Assisti ontem atentamente às respostas do Engº Sócrates aos dois entrevistadores que, como é hábito, nunca deixam responder completamente às questões que apresentam, colocando outras novas logo a seguir, mesmo antes do entrevistado concluir o quer que seja, o que é lamentável pois acabam por boicotar intencionalmente ou por estupidez a finalidade da entrevista que é a de esclarecer quem vê o programa.
O "Sonho Europeu" está chegando ao fim. A medida tomada em relação ao Chipre foi a machadada que faltava. É o fim do sonho europeu: o início do fim da União Econômica Monetária e talvez até da União Europeia. É verdade! a morte do "doente" já se anunciava para mais cedo ou mais tarde, agora, logo que os bancos abram no Chipre, todos os cipriotas correrão a levantar as suas poupanças até aqueles com poupanças inferiores aos 100 mil euros, porque depósitos avultados já terão sido levantados noutros países onde os bancos cipriotas continuam abertos, apesar dos em território cipriota estarem fechados. Assim, talvez os bancos cipriotas nem cheguem a abrir tão cedo devido a insolvência e se abrirem será apenas para levantamentos que assegurem o mínimo para a subsistência dos cipriotas. E depois? Depois seguem-se os restantes países da União Econômica Monetária. Qualquer economista básico ou até pessoa com uma cultura mediana sabe que o sistema bancário funciona por confiança e que nenhum banco resiste ao levantamento simultâneo de, por exemplo, 1/4 dos seus Depósitos. Assim, a queda dar-se-á mais ou menos pela seguinte ordem: Chipre, Grécia, Malta, Portugal, Espanha, Irlanda, Itália ...
Os responsáveis da UE ora dizem que a fórmula poderá ser aplicada por outros países em condições idênticas; ora dizem que não será seguida por mais nenhum caso, mas quem irá acreditar agora que se "abriu a caixa de pandora"?
Sim! Estamos na Semana Santa e a sexta-feira continuará a ser feriado, mas os funcionários públicos não poderão esperar qualquer benesse em relação à quinta-feira Santa, cuja parte da tarde (pelo menos) costumava ser-lhes concedida. Regiões Autónomas e algumas Câmaras Municipais deverão a manter a tradição, tal como fizeram em relação ao dia de Carnaval, mas os funcionários da administração central terão que esperar pela próxima legislatura, porque o PS deverá substituir o atual governo logo que haja eleições e irá querer marcar a diferença, pelo que deverá voltar a conceder aos seus servidores o dia de Carnaval, assim como a parte da tarde da quinta-feira Santa. Por isso, há que ter paciência e esperar, porque este Governo, sabe-se lá porquê, escolheu os funcionários públicos como sendo os seres mais odiados do país e por isso as suas principais vítimas.
O Governo português acordou com a Troika, eliminar da função pública milhares de funcionários das categorias menos qualificadas (mais baixas), as operacionais e as técnico-operacionais que possam ser prescindíveis (?). Como muito desse pessoal irá na realidade fazer falta em muitos lugares onde são mesmo imprescindíveis, a medida acabará por criar espaço para o desenvolvimento de Empresas de prestação de serviços ao Estado nessas áreas. E não será esse mesmo o objetivo?
O resultado acabará por sair mais caro ao Estado, pois apesar dos salários deste novos trabalhadores rondar o mínimo nacional a fatura a pagar será 3 a 4 vezes mais, e terá pessoal menos flexível para ser deslocado para outras tarefas...
Os prejuízos destas empresas são devidos à compra de grandes frotas de autocarros, barcos, comboios, tudo novinho em folha, porque as empresas públicas não compram material usado.
No caso da CP, a renovação abrupta das linhas do país, electrificando-as também quase todas; No caso do metro, devido à construção das novas linhas e de novas redes em algumas cidades.
Sem dinheiro para esses investimentos, as empresas tiveram que se financiar (ENDIVIDAR) e agora têm pesados encargos financeiros.
Resta saber ainda, quanto desse dinheiro foi parar ao tal "Homem da Mala" de que falou Medina Carreira nos seus depoimentos à TV sobre a corrupção em Portugal.
Agora responsabilizam-se os trabalhadores pelos problemas económicos das Empresas e cortam-lhes direitos, alguns deles anteriores mesmo ao 25 de Abril.
Os funcionários da CP estão, uma vez, mais em greve em defesa da manutenção do direito a viagens gratuitas para eles, para os colegas reformados e para suas famílias e têm razão para isso. O benefício nada tem de extraordinário e a maioria das empresas concede aos seus funcionários, incluindo aos mais modestos, regalias nas áreas em que atuam. Por exemplo: As empresas de transportes concedem benefícios idênticos aos seus trabalhadores, incluindo as dos metropolitanos, da aviação, TAP, das travessias fluviais, etc; os trabalhadores bancários têm juros mais em conta; os trabalhadores dos talhos levam uma determinada quantidade de carne para casa; os pescadores levam peixe; os das padarias levam pão; os das clínicas têm acesso privilegiado aos serviços de saúde e, obviamente, a mais baixo custo; os da EDP têm energia mais barata; os da Auto-Europa podem comprar veículos da marca com desconto e também peças para a sua reparação; aos das empresas da “cluster” da Auto-Europa também é concedido esse benefício; os trabalhadores do um restaurante não vão por certo pagar o almoço ao restaurante no dia de trabalho; do mesmo modo que os de uma qualquer pastelaria não vão pagar da sua algibeira o café que tomam; os funcionários de qualquer empresa que venda tintas e de outros materiais têm também descontos a nível de preço de revenda; Não é credível que as oficinas não tenham uma atenção em termos de preço para com os seus colaboradores quando reparam os seus veículos na suas instalações; do mesmo modo, um trabalhador da construção civil poderá esperar uma atenção no preço da habitação se a comprar ao seu patrão; antigamente os funcionários públicos não pagavam impostos sobre os seus salários. Poderia dar mais exemplos mas já devem chegar. O mundo real não é tão selvagem como o Governo e a TROIKA o vêem. Parece que só são admissíveis benefícios às administrações das Empresas. É que a retirada destas regalias aos trabalhadores mais modestos são determinadas pelo Governo, que as impõe às administrações das empresas públicas.
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