Quinta-feira, 18 de Junho de 2015

As regras têm que ser cumpridas por todos diz Cavaco Silva


O Presidente da República Cavaco Silva diz que a Grécia tem que cumprir as regras (?) porque têm que ser cumpridas por todos, mas a França tem um défice previsto para 2015 de 4,3%, pelo que a França não cumprirá a meta de 3% e não tenciona fazer mais cortes a curto prazo. Nem agora nem até 2017. Ou seja, o Tratado Orçamental não vai ser cumprido, coisa que a Itália já tinha deixado evidente.


publicado por Zé da Burra o Alentejano às 14:56
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Quinta-feira, 30 de Setembro de 2010

Crise: défice, desemprego, greves na Espanha, França, Grécia, Itália, Portugal, etc...

A Globalização, tal como foi concebida, vai determinar o fim da prosperidade do ocidente que passará para segundo plano e será ultrapassado pelas as novas superpotências que esta "globalização selvagem" ajudou a criar: a China, a Índia... O Ocidente caiu na armadilha da globalização que interessava às grandes Companhias que pretendiam aproveitar-se dos baixos custos de produção no oriente. Todos nós sabemos que o custo da mão de obra é insignificante no valor dos bens produzidos nos países emergentes do oriente em virtude dos baixos salários e da inexistência de quaisquer obrigações sociais. Como os bens produzidos nesses países se destinam sobretudo à exportação para ocidente; quando a população do ocidente perde poder de compra, a crise acaba por atingir também as novas potências. Mas a crise nesses países é e será sempre um menor crescimento económico: há poucos anos era de dois dígitos e agora deverá ficar-se por 6 ou 7%, e a isso não se poderá chamar “crise”. A crise atinge o ocidente e quando passar o centro económico do mundo estará a oriente, pois terá chegado o fim dos anos de ouro do ocidente. Os EUA serão também ultrapassados. Ao aderirem ao desafio da "globalização selvagem", os países ocidentais ajudaram à mudança porque não exigiram aos países do oriente que prestassem às suas populações melhores condições sociais, tais como: criar regras laborais justas, melhores salários, menos horas e menos dias de trabalho, férias anuais pagas, assistência na infância, na doença e na velhice para poderem aceder livremente aos mercados do ocidente. Não! o ocidente optou simplesmente por abrir as portas à importação sem condições, criando assim uma "concorrência desleal e selvagem” da qual sairá sempre a perder. Restarão às unidades de produção ocidentais três alternativas: 1ª) Mudam-se para oriente; 2ª) Fecham portas antes da falência para salvaguardar o interesse dos seus accionistas; 3ª) Nada fazem e não resistem à concorrência que lhes foi imposta e vão à falência. A única alternativa para o problema seria a de nivelar os salários e demais condições laborais pelo oriente. E não será a isso que estamos a assistir neste momento? Nalguns desses países existe mesmo escravatura no significado literal da palavra; e trabalho infantil (não de jovens de 14,15 anos mas de crianças de 6,7 anos). Assim, o ocidente e a UE ditou a sua própria “sentença de morte económica” quando abriu portas ao comércio livre: enquanto algumas empresas não resistem à concorrência e fecham as portas para sempre, outras irão deslocar-se para a China ou Índia para assegurar a sua própria sobrevivência o que provocará o desemprego e o definhar da economia ocidental. E os trabalhadores? será que depois do razoável nível social que atingiram no ocidente vão aceitar trabalhar a troco de um ou dois quilos de arroz por dia sem direito a descanso semanal, sem férias, sem reforma na velhice, etc...? Não! por isso o ocidente está já a iniciar um penoso caminhar em direcção ao caos: a indigência e o crime mais ou menos violentos irão crescer e atingir níveis inimagináveis apenas vistos em filmes de ficção que nos põem à beira do fim dos tempos como consta nos escritos bíblicos. Os Estados irão a pouco e pouco isentar as empresas dos custos da Segurança Social como incentivo à sua não deslocalização. A Segurança Social será cada vez mais suportada apenas pelos próprios trabalhadores e não poderá em breve suportar o esforço de minimizar os problemas que irão crescer sempre. A época áurea do ocidente já é coisa do passado e em breve encher-se-á de grupos de marginais desesperados sobrevivendo à custa de burlas e do saque. Iremos regredir no tempo cem anos, a actual classe média desaparecerá e existirão apenas uns poucos muito ricos e os pobres: os muito ricos habitarão autênticas fortalezas protegidas por todo o tipo de protecções e apenas sairão rodeados por guarda-costas dispostos a matar ou a morrer pelo seu “senhor”; haverá, em simultâneo, uma enorme mole de gente desesperada de mendigos e de salteadores que lutam pela sobrevivência a todo o custo e cuja protecção apenas poderá ser conseguida aderindo aos grupos/bandos que dominarão as ruas, ficando as polícias confinadas aos seus espaços próprios e reservadas para reprimir as “explosões” sociais que possam surgir, talvez por isso se estão a preparar as polícias com melhores meios de combate anti-motim. Os militares acabarão por ser chamados a auxiliar também nestas funções. PS e PSD são os dois fiéis representantes em Portugal desta globalização, por isso não podem enjeitar os resultados que estão a surgir.
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 10:27
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Défice orçamental reduz salários na Função Pública

Antes de Portugal integrar a moeda única, quando tinha possibilidade de controlar o valor da sua moeda, em caso similar, desvalorizava a moeda e o problema ficava resolvido da noite pró dia seguinte: nesse dia todos os salários tinham sido na prática reduzidos no montante da desvalorização da moeda, mas não só os dos Funcionários Públicos, eram todos os atingidos, incluindo as pessoas que já tinham sido reformadas e aposentadas, incluindo os valores das poupanças depositados nos bancos. Agora não! escolheram-se os FP para pagarem a maior parte da "factura", reduzindo-lhes os salários e aumentando-lhes os descontos... Pergunto: porque não optou o Governo por distribuir mais equilibradamente o esforço que é na realidade necessário? poderia reduzir os salários da FP e criar simultâneamente um imposto especial no mesmo valor percentual sobre os salários dos outros trabalhadores com rendimentos iguais ou superiores aos dos FP. Também não percebo porque as reformas e pensões equivalentes às dos FP no activo não são afectados. Apenas não irão subir no próximo ano? Se todos pagassem o esforço seria por certo muito menor para os FP, os eternos eleitos para pagar as crises e não se sabe bem porquê. Falei apenas sobre os rendimentos dos assalariados, reformados e pensionistas mas poderia ter referido outros grupos porque os há que têm rendimentos de outra natureza.
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 09:32
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Quarta-feira, 29 de Setembro de 2010

O PSD, na boca do seu dirigente, afima não deixar passar orçamento do PS se contiver um aumento de impostos

Como o país já não pode desvalorizar a sua moeda resta-lhe corrigir a situação através dos impostos, por isso qualquer português sabe que o seu aumento será inevitável, tendo em atenção até o n.º de empresas que têm encerrado. Assim, restará apenas saber sobre quem irá incidir a principal factura. O PSD, na boca do seu dirigente, afimou, por diversas vezes, que não deixará passar o orçamento do PS se contiver um aumento de impostos e o PS já deu a entender que se demitirá se o seu orçamento não passar no parlamento. Assim, ambos os partidos estão a fazer chantagem sobre o assunto. Se o PSD se abstiver na votação do orçamento está obviamente a deixá-lo passar e nesse caso o seu dirigente, o Dr. Passos Coelho, não cumpre o que afirmou e por isso será de esperar a sua demissão do seu cargo de dirigente do PSD. Mas se o PSD votar contra, o orçamento não será aprovado e ficaremos à espera da demissão do PS e de novas eleições. O PS sabe desde o início do seu mandato que terá que negociar porque a maioria absoluta que teve já se esfumou, mas parece continuar a governar como se não tivesse disso consciência. A negociação poderá ser à direita ou à esquerda, embora a receita seja muito diferente num ou noutro casos.
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 14:59
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Sexta-feira, 30 de Abril de 2010

NOVO AEROPORTO EM LISBOA

Não vejo necessidade de se construir de raiz um novo aeroporto para Lisboa. No Montijo há um aeroporto que com algumas adaptações poderia servir como segundo aeroporto de Lisboa. À semelhança de outras cidades, Lisboa ficaria assim com dois aeroportos. O segundo aeroporto é agora uma base aérea que poderia ser deslocada para Beja, onde existe um aeroporto sem futuro e que poderá ser adaptado para base militar que já foi. Aliás, nem se compreende porque se adaptou recentemente a antiga base aérea militar alemã a aeroporto civil - construindo uma gare para os passageiros - para onde, obviamente, nenhuma companhia aérea quer voar. O terminal do TGV poderia ficar junto do novo aeroporto no Montijo, pois não há necessidade daquele transporte atravessar o Tejo e chegar à Gare do Oriente. Ao invés, o metropolitano de Lisboa poderia atravessar o rio e chegar ao novo aeroporto e à nova gare do TGV no Montijo. O metropolitano, vindo do Montijo, distribuiria por toda a cidade de Lisboa os passageiros do aeroporto, do TGV e muitos milhares de habitantes da outra margem, aliviando assim também o trânsito das duas actuais pontes. A terceira ponte (ou túnel) seria então apenas para o metro, pelo que ficaria certamente muito mais barata a sua construção. Mas este país é governado por doutos políticos e as suas lógicas são para mim imcompreensíveis e o resultado está à vista.

sinto-me:
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 13:52
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Quinta-feira, 29 de Abril de 2010

Não há PEC que nos salve!

Não há PEC que nos salve nem ajudas que sejam suficientes. O que a Europa está a viver é apenas o resultado da adesão à "economia global e selvagem" que decidiu. Aceitou a concorrência desleal que é a actual "Globalização". Os países mais fracos serão os primeiros a sentir os efeitos mas os restantes irão logo a seguir.

Sem produção não há vendas ao exterior e em consequência o rendimento dos países ocidentais cairá pois a produção industrial está a deslocar-se para oriente e para a China. Não é por acaso que aquele país teve no último ano um crescimento de 12%, mais do que os esperados 7% que já seriam muito bons para qualquer país ocidental do "primeiro mundo". Poderemos agradecer tal facto aos políticos ocidentais que aderiram a esta "globalização selvagem" e em Portugal temos dois partidos que são fiéis seguidores das teorias da desregulamentação comercial (e social como efeito da anterior), são eles o PS e o PSD. Ora aí têm o resultado!

O mundo não nasceu há cerca trinta anos, depois da queda do muro de Berlim, quando estas teorias neoliberais ganharam aderentes. Como era então até lá? As relações comerciais faziam-se entre países na sequência de negociações em que havia sempre contrapartidas que favorecessem ambas as partes, por exemplo, se um país pretendia exportar um determinado produto para outro país teria que importar daí produtos em valor equivalente (no nosso caso actual a negociação seria feita agora por intermédio da UE que deveria acautelar os interesses dos países que a compõem e também os de Portugal). Por palavras mais simples: queres vender o teu produto mas o que me compras como contrapartida? Altas taxas para a importação existiam em casos não negociados e assim nem as grandes empresas se sentiam atraídas para deslocar a sua produção para o "terceiro mundo" dado que o poder de compra estava no ocidente e ficariam sujeitas às tais taxas.

Mas as grandes companhias multinacionais estavam de olho na mão de obra barata a oriente e na desregulamentação laboral, o que lhes prometia maiores lucros, assim foram, a pouco e pouco, convencendo e corrompendo o poder político até que depois da queda do muro de Berlim conseguiram finalmente impor a sua vontade.

E agora? Agora o ocidente irá rapidamente transformar-se ele no "terceiro mundo" enquanto a China e outros países a oriente crescem economicamente embora as suas populações continuem a viver na pobreza, sem segurança social, sem reformas, sem ajudas na infância, nem na velhice, nem na doença; quase sem dias de descanso, nem com férias pagas nem com subsídio de férias (ou outro), vivendo em enormes bairros de lata, os quais vão sendo empurrados para longe dos centros urbanos agora transformados em grandes metrópoles de arranha-céus com escritórios e habitações para uns poucos privilegiados. Quanto ao ocidente, uma vez socialmente próspero, está a copiar-lhes o modelo numa tentativa desesperada para sobreviver mas não o irá conseguir.

O que acontecerá quando a China começar a concorrer abertamente no mercado automóvel, naval, da aeronáutica,...? Gostaria apenas de estar enganado, mas será que estou?

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 16:40
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