Terça-feira, 21 de Junho de 2016

China é dona do super-computador mais potente do mundo

Ainda há quem diga que a China não tem tecnologia de qualidade...

Globalização - A queda do Ocidente

 

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 10:46
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Quarta-feira, 19 de Setembro de 2012

Porque nos baixaram o "rating" e subiram os juros para os empréstimos a Portugal?

Este país está há décadas a desindustrializar-se: umas vezes porque as nossas empresas foram privatizadas e logo desativadas (exemplo: Sorefame); outras porque se deslocalizaram para o Oriente, por via da Globalização; outras porque a política europeia comum a isso levou (a nossa indústria das pescas); outras porque não resistiram à globalização e acabaram por ir à falência, enfim estávamos a perder a nossa capacidade produtiva e as Empresas que subsistem (na área dos serviços, excepto a AUTOEUROPA alemã) contribuem pouco para o bem comum, para além dos empregos que oferecem a alguns portugueses, mas: ou têm incentivos especiais; ou os capitais aqui ganhos são desviados para se expandiram para o estrangeiro (e os novos empregos são criados lá); as mais valias, pouco taxadas, logo escapam para paraísos fiscais; etc... 

 

Apesar disso, com a entrada de Portugal no EURO, o mundo acreditou que se estava a criar um espaço monetário solidário e pudémos benificiar de muito baixas taxas de juro durante alguns anos. Foi nesta altura que o país, as regiões, os municípios e os cidadãos a título individual fizeram as contas com base nessas taxas de juro e chegaram à conclusão que poderiam endividar-se porque as receitas (ou salários) expectáveis seriam suficientes para pagar as amortizações dos empréstimos mais os juros. Mas quando os nossos credores se aperceram que nós estávamos a desmontar a nossa capacidade produtiva e que a solidariedade do EURO não seria para valer, começaram a desconfiar que não iríamos poder pagar os nossos empréstimos e assim baixaram-nos o "rating". Em consequência, os juros subiram agudizando ainda mais o problema: provocando mais falências e mais desemprego, o que determinou o aumento da sobrecarga fiscal sobre os portugueses para equilibrar as contas do Estado, reduzindo a procura interna para a qual a maioria das empresas trabalham. Entrámos então numa espiral louca e infernal cuja culpa não é nossa e de onde não poderemos sair.

 

Era chegada a hora de por à prova a solidariedade dentro do espaço do EURO, mas o egoísmo nacionalista dos países mais fortes veio à tona e não aceitaram partilhar custos, criando os títulos de dívida europeia, os chamados "EUROBONDS". Se tal tivesse acontecido o mercado teria acalmado e tudo estabilizaria rapidamente. Mas isso não aconteceu e os países atingidos foram práticamente abandonados à sua sorte e acabarão por sucumbir mais cedo ou mais tarde. Mas os países mais fortes que também abraçaram sem reservas a globalização acabarão por ser também eles minados e acabarão por seguir o destino dos mais fracos. Assim, basta esperar para verem o resultado das sua políticas! 

 

 

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 15:37
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Quinta-feira, 23 de Agosto de 2012

Cerca de 70% dos portugueses são proprietários

De acordo com as estatísticas, cerca de 70% dos portugueses serão também os proprietários da casa que habitam, realidade que não será muito comum noutros países. Este foi o tema de uma notícia televisiva de hoje à noite e os analistas parece não entenderem o motivo que é até bastante simples.

 1.º) Para quem procura arrendar uma casa as rendas sempre foram e são desajustadas em Portugal face aos baixos rendimentos da generalidade dos portugueses;

2º) Creio ser sensato que se opte por adquirir um imóvel pelo mesmo valor que se pagaria pela renda de um outro que nunca seria seu nem dos seus descendentes.

3º) As leis portuguesas têm dificultado exageradamente o despejo de arrendatários incumpridores, os processos arrastam-se durante anos nos Tribunais. Os senhorios têm que reservar uma parte das rendas recebidas para as Empresas que administram os prédios, para as devidas taxas legais e para a manutenção. Com alguma frequência os imóveis são devolvidos vandalizados pelos anteriores ocupantes. Assim, à normal manutenção do imóvel há que considerar despesas adicionais para o recolocar em condições de voltar ao mercado. Este panorama não é muito favorável à estabilização do custo das rendas de novos imóveis e leva até a que muitos proprietários optem por mantê-los fora do mercado e a aguardar melhores tempos.

4.º) Depois da entrada de Portugal na união monetária e no euro os juros cairam abruptamente e foi essa nova situação que levou muitos portugueses, que nem sequer teriam posses para pagar uma renda de casa, tivessem feito as contas e aproveitado a ocasião para comprar uma, de resto como fez um país pobre como Portugal quando construiu centros culturais, uma exposição mundial, um conjunto de estádios de futebol para um evento, uma verdadeira rede de autoestradas e até um desnecessário aeroporto em Beja. As regiões e os municípios fizeram o mesmo e endividaram-se, por vezes construindo rotundas também desnecessárias em muitos casos.

A lógica explica o resto: a determinada altura as agências de “rating” repararam que o país se estava a endividar ao mesmo tempo que perdia a sua capacidade produtiva por causa da globalização e que por isso difícilmente pagaria os empréstimos, assim baixou a classificação do país e os juros pedidos subiram para os novos empréstimos a Portugal, o que provocou "cortes", PECs, baixas nos apoios sociais, nos salários, nas reformas, cancelamento de obras, situação que provocou a falência em massa de muitas empresas e o despedimento de muitos trabalhadores. Com menores contribuições de empresas e de trabalhadores foram necessários mais cortes nas despesas do Estado o que provocou mais falências e mais desemprego, numa espiral crescente, e a história ainda vai a meio e não terá final feliz. O clientelismo partidário e uma pitada de corrupção antecipou o processo. Eis o resultado de políticas insensatas que não dizem respeito só a Portugal mas a toda a zona euro.  

Assim, o facto de muitos portugueses terem optado pela compra da sua casa e de agora não a conseguirem pagar é fácil de entender, não é?!

sinto-me:
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 22:32
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Quarta-feira, 26 de Outubro de 2011

A China quer salvar a União Europeia e o Euro

China quer contribuir para o fundo de resgate europeu

 

A "globalização selvagem" antecipou a ascenção económica da China, relegando para segundo plano os EUA, a Alemanha, o Japão (ou todos juntos). A China já é sem dúvida a nova SUPERPOTÊNCIA mundial.

Os EUA são ainda uma superpotência militar, mas será apenas uma questão de tempo e não irá demorar muito tempo para que a China também seja militarmente a nova superpotência. Os defensores desta GLOBALIZAÇÃO SELVAGEM são os responsáveis porque anteciparam o que seria inevitável mas que poderia acontecer sem grandes convulções. Esta globalização cerceou também a possibilidade do povo chinês ascender económica e socialmente. A China virá a ser sem dúvida um país muito rico, mas o seu povo poderá em geral continuar a viver na pobreza. Temos exemplos de países muito ricos (por exemplo em petróleo) cujas populações vivem na maior miséria, porque o fruto dessa riqueza não chega ao povo e vai apenas para um pequeno grupo de previlegiados ligados ao poder. 

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 14:38
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Terça-feira, 22 de Março de 2011

De PEC em PEC até à DERROCADA

Vou repetir um comentário que venho a colocar na internet há já cerca de 4 anos, mesmo antes de ter criado este blogue e que pode ser encontrado facilmente pesquisando por "globalização" e o meu "nickname" .

 

GLOBALIZAÇÃO SELVAGEM

A Globalização, tal como foi concebida, vai determinar o fim da Europa social que conhecemos.
O ocidente caiu na armadilha da Globalização que os Bancos e as grandes Companhias lhe venderam com promessas que desconheço: Não se trata apenas da crise criada pela especulação bolsista americana e pela não fiscalização das reservas de segurança da generalidade dos bancos e dos fluxos monetários com destino aos paraísos fiscais perdendo-se depois o rasto do dinheiro. Bancos e grandes Companhias visavam a obtenção de maiores lucros.
As companhias pretendiam aproveitar-se dos baixos custos de produção no extremo oriente, em virtude dos baixos salários e da inexistência de obrigações sociais, mas o resultado não será exactamente o esperado porque esses países têm ainda um baixo poder de compra e as produções destinavam-se sobretudo à exportação para o ocidente onde se encontram as populações com maior poder de compra agora em rápido declínio, fruto do descalabro da globalização .
Ao aderirem ao desafio dessa globalização, os países ocidentais e da União Europeia prometeram ao seus cidadãos que as suas economias se tornariam mais robustas e competitivas (não sei bem como) e não exigiram aos países do oriente que prestassem às suas populações mais e melhores condições sociais, como: regras laborais justas, melhores salários, menos horas e menos dias de trabalho, férias anuais pagas, assistência na infância, na saúde e na velhice para poderem aceder livremente aos mercados ocidentais. Não! o ocidente optou simplesmente por abrir as portas à importação desses países sem que essas condições fossem satisfeitas, criando assim uma concorrência desleal e “selvagem” da qual o ocidente nunca poderá ganhar. A única solução será a de nivelar as condições sociais dos trabalhadores ocidentais pelas desses países e que são miseráveis (crianças chegam a ser vendidas pelos próprios pais para servirem de escravos). O ocidente franqueou as suas portas a países que estão em rápido desenvolvimento tecnológico, com custos de mão de obra insignificantes e sem comprometimento com a defesa do ambiente, com tecnologias altamente poluidoras e por isso mais baratas.
É a um nivelamento por baixo das condições sociais dos trabalhadores ocidentais que estamos a assistir neste momento numa tentativa desesperada de resistir a uma guerra perdida. Daí a revolta que se observa nos vários países da UE. Mas será que os trabalhadores ocidentais vão aceitar trabalhar a troco de dois ou três quilos de arroz por dia, sem direito a descanso semanal, férias, reforma na velhice, etc...? Não! O resultado será um lento definhar em direcção ao caos e enquanto umas empresas fecham portas para sempre e outras se deslocarem para a China ou para Índia, onde não serão sufocadas pela concorrência desleal, mas mesmo essas terão que reduzir a sua produção. Entretanto, no ocidente a indigência, a marginalidade e o crime mais ou menos violento irão crescer e atingir níveis inimagináveis, apenas vistos em filmes de ficção ou referidos nos escritos bíblicos do apocalipse. A época áurea Europa e do ocidente será coisa do passado. Espera-nos uma espécie de nova “Idade Média”, onde restarão alguns privilegiados, protegidos por alta segurança, enquanto a maioria se afunda no caos: desaparecerá a chamada classe média e de remediados. Há que recuar mas será que ainda vamos a tempo?
Eis porque iremos andar de PEC em PEC, numa tentativa infrutífera de de equilibrar a balança da concorrência global desenfreada!

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 09:43
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Segunda-feira, 6 de Dezembro de 2010

Notícia de hoje: Continuação do Protocolo de Quioto será impossível ao nível político"

A Europa tem cedido muito e com prejuízo da sua indústria e dos seus interesses económicos, uma vez que a energia limpa é ainda MUITO mais cara que a convencional. Mas todos temos que concordar que a Europa só por si não vai alterar nada relativamente às alterações do ambiente que já se verificam, assim sendo, não vejo outra alternativa senão a Europa deixar de ser o principal motor sobre as alterações necessárias à proteção ambiental, tendo em consideração o preço que já está a pagar por causa da globalização, com o aumento de milhões de desempregados e redução dos níveis de satisfação social mesmo daqueles que ainda têm emprego (Alguns deles já o deveriam ter cedido às geração seguinte que continua a aguardar a sua vez de aceder ao emprego enquanto se aumenta a idade das reformas em toda a Europa).
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 13:54
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Segunda-feira, 28 de Junho de 2010

O FIM DA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL

A Globalização, tal como foi concebida, vai determinar o fim da prosperidade do ocidente que passará para segundo plano e será ultrapassado pelas as novas superpotências que esta "globalização selvagem" ajudou a criar: a China, a Índia... O Ocidente caiu na armadilha da globalização que interessava às grandes Companhias que pretendiam aproveitar-se dos baixos custos de produção no oriente. Todos nós sabemos que o custo da mão de obra é insignificante no valor dos bens produzidos nos países emergentes do oriente em virtude dos baixos salários e da inexistência de quaisquer obrigações sociais. Como os bens produzidos nesses países se destinam sobretudo à exportação para ocidente; quando a população do ocidente perde poder de compra, a crise acaba por atingir também as novas potências. Mas a crise nesses países é e será sempre um menor crescimento económico: há poucos anos era de dois dígitos e agora deverá ficar-se por 6 ou 7%, e a isso não se poderá chamar “crise”. A crise atinge o ocidente e quando passar o centro económico do mundo estará a oriente, pois terá chegado o fim dos anos de ouro do ocidente. Os EUA serão também ultrapassados. Ao aderirem ao desafio da "globalização selvagem", os países ocidentais ajudaram à mudança porque não exigiram aos países do oriente que prestassem às suas populações melhores condições sociais, tais como: criar regras laborais justas, melhores salários, menos horas e menos dias de trabalho, férias anuais pagas, assistência na infância, na doença e na velhice para poderem aceder livremente aos mercados do ocidente. Não! o ocidente optou simplesmente por abrir as portas à importação sem condições, criando assim uma "concorrência desleal e selvagem” da qual sairá sempre a perder. Restarão às unidades de produção ocidentais três alternativas: 1ª) Mudam-se para oriente; 2ª) Fecham portas antes da falência para salvaguardar o interesse dos seus accionistas; 3ª) Nada fazem e não resistem à concorrência que lhes foi imposta e vão à falência. A única alternativa para o problema seria a de nivelar os salários e demais condições laborais pelo oriente. E não será a isso que estamos a assistir neste momento? Nalguns desses países existe mesmo escravatura no significado literal da palavra; e trabalho infantil (não de jovens de 14,15 anos mas de crianças de 6,7 anos). Assim, o ocidente e a UE ditou a sua própria “sentença de morte económica” quando abriu portas ao comércio livre: enquanto algumas empresas não resistem à concorrência e fecham as portas para sempre, outras irão deslocar-se para a China ou Índia para assegurar a sua própria sobrevivência o que provocará o desemprego e o definhar da economia ocidental. E os trabalhadores? será que depois do razoável nível social que atingiram no ocidente vão aceitar trabalhar a troco de um ou dois quilos de arroz por dia sem direito a descanso semanal, sem férias, sem reforma na velhice, etc...? Não! por isso o ocidente está já a iniciar um penoso caminhar em direcção ao caos: a indigência e o crime mais ou menos violentos irão crescer e atingir níveis inimagináveis apenas vistos em filmes de ficção que nos põem à beira do fim dos tempos como consta nos escritos bíblicos. Os Estados irão a pouco e pouco isentar as empresas dos custos da Segurança Social como incentivo à sua não deslocalização. A Segurança Social será cada vez mais suportada apenas pelos próprios trabalhadores e não poderá em breve suportar o esforço de minimizar os problemas que irão crescer sempre. A época áurea do ocidente já é coisa do passado e em breve encher-se-á de grupos de marginais desesperados sobrevivendo à custa de burlas e do saque. Iremos regredir no tempo cem anos, a actual classe média desaparecerá e existirão apenas uns poucos muito ricos e os pobres: os muito ricos habitarão autênticas fortalezas protegidas por todo o tipo de protecções e apenas sairão rodeados por guarda-costas dispostos a matar ou a morrer pelo seu “senhor”; haverá, em simultâneo, uma enorme mole de gente desesperada de mendigos e de salteadores que lutam pela sobrevivência a todo o custo e cuja protecção apenas poderá ser conseguida aderindo aos grupos/bandos que dominarão as ruas, ficando as polícias confinadas aos seus espaços próprios e reservadas para reprimir as “explosões” sociais que possam surgir. Os militares acabarão por ser chamados a auxiliar também nestas funções. PS e PSD são os dois fiéis representantes em Portugal desta globalização e não poderão, por isso, enjeitar os seus resultados.

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 14:12
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Sexta-feira, 25 de Junho de 2010

O CRIME VIOLENTO E O SEU (NÃO) COMBATE

Os partidos de esquerda desculpam sistematicamente a criminalidade com a pobreza e o desemprego. Parece terem receio de uma atitude mais enérgica na luta contra o crime. Será que ficaram traumatizados desde os tempos do fascismo? Esta postura está a desorientar o seu próprio eleitorado natural: os mais pobres que são também os mais desprotegidos face à criminalidade. Assim, os partidos de esquerda têm muita responsabilidade relativamente ao crescimento de extrema-direita que têm um discurso bem mais sensato sobre o combate crime. Não me parece que o combate ao crime seja incompatível com a defesa dos mais desfavorecidos que também são as principais vítimas dos criminosos porque não têm guarda-costas nem especiais sistemas de segurança nos seus automóveis nem nas suas casas. Têm fechado centenas de Empresas que têm jogando muita gente no desemprego e na pobreza. Muitos trabalhadores ficam até com muitos meses de salário por pagar. Se o desespero e a pobreza fossem o principal motivo para o crime violento então muitos assaltos partiriam dos grupos de pessoas na mesma situação que se juntam nos antigos locais de trabalho. Durante o antigo regime a pobreza em Portugal era maior do que a actual e a criminalidade violenta era praticamente inexistente. Se a mais pobreza implicasse maior criminalidade, então não teria sido assim. As estatísticas nem reflectem a nossa realidade porque as vítimas já não acreditam na eficácia do nosso sistema de justiça e sabem que os criminosos são rapidamente postos em liberdade, mesmo quando capturados em flagrante delito, ficando as vítimas depois sujeitas a represálias, por isso muitas já nem se queixam. Pela mesma razão, vítimas e testemunhas escondem a face quando são entrevistadas pela televisão. Há alguns anos um Mayor de Nova Iorque decidiu que não se deveria menosprezar a pequena criminalidade nem os pequenos delitos, porque a sensação de impunidade se instala nos jovens delinquentes, estes vão progredindo para infracções cada vez mais graves até que a situação se torna incontrolável. Implementou então a célebre "Tolerância Zero" que, como se sabe, deu óptimos resultados, reduzindo num só ano a criminalidade em cerca de metade. A actual política portuguesa é a de manter os criminosos na rua, mesmo depois de várias reincidências. Acredito que “apenas” seja uma forma de poupar dinheiro ao orçamento do estado, poupança que os cidadãos acabam por pagar ainda mais caro quando ficam sujeitos aos actos dos criminosos, na sua maioria já são reincidentes. Os criminosos continuam impunes e com as suas actividades criminais, subindo o nível dos seus delitos e servem de exemplo para que os mais jovens sigam o caminho da delinquência. Este é o resultado das nossas políticas. Por tudo isto é natural que os cidadãos portugueses (e não só porque esta política não é exclusiva do nosso país) no seu desespero começam a mudar a sua orientação de voto para a extrema-direita que tem um discurso bem mais sensato sobre o problema mas depois são penalizados pelas políticas neo-liberais que visam colocar os custos do trabalho ao nível do extremo oriente e da China e retirar-lhes a pouco e pouco todas as regalias sociais conseguidas durante muitos anos (sobre isto poderá ver um comentário meu em http://bancadadirecta.blogspot.com/2009/07/os-milagres-da-globalizacao-na-cimeira.html). Isso já aconteceu em França…
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 10:26
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Quinta-feira, 29 de Abril de 2010

Não há PEC que nos salve!

Não há PEC que nos salve nem ajudas que sejam suficientes. O que a Europa está a viver é apenas o resultado da adesão à "economia global e selvagem" que decidiu. Aceitou a concorrência desleal que é a actual "Globalização". Os países mais fracos serão os primeiros a sentir os efeitos mas os restantes irão logo a seguir.

Sem produção não há vendas ao exterior e em consequência o rendimento dos países ocidentais cairá pois a produção industrial está a deslocar-se para oriente e para a China. Não é por acaso que aquele país teve no último ano um crescimento de 12%, mais do que os esperados 7% que já seriam muito bons para qualquer país ocidental do "primeiro mundo". Poderemos agradecer tal facto aos políticos ocidentais que aderiram a esta "globalização selvagem" e em Portugal temos dois partidos que são fiéis seguidores das teorias da desregulamentação comercial (e social como efeito da anterior), são eles o PS e o PSD. Ora aí têm o resultado!

O mundo não nasceu há cerca trinta anos, depois da queda do muro de Berlim, quando estas teorias neoliberais ganharam aderentes. Como era então até lá? As relações comerciais faziam-se entre países na sequência de negociações em que havia sempre contrapartidas que favorecessem ambas as partes, por exemplo, se um país pretendia exportar um determinado produto para outro país teria que importar daí produtos em valor equivalente (no nosso caso actual a negociação seria feita agora por intermédio da UE que deveria acautelar os interesses dos países que a compõem e também os de Portugal). Por palavras mais simples: queres vender o teu produto mas o que me compras como contrapartida? Altas taxas para a importação existiam em casos não negociados e assim nem as grandes empresas se sentiam atraídas para deslocar a sua produção para o "terceiro mundo" dado que o poder de compra estava no ocidente e ficariam sujeitas às tais taxas.

Mas as grandes companhias multinacionais estavam de olho na mão de obra barata a oriente e na desregulamentação laboral, o que lhes prometia maiores lucros, assim foram, a pouco e pouco, convencendo e corrompendo o poder político até que depois da queda do muro de Berlim conseguiram finalmente impor a sua vontade.

E agora? Agora o ocidente irá rapidamente transformar-se ele no "terceiro mundo" enquanto a China e outros países a oriente crescem economicamente embora as suas populações continuem a viver na pobreza, sem segurança social, sem reformas, sem ajudas na infância, nem na velhice, nem na doença; quase sem dias de descanso, nem com férias pagas nem com subsídio de férias (ou outro), vivendo em enormes bairros de lata, os quais vão sendo empurrados para longe dos centros urbanos agora transformados em grandes metrópoles de arranha-céus com escritórios e habitações para uns poucos privilegiados. Quanto ao ocidente, uma vez socialmente próspero, está a copiar-lhes o modelo numa tentativa desesperada para sobreviver mas não o irá conseguir.

O que acontecerá quando a China começar a concorrer abertamente no mercado automóvel, naval, da aeronáutica,...? Gostaria apenas de estar enganado, mas será que estou?

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 16:40
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