Domingo, 16 de Julho de 2017
O fogo terá deflagrado à 1H55 da madrugada e pelas 4H30 já tinha duas frentes ativas, de acordo com o Comando Operacional de Operações de Socorro (CDOS) de Vila Real e informação online do DESTAK.
As chamas evoluem em zona de difíceis acessos e haverá vento no local.
A hora da deflagração do incêndio é uma vez mais muito suspeita. Terá havido outra trovoada que incendiou também esta floresta? A tese do "negócio do fogo" é cada vez mais credível.
Eu sugeria a utilização de drones para a ajuda na vigilância das zonas mais propícias e para confirmação de fogos o mais cedo possível.
Domingo, 18 de Junho de 2017
Já se contaram 47 as vítimas mortais deste incêndio, mas o seu número deverá crescer, infelizmente. Será de acordo com as estatísticas o que mais vítimas mortais causou desde há 50 anos. Tantos mortos e os portugueses precisam saber o motivo, até porque são provocados em dias escolhidos e começam em locais de difícil acesso, por isso não são provocados por acidentes ou negligência. Poderemos considerar estes incêndios ao nível de TERRORISMO e como tal os seus autores deverão ser tratados como terroristas. Se leis não existem no nosso país então que sejam criadas rapidamente para punir exemplarmente estes incendiários.
Tem que haver uma ou várias organizações por trás destas ocorrências que devem ser travadas de imediato a todo o custo. Os portugueses necessitam de ser informados de que estão a ser alvo deste terrorismo que nos atinge todos os anos logo que o calor se torna propício.
Sábado, 17 de Junho de 2017
O calor chegou e com ele a vaga de incêndios que deverão influenciar o aquecimento global muito mais do que os escapes dos automóveis, das chaminés das centrais térmicas e das fábricas, tudo junto. Porém, parece haver um pacto de silêncio pois nunca ouço ou leio qualquer coisa sobre este flagelo que atinge diversos países e Portugal em particular, mas deixo-vos uma pergunta:
a quantos escapes de automóveis corresponderá cada um dos incêndios que nos atinge todos os anos?
Bombeiros e população sabem que os incêndios não são em geral o resultado de acidentes ou de negligência, mas de ações deliberadas, até porque se iniciam simultaneamente em diversos pontos, muitos deles de difícil acesso. Alguns dos seus autores chegam a ser detidos mas depois tudo termina com justificações muito pouco credíveis e com punições irrisórias ou que nem são divulgadas na comunicação social.
A nossa atenção é desviada para a necessidade de se usar mais a bicicleta ou de andar a pé, mas quanto ao motivo e efeito dos incêndios nada se diz. E não acredito que sejam fruto do acaso.
No ano passado este país, que é até bastante pequeno, teve mais incêndios do que toda a Europa junta. Será isso normal? As imagens chegam a ser publicadas na internet e é fácil encontra-las. Eis uma delas vista do espaço, no caso, em 2016.
(imagem retirada do google
https://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiXgq-I08XUAhUJQBQKHSlHAiYQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fwww.tsf.pt%2Fsociedade%2Finterior%2Fnasa-os-incendios-na-madeira-e-continente-vistos-a-partir-do-espaco-5333491.html&psig=AFQjCNF-ZmRnqR1bhR0sqKs5kIwHlldwvg&ust=1497815291847511
Quarta-feira, 5 de Setembro de 2012
As campanhas de prevenção insistem sistematicamente em nos avisar para não fazermos piqueniques com fogo, não jogar beatas para o chão, não deixar latas nem vidros pela mata como prevenção de incêndios que desde à algumas décadas nos atingem anualmente. Na realidade, as pessoas estão hoje desde os primeiros anos de escola muito mais sensibilizadas sobre o perigo de incêndio do que estavam à 30/40 anos. Havia então o hábito de fazer piqueniques com fogo e tudo (para assar umas febras, umas sardinhas...), Os homens fumavam muito mais do que hoje e as beatas eram jogadas fora, embora houvesse o bom senso de não as deitar em local de risco. Também quase não havia meios para combater os fogos: havia muito menos bombeiros, muito menos carros de combate e em muitas zonas nem sequer os havia e também não havia meios aéreos de combate. Para além dos já referidos piqueniques, hoje substituídos por almoços no restaurante, havia os trabalhadores rurais das ceifas, das debulhas, tiragens de cortiça, apanha de tomate e outras tarefas no campo que faziam no próprio local o seu almoço, ao ar livre, em "cocarias" (termo usado no Alentejo para os locais onde os trabalhadores rurais colocavam a sua panela, em geral de barro, a cozinhar o almoço), os homens fumavam e não guardavam as beatas na algibeira, porém, os incêndios eram uma coisa rara. Há hoje apenas um senão: devido à desertificação dos campos existe realmente mais mato o que não pode justificar tudo, até porque muitos dos incêndios começam frequentemente em sítios inacessíveis, de noite e em vários locais ao mesmo tempo, são os próprios bombeiros e as populações locais que o dizem. Alguns incendiários até chegam a ser capturados, mas depois as conclusões apontam em geral para motivos fúteis ou de insanidade mental dos autores e não se vai mais longe nas investigações.
Será que isto é fruto dos revoltados desta sociedade? Estarão os portugueses a ficar todos pirómanos? Existirão interesses obscuros e influentes que impedem que se consiga chegar a outras conclusões?