Terça-feira, 14 de Junho de 2016
Ainda há "ricos e pobres" no acesso à saúde. Este é o título de uma notícia no rr.sapo.pt, que é depois desenvolvida no texto que se segue e que vos convido a ler (ver notícia).
Relativamente ao assunto quero acrescentar que isso é o resultado de um plano preparado para liquidar o Serviço Nacional de Saúde, que aqui se apelida de SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE, tendo em vista o aumento de espaço para a sua substituição por um Serviço de Saúde Pública baseada em Seguros de Saúde contratados a companhias de seguros, à semelhança do que acontece em diversos países que, porém, têm diferenças muito grandes relativamente a Portugal: 1.º) a sua população utiliza esse sistema há muitos anos; 2.º) tem um poder de compra muito superior ao dos portugueses; 3,º) a população (que pode) tem o cuidado de fazer um seguro de saúde para qualquer criança o mais cedo possível, até porque fica muito mais económico para o segurado porque terá pela frente a expectativa de gozar de muitos e bons anos de saúde, pois as doenças e acidentes vão aparecendo e agravando ao longo da vida, o que corresponde a um largo período de lucro expectável para a companhia seguradora e é precisamente esse o objetivo de qualquer seguradora.
Apesar disso existem nesses países casos dramáticos, porque como o sistema baseado em seguros de saúde tem em vista um negócio e vez de servir a população, quem não tem dinheiro para pagar um bom seguro ou atingiu o "plafond" (valor máximo que a companhia paga) não beneficia de qualquer apoio com uma qualidade mínima aceitável e acaba por morrer por vezes como um cão vadio.
Já há alguns anos que estão a nascer em Portugal, como cogumelos, os Hospitais e as Clínicas privadas, que se preparam já para a transição dos serviços de saúde para os privados; e a maioria dos portugueses nem se apercebe da mudança em curso.
Enfim, talvez pudesse ser motivo para uma manifestação "em favor do Serviço Nacional de Saúde Público", o que não ofende os cuidados de saúde privados que sempre existiram em Portugal paralelamente ao SNS.
Sexta-feira, 28 de Outubro de 2011
É hoje notícia no Destak que "
Vitor Gaspar garante que transferência de fundos de pensões salvaguarda interesse público" e sobre o assunto venho lembrar que já no anterior regime, durante a guerra do Ultramar, os descontos para a Segurança Social eram desviados para o esforço de guerra; agora é para ajudar a pagar a dívida que o Estado português contraiu depois do 25 de Abril, na construção de autoestradas, Expos, Centros Culturais, Casas de Música, estádios de futebol, e outros pagamentos duvidosos sempre por contas astronómicas. Mas quem fica sempre a perder foi quem descontou uma vida inteira para esses fundos e até para a segurança social. Governantes e comentadores seus mandaretes ainda têm o descaramento de anunciar que daqui a poucos anos não há dinheiro para as reformas/pensões em vez de denunciarem esta vergonhosa ilegalidade. A verba que é precisa apenas deve sair do orçamento do Estado para onde vão os impostos de TODOS os portugueses que pagam impostos. Os descontos para os Fundos de pensões e da Segurança Social são pagos pelos trabalhadores e têm um destino bem definido, não é para ser abarbatado pelo Governo para fins diversos dos originais, só porque é mais fácil. Além disso, há benefícios sociais que são da responsabilidade de todos os cidadãos e que por isso também devem ir do orçamento do estado e não dos fundos de pensões: são os das reformas não contributivas, solidárias, manutenção do SNS (que é universal e não apenas para quem contribui).
Sexta-feira, 5 de Novembro de 2010
Os portugueses têm que abandonar os políticos corruptos que nos têm governado e apostar sem medo numa verdadeira esquerda. Não tenham receio e se nos obrigarem a abandonar o euro não será o fim. Acredito que até seria melhor, desde que fossem adoptadas políticas corajosas, mas quando digo corajosas não me refiro a sobrecarregar ainda mais os portugueses pobres e de classe média com sacrifícios, mas indo buscar os custos do acerto de contas a quem provocou a situação e a quem tem beneficiado com ela....
Uma coisa é certa: desde que entrámos no euro, a poupança dos portugueses ficou logo desprezada porque se criou a ilusão que o dinheiro fluiria sempre para cá e com juros irrisórios, mas um país não pode viver de forma sã sempre em défice para com o estrangeiro e o que aconteceu seria inevitável. Há por isso que reconstruir de novo este país que assim não tem futuro.
Não há que ter medo: Os brasileiros apostaram em Lula, que tinha sido um operário e era por isso considerado por muitos como não tendo formação para governar o Brasil; provou precisamente o contrário. Por cá vivemos enfeudados aos dois partidos que nos governam há 30 anos e que são os responsáveis pelo que estamos a viver, porque, ao contrário do que dizem, a crise não é mundial!