Falei há dias com uma pessoa que está na Holanda e queixei-me da degradação dos nossos serviços de saúde; respondeu-me que por lá funcionavam os Seguros de Saúde, que toda a gente os tinha e que ela pagava mensalmente cerca de 300 euros só para o Seguro de Saúde, insinuando que talvez fosse essa a solução para os portugueses, porém esqueceu-se de uma coisa muito importante: é que a maioria dos portugueses que até trabalham jamais poderá pagar tais valores, até porque o salário mínimo que muitos portugueses recebem ao fim do mês não chega a atingir os 500 euros e além de não se trabalhar apenas para pagar o seguro de saúde, muitas outras despesas são por cá até superiores às dos países onde os salários são muito mais elevados. Por exemplo, já que falamos de saúde, posso informar quem não sabe que uma consulta num médico privado é mais cara cá do que na Holanda. Será uma questão de livre concorrência de mercado ou de falta de médicos por cá? Bom! eu sei que há poucos anos quando se falava no baixo "numerus clausus" nos cursos de medicina, a Ordem dos Médicos afirmava sempre que "não havia falta de médicos em Portugal". Hoje prova-se justamente o contrário. Então? talvez estivessem a pensar na quantidade de jovens portugueses que estavam a estudar medicina em Salamanca. Esses eram os que tinham a felicidade de ter possibilidades económicas para isso. É que esse curso era e continua a ser o único que garante um futuro aos jovens que o conseguem concluir, nem que para isso tivessem que passar pela "escola dos vintes".
Estávamos falando de seguros e há alguns por preços inferiores aos tais 300 euros que se limitam pagar a dentistas; ou a cobrir uma parte das despesas com consultas médicas; que ajudam a pagar exames médicos e análises, mas que não conseguem responder a situações mais graves porque aí se atinge rapidamente o "Plafond" e depois os doentes ou têm que pagar na íntegra as despesas ou acabam por ter que se socorrer do serviço público de saúde.
Também há Empresas que oferecem realmente bons seguros de saúde, não só aos seus altos quadros, mas também aos restantes funcionários, embora sejam casos especiais. Não sei é se o seguro se mantem para além da vida ativa. Se isso não acontecer, esses cidadãos acabam sem proteção no final das suas vidas, normalmente, quando mais precisam.
Que me perdoem os restantes portugueses: os desempregados, os velhos e os incapazes para o trabalho, porque a esses nem sequer me referi e têm direito a um serviço nacional de saúde a sério e não a serviço de “faz de conta”, que os obriga ir com febre e dores às 4 ou 5 horas da manhã para a fila do Centro de Saúde para conseguirem uma consulta, Centro de Saúde que vai ficando frequentemente mais longe e muitos doentes não têm transporte próprio nem da família.
"A Tribe In Africa Performs Brain Surgery With No Anesthesia And Leaves A Hole In The Skull Forever"
http://www.youtube.com/watch?v=_Q3QRhsr124
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