condições, criando assim uma "concorrência desleal e selvagem” da qual sairá sempre a perder. Restarão às unidades de produção ocidentais três alternativas: 1ª) Mudam-se para oriente; 2ª) Fecham portas antes da falência para salvaguardar o interesse dos seus accionistas; 3ª) Nada fazem e não resistem à concorrência que lhes foi imposta e vão à falência. A única alternativa para o problema seria a de nivelar os salários e demais condições laborais pelo oriente. E não será a isso que estamos a assistir neste momento? Nalguns desses países existe mesmo escravatura no significado literal da palavra; e trabalho infantil (não de jovens de 14,15 anos mas de crianças de 6,7 anos). Assim, o ocidente e a UE ditou a sua própria “sentença de morte económica” quando abriu portas ao comércio livre: enquanto algumas empresas não resistem à concorrência e fecham as portas para sempre, outras irão deslocar-se para a China ou Índia para assegurar a sua própria sobrevivência o que provocará o desemprego e o definhar da economia ocidental. E os trabalhadores? será que depois do razoável nível social que atingiram no ocidente vão aceitar trabalhar a troco de um ou dois quilos de arroz por dia sem direito a descanso semanal, sem férias, sem reforma na velhice, etc...? Não! por isso o ocidente está já a iniciar um penoso caminhar em direcção ao caos: a indigência e o crime mais ou menos violentos irão crescer e atingir níveis inimagináveis apenas vistos em filmes de ficção que nos põem à beira do fim dos tempos como consta nos escritos bíblicos. Os Estados irão a pouco e pouco isentar as empresas dos custos da Segurança Social como incentivo à sua não deslocalização. A Segurança Social será cada vez mais suportada apenas pelos próprios trabalhadores e não poderá em breve suportar o esforço de minimizar os problemas que irão crescer sempre. A época áurea do ocidente já é coisa do passado e em breve encher-se-á de grupos de marginais desesperados sobrevivendo à custa de burlas e do saque. Iremos regredir no tempo cem anos, a actual classe média desaparecerá e existirão apenas uns poucos muito ricos e os pobres: os muito ricos habitarão autênticas fortalezas protegidas por todo o tipo de protecções e apenas sairão rodeados por guarda-costas dispostos a matar ou a morrer pelo seu “senhor”; haverá, em simultâneo, uma enorme mole de gente desesperada de mendigos e de salteadores que lutam pela sobrevivência a todo o custo e cuja protecção apenas poderá ser conseguida aderindo aos grupos/bandos que dominarão as ruas, ficando as polícias confinadas aos seus espaços próprios e reservadas para reprimir as “explosões” sociais que possam surgir. Os militares acabarão por ser chamados a auxiliar também nestas funções. PS e PSD são os dois fiéis representantes em Portugal desta globalização e não poderão, por isso, enjeitar os seus resultados.
Sexta-feira, 25 de Junho de 2010
Portugal gastou muitos milhões do seu orçamento (pagos pelos portugueses) e da UE (pagos pelos europeus em geral) para construir as SCUTS e agora os pórticos de cobrança automática para que paguemos para circular por elas. Mais valia que o Estado português tivesse continuado a obra do anterior regime e continuado a melhorar as "Estradas Nacionais", melhorando as vias e fazendo desvios às vilas e às cidades. Não o fez mas agora justifica-se com as "vias alternativas", que em muitos locais não há, para a introdução de portagens nas SCUTS. Pior: há locais em que passou com a SCUT por cima da antiga "Estrada Nacional" e a alternativa à SCUT é agora uma estrada sinuosa pior do que a anterior EN. E se um dia os portugueses voltarem às antigas ENs por não poderem suportar as portagens das SCUTS demasiado caras para os seus rendimentos, vamos ter que compensar através do orçamento do estado e dos nossos impostos as empresas que exploram e dão manutenção às SCUTS.
Não há alternativa à A28 entre Póvoa de Varzim e Vila do Conde, pois não se construiu nenhuma circular que evitásse aquelas duas cidades. Isto afecta quem por lá passa e quem vive nessas cidades que vai agora suportar um afluxo suplementar de trânsito. Na A23, entre a barragem do Fratel e Castelo Branco, a SCUT passou em diversos locais sobre a antiga EN com prejuízo daquela e qualquer dia iremos também aí pagar portagem. Se se pretendia construir uma via com portagem não deveriam ter prejudicado a via existente. Uma auto-estrada não é apenas uma via com faixas separadas: no Algarve, entre o final da A2 e Vila Real de Sto. António, a Via do Infante não tem características de uma verdadeira auto-estrada, pois tem um piso muito irregular, com bermas muito estreitas onde não cabe um pesado avariado e as plantaformas de aceleração (ou desaceleração) são demasiado curtas. Transformar aquela via numa verdadeira auto-estrada exigiriam obras de vulto. Além desta questão, há ainda o problema do pagamento das portagens por quem não tem VIA VERDE e não podemos exigir aos estrangeiros que tenham esse meio de pagamento. Em resumo: a questão da portagem nas SCUTS é uma enorme trapalhada que demonstra no mínimo a incompetência dos políticos que nos têm governado durante todos estes anos e só se justifica porque o governo está ávido de dinheiro e tem que o ir buscar a qualquer lado.
Os partidos de esquerda desculpam sistematicamente a criminalidade com a pobreza e o desemprego. Parece terem receio de uma atitude mais enérgica na luta contra o crime. Será que ficaram traumatizados desde os tempos do fascismo? Esta postura está a desorientar o seu próprio eleitorado natural: os mais pobres que são também os mais desprotegidos face à criminalidade. Assim, os partidos de esquerda têm muita responsabilidade relativamente ao crescimento de extrema-direita que têm um discurso bem mais sensato sobre o combate crime. Não me parece que o combate ao crime seja incompatível com a defesa dos mais desfavorecidos que também são as principais vítimas dos criminosos porque não têm guarda-costas nem especiais sistemas de segurança nos seus automóveis nem nas suas casas.
Têm fechado centenas de Empresas que têm jogando muita gente no desemprego e na pobreza. Muitos trabalhadores ficam até com muitos meses de salário por pagar. Se o desespero e a pobreza fossem o principal motivo para o crime violento então muitos assaltos partiriam dos grupos de pessoas na mesma situação que se juntam nos antigos locais de trabalho.
Durante o antigo regime a pobreza em Portugal era maior do que a actual e a criminalidade violenta era praticamente inexistente. Se a mais pobreza implicasse maior criminalidade, então não teria sido assim. As estatísticas nem reflectem a nossa realidade porque as vítimas já não acreditam na eficácia do nosso sistema de justiça e sabem que os criminosos são rapidamente postos em liberdade, mesmo quando capturados em flagrante delito, ficando as vítimas depois sujeitas a represálias, por isso muitas já nem se queixam. Pela mesma razão, vítimas e testemunhas escondem a face quando são entrevistadas pela televisão.
Há alguns anos um Mayor de Nova Iorque decidiu que não se deveria menosprezar a pequena criminalidade nem os pequenos delitos, porque a sensação de impunidade se instala nos jovens delinquentes, estes vão progredindo para infracções cada vez mais graves até que a situação se torna incontrolável. Implementou então a célebre "Tolerância Zero" que, como se sabe, deu óptimos resultados, reduzindo num só ano a criminalidade em cerca de metade.
A actual política portuguesa é a de manter os criminosos na rua, mesmo depois de várias reincidências. Acredito que “apenas” seja uma forma de poupar dinheiro ao orçamento do estado, poupança que os cidadãos acabam por pagar ainda mais caro quando ficam sujeitos aos actos dos criminosos, na sua maioria já são reincidentes. Os criminosos continuam impunes e com as suas actividades criminais, subindo o nível dos seus delitos e servem de exemplo para que os mais jovens sigam o caminho da delinquência. Este é o resultado das nossas políticas.
Por tudo isto é natural que os cidadãos portugueses (e não só porque esta política não é exclusiva do nosso país) no seu desespero começam a mudar a sua orientação de voto para a extrema-direita que tem um discurso bem mais sensato sobre o problema mas depois são penalizados pelas políticas neo-liberais que visam colocar os custos do trabalho ao nível do extremo oriente e da China e retirar-lhes a pouco e pouco todas as regalias sociais conseguidas durante muitos anos (sobre isto poderá ver um comentário meu em http://bancadadirecta.blogspot.com/2009/07/os-milagres-da-globalizacao-na-cimeira.html). Isso já aconteceu em França…
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Quinta-feira, 24 de Junho de 2010
The final results of chinese economy shows that grew 17% instead of the expected 12% in the year of 2009. Meanwihle western developed countries continue with their economies stagnated or even falling down. This fact is not strange once many companies are closing their factories in western countries to open them in China, in order to profit the lower costs with salaries and other social duties. The value of this factor of production in China is irrelevant comparatively to EU and western social developed countries in general.
Sexta-feira, 18 de Junho de 2010
NUNCA GOSTEI DA MANEIRA DE ESCREVER DE SARAMAGO, DEMASIADO COMPACTA, COM POUCA PONTUAÇÃO E QUE NÃO DOS DEIXA RESPIRAR QUANDO LEMOS OS SEUS ESCRITOS, PORÉM ADMIRO A SUA CORAGEM AO ABORDAR OS DOGMAS DA RELIGIÃO CATÓLICA, PRINCIPALMENTE NUM PAÍS TÃO PROFUNDAMENTE CATÓLICO, COMO É O NOSSO PORTUGAL. NÃO QUERO COM ISSO DIZER QUE CONCORDE EM TODA A EXTENSÃO DAS SUAS TESES, POIS APESAR DE TAMBÉM NÃO ACREDITAR EM SANTOS, NEM EM ANJOS, NEM QUE O MUNDO TENHA SIDO FEITO EM SEIS DIAS, RECONHEÇO A ORDEM POR QUE A CRIAÇÃO NOS É APRESENTADA NA BÍBLIA ESTÁ CORRECTA, À PARTE DE NÃO ACEITAR QUE EVA TENHA VINDO MESMO DE UMA COSTELA DO HOMEM, MAS SE ISSO FOR UMA METÁFORA PARA NOS DIZER QUE A MULHER COMPLETA O HOMEM, ENTÃO TUDO BEM! FINALMENTE CREIO EM DEUS, UMA FORÇA SUPREMA QUE DEFINO COMO A SENDO A ENERGIA GLOBAL E UNIVERSAL, A QUAL OS CIENTISTAS NÃO PODEM NEGAR QUE ESTÁ EM TODA A PARTE. UMA VERDADE DE SARAMAGO: AS RELIGIÕES, INFELIZMENTE, TÊM-SE APROVEITADO DOS INOCENTES E DOS MAIS FRACOS PARA DELES SE SERVIREM E DOMINAR O MUNDO.
Segunda-feira, 14 de Junho de 2010
Vamos então pagar portagem nas SCUTS a partir de 1 de Julho de 2010, para isso teremos que ter a Via Verde" ou outro meio electrónico uma vez que não haverá cabines para pagar no momento. E os estrangeiros passam de borla ou serão obrigados a usar as vias alternativas?
Segunda-feira, 7 de Junho de 2010
A medida é no mínimo injusta para os bons alunos que concluiram com sucesso todos os anos de estudo porque não se lhes reconhece o mérito. Pretende-se com a medida que rapidamente todos os jovens obtenham o 12.º ano em Portugal. Mais valia aumentarem já a idade até à qual se teria obrigatoriamente que frequentar a escola e subi-la já para os 18 anos (como estará previsto para 2013), e reduzir a "escolaridade obrigatória", ou seja reduzir o ano que se tem que concluir com sucesso, que se pretende seja o 12.º ano. Mas mesmo assim deveriam estar previstas excepções para alguns jovens que não conseguem compatibilizar-se com a escola de modo a que não prejudiquem os seus colegas.
Muitos jovens não vão conseguir concluir com sucesso o 12.º ano a não ser que haja muitas baldas, por isso muitos jovens serão "empurrados" para a marginalidade. Mas a quem interessa que os nossos jovens sejam "empurrados" para a marginalidade que os leva mais facilmente à indigência e até ao crime?
Sábado, 5 de Junho de 2010
O 12.º ano vai ser em breve a escolaridade mínima obrigatória para todos os jovens portugueses. Todos eles terão que a conseguir sob pena de ficarem marginalizados e ninuém deseja aumentar o número de pessoas “empurradas” para a marginalidade que mais facilmente acabarão por cair na indigência e no crime. Assim, a alternativa será a de facilitar gradualmente a obtenção do 12º ano a todos os jovens, o que é até injusto para os bons alunos que não conseguem ver reconhecido o seu mérito. A passagem do 8.º ano directamente para o 10.º, com exames em duas disciplinas é mais um passo nesse sentido e para que os portugueses "subam" o seu nível de escolaridade. O 12º ano não signifique assim uma melhor preparação para o trabalho e para o seu progresso pessoal e do país. Mas há algumas vantagens:
1.ª) enquanto os jovens andam na escola não andam à busca de emprego nem figuram nas estatísticas de desempregados, o que é bom para essas estatísticas; 2.ª) aumenta-se o nível de escolaridade do país, o que também é bom para as estatísticas;
3.ª) são precisos mais professores no sistema de ensino português o que ajuda à redução do desemprego, o que também é melhor para as tais estatísticas de desemprego.
Estamos assim sobretudo a trabalhar para as ESTATÍSTICAS, pois o facto de se exibir hoje um certificado de habilitações com o 9.º, 11.º ou 12.º anos já não dá qualquer indicação às entidades empregadoras sobre as reais aptidões dos candidatos aos empregos que têm para oferecer, assim têm que ser as entidades empregadoras a avaliar essas qualificações.
Além disso, a escola pública já não é hoje, em muitos estabelecimentos de ensino público, o local mais aconselhável para que os jovens atinjam os necessários conhecimentos por forma a prosseguirem os seus estudos com sucesso nas universidades, mesmo que sejam jovens inteligentes e interessados, por isso muitos pais, já hoje, por vezes até com algumas dificuldades financeiras, procuram o ensino particular para os seus filhos. O problema é que o ambiente em algumas escolas públicas não é o melhor e essas escolas estão impossibilitadas de resolver os problemas que se lhes deparam e têm que aceitar todos os jovens, bons, maus, interessados, desinteressados, humildes, desordeiros, assidúos ou não. Porque todos jovens são obrigados a frequentar a escola enquanto menores, mesmo que por ela não revelem qualquer interesse, muitos deles andam lá apenas porque o sistema a isso os obriga ou para que os pais não percam o direito ao “Rendimento mínimo de inserção”. Alguns desses jovens utilizam a escola, os colegas e até os professores para se divertirem, gozando-os e boicotando as aulas. As escolas privadas, pelo contrário, livram-se facilmente desses alunos.
Há que mudar, de contrário estamos a condenar o futuro dos portugueses a figurar “orgulhosamente” nas estatísticas como sendo dos com mais anos de escolaridade e mais nada.
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