Este país está há décadas a desindustrializar-se: umas vezes porque as nossas empresas foram privatizadas e logo desativadas (exemplo: Sorefame); outras porque se deslocalizaram para o Oriente, por via da Globalização; outras porque a política europeia comum a isso levou (a nossa indústria das pescas); outras porque não resistiram à globalização e acabaram por ir à falência, enfim estávamos a perder a nossa capacidade produtiva e as Empresas que subsistem (na área dos serviços, excepto a AUTOEUROPA alemã) contribuem pouco para o bem comum, para além dos empregos que oferecem a alguns portugueses, mas: ou têm incentivos especiais; ou os capitais aqui ganhos são desviados para se expandiram para o estrangeiro (e os novos empregos são criados lá); as mais valias, pouco taxadas, logo escapam para paraísos fiscais; etc...
Apesar disso, com a entrada de Portugal no EURO, o mundo acreditou que se estava a criar um espaço monetário solidário e pudémos benificiar de muito baixas taxas de juro durante alguns anos. Foi nesta altura que o país, as regiões, os municípios e os cidadãos a título individual fizeram as contas com base nessas taxas de juro e chegaram à conclusão que poderiam endividar-se porque as receitas (ou salários) expectáveis seriam suficientes para pagar as amortizações dos empréstimos mais os juros. Mas quando os nossos credores se aperceram que nós estávamos a desmontar a nossa capacidade produtiva e que a solidariedade do EURO não seria para valer, começaram a desconfiar que não iríamos poder pagar os nossos empréstimos e assim baixaram-nos o "rating". Em consequência, os juros subiram agudizando ainda mais o problema: provocando mais falências e mais desemprego, o que determinou o aumento da sobrecarga fiscal sobre os portugueses para equilibrar as contas do Estado, reduzindo a procura interna para a qual a maioria das empresas trabalham. Entrámos então numa espiral louca e infernal cuja culpa não é nossa e de onde não poderemos sair.
Era chegada a hora de por à prova a solidariedade dentro do espaço do EURO, mas o egoísmo nacionalista dos países mais fortes veio à tona e não aceitaram partilhar custos, criando os títulos de dívida europeia, os chamados "EUROBONDS". Se tal tivesse acontecido o mercado teria acalmado e tudo estabilizaria rapidamente. Mas isso não aconteceu e os países atingidos foram práticamente abandonados à sua sorte e acabarão por sucumbir mais cedo ou mais tarde. Mas os países mais fortes que também abraçaram sem reservas a globalização acabarão por ser também eles minados e acabarão por seguir o destino dos mais fracos. Assim, basta esperar para verem o resultado das sua políticas!
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