Quarta-feira, 30 de Março de 2011

PEC - Quem irá pagar?

Passos Coelho terá dito que "não aprovou o pacote de austeridade porque iria impor sacrifícios inaceitáveis aos membros mais vulneráveis da sociedade". Então que diga a quem vai impor sacrifícios para que os portugueses saibam. É que alguém vai ter que pagar a conta.

 

Para o PCP e BE a maior fatia do sacrifício deveria ser paga pelas classes altas, que beneficiaram com a situação que levou à crise, criando imposto especiais sobre os lucros das grandes Empresas, as transações financeiras, as mais valias e as verdadeiras fortunas e bens de luxo, aumentando os que insidem sobre barcos de recreio e aviões particulares, mansões, etc... Também acabariam com o "offshore" da Madeira, passando as Empresas lá sediadas a pagar impostos; Para o PS a maior fatia já foi para a Função Pública (e continuará a sê-lo), para a "classe média", com rendimentos estabalecidos acima dos 1500euros/mês, não deixando de fora os mais pobres, com redução de subsídios de desemprego e outros, cortes na saúde, nas comparticipações de medicamentos, transportes em ambulância. Para o PS não são consideradas necessitadas as pessoas que possuem casa própria, que muitas vezes nem está completamente paga, e mesmo que esteja não a poderão vender porque vivem nela. Mais: há casas de 50mil euros e outras de 1milhão (ou mais). Essas sim, mesmo que sejam habitadas pelos seus proprietários podem ser vendidas e substituídas por outras mais modestas. O PS não faz qualquer destinção e se relativamente aos das mansões de milhões os cortes nas prestações sociais não os atingem, porque não necessitam delas, o mesmo não se passa relativamente aos outros, aos das casas de 50/100/150/200mil que até precisam delas para morar. Nos sacrifícios impostos pelo PS nota-se uma salvaguarda dos mais ricos, os principais visados pelo PCP e BE;  Quanto ao PSD, creio não haver grande diferença do PS quanto aos escolhidos para pagarem a maior fatia da crise, mas quis deixar um "tabu": como diz querer poupar os mais vulneráveis da sociedade, deverá dizer agora quem escolhe para pagar a maior fatia da dívida?

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 09:48
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Terça-feira, 29 de Março de 2011

Eleições: Nova maioria / Novo Governo

Aproximam-se novas eleições que irão ditar o rumo de Portugal para enfentar a crise criada pelos políticos e economistas do sistema e do arco partidário (PS/PSD). As opções que tomaram para o nosso país foram desastrosas e agora aí temos os resultados. Infelizmente, tudo se perfila para que voltem a ganhar os mesmos que se têm alternado no poder desde há 30 anos. Os meios de informação "opinion maker" têm a máxima responsabilidade nisso e, em consequência, no resultado eleitoral que ditará a escolha dos portugueses. As únicas soluções apresentadas pelos meios de informação (em especial pela televisão) são as do PS e do PSD (como se mais nada existisse), soluções que apontam para um maior aperto de cinto sempre para os mesmos: eliminação de direitos dos assalariados, redução dos salários e das reformas, aumento da idade da reformas, retirada de direitos adquiridos na saúde, educação, apoio social, redução das comparticipações nos medicamentos, aumento de "taxas moderadoras" ilegais porque vão contra a Constituição do país, que diz dever a saúde "SER TENDENCIALMENTE GRATUITA", venda das poucas Empresas públicas que ainda restam, aumento de impostos para pequenos comerciantes e industriais, etc.... Qualquer aumento da comparticipação das Empresas que mais lucram neste país fica sempre excluída, como por exemplo: a criação de um imposto suplementar sobre os lucros dessas Empresas, que até foram privatizadas a preços simbólicos e que hoje dão muitos milhões de lucros para os seus acionistas. As entidades que lucraram com a situação que levou ao despoletar da crise também não são incomodadas.  Todos os partidos situados à esquerda do PS são silenciados e não será por puro acaso. Nem sequer se leva em linha de conta o grande aumento de votação num partido como o Bloco de Esquerda nas últimas eleições legislativas. Porque não apresentam aos portugueses o confronto das soluções dos partidos do sistema (PS/PSD/CDS) com as dos partidos à sua esquerda? Porque os comentadores televisivos são sempre do PS ou do PSD? Porque os debates são frequentemente apenas entre PS e PSD? O que esses partidos pensam já todos os portugueses têm obrigação de saber, eu diria mesmo "de gingeira". Em breve virão as sondagens de intenção de voto, fundamental para a decisão dos indecisos, e que favorecem sempre os partidos como o PS ou PSD e que depois nunca atingem os votos anunciados nas sondagens, levantando-se já a suspeita de que essas sondagens também são pouco sérias. As sondagens deveriam até ser proibídas e são-nos em alguns países, principalmente quando muito em cima do ato eleitoral, porque dão indicação de voto aos indecisos e adulteram a democracia.

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 14:15
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Terça-feira, 22 de Março de 2011

De PEC em PEC até à DERROCADA

Vou repetir um comentário que venho a colocar na internet há já cerca de 4 anos, mesmo antes de ter criado este blogue e que pode ser encontrado facilmente pesquisando por "globalização" e o meu "nickname" .

 

GLOBALIZAÇÃO SELVAGEM

A Globalização, tal como foi concebida, vai determinar o fim da Europa social que conhecemos.
O ocidente caiu na armadilha da Globalização que os Bancos e as grandes Companhias lhe venderam com promessas que desconheço: Não se trata apenas da crise criada pela especulação bolsista americana e pela não fiscalização das reservas de segurança da generalidade dos bancos e dos fluxos monetários com destino aos paraísos fiscais perdendo-se depois o rasto do dinheiro. Bancos e grandes Companhias visavam a obtenção de maiores lucros.
As companhias pretendiam aproveitar-se dos baixos custos de produção no extremo oriente, em virtude dos baixos salários e da inexistência de obrigações sociais, mas o resultado não será exactamente o esperado porque esses países têm ainda um baixo poder de compra e as produções destinavam-se sobretudo à exportação para o ocidente onde se encontram as populações com maior poder de compra agora em rápido declínio, fruto do descalabro da globalização .
Ao aderirem ao desafio dessa globalização, os países ocidentais e da União Europeia prometeram ao seus cidadãos que as suas economias se tornariam mais robustas e competitivas (não sei bem como) e não exigiram aos países do oriente que prestassem às suas populações mais e melhores condições sociais, como: regras laborais justas, melhores salários, menos horas e menos dias de trabalho, férias anuais pagas, assistência na infância, na saúde e na velhice para poderem aceder livremente aos mercados ocidentais. Não! o ocidente optou simplesmente por abrir as portas à importação desses países sem que essas condições fossem satisfeitas, criando assim uma concorrência desleal e “selvagem” da qual o ocidente nunca poderá ganhar. A única solução será a de nivelar as condições sociais dos trabalhadores ocidentais pelas desses países e que são miseráveis (crianças chegam a ser vendidas pelos próprios pais para servirem de escravos). O ocidente franqueou as suas portas a países que estão em rápido desenvolvimento tecnológico, com custos de mão de obra insignificantes e sem comprometimento com a defesa do ambiente, com tecnologias altamente poluidoras e por isso mais baratas.
É a um nivelamento por baixo das condições sociais dos trabalhadores ocidentais que estamos a assistir neste momento numa tentativa desesperada de resistir a uma guerra perdida. Daí a revolta que se observa nos vários países da UE. Mas será que os trabalhadores ocidentais vão aceitar trabalhar a troco de dois ou três quilos de arroz por dia, sem direito a descanso semanal, férias, reforma na velhice, etc...? Não! O resultado será um lento definhar em direcção ao caos e enquanto umas empresas fecham portas para sempre e outras se deslocarem para a China ou para Índia, onde não serão sufocadas pela concorrência desleal, mas mesmo essas terão que reduzir a sua produção. Entretanto, no ocidente a indigência, a marginalidade e o crime mais ou menos violento irão crescer e atingir níveis inimagináveis, apenas vistos em filmes de ficção ou referidos nos escritos bíblicos do apocalipse. A época áurea Europa e do ocidente será coisa do passado. Espera-nos uma espécie de nova “Idade Média”, onde restarão alguns privilegiados, protegidos por alta segurança, enquanto a maioria se afunda no caos: desaparecerá a chamada classe média e de remediados. Há que recuar mas será que ainda vamos a tempo?
Eis porque iremos andar de PEC em PEC, numa tentativa infrutífera de de equilibrar a balança da concorrência global desenfreada!

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 09:43
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Quinta-feira, 30 de Setembro de 2010

Défice orçamental reduz salários na Função Pública

Antes de Portugal integrar a moeda única, quando tinha possibilidade de controlar o valor da sua moeda, em caso similar, desvalorizava a moeda e o problema ficava resolvido da noite pró dia seguinte: nesse dia todos os salários tinham sido na prática reduzidos no montante da desvalorização da moeda, mas não só os dos Funcionários Públicos, eram todos os atingidos, incluindo as pessoas que já tinham sido reformadas e aposentadas, incluindo os valores das poupanças depositados nos bancos. Agora não! escolheram-se os FP para pagarem a maior parte da "factura", reduzindo-lhes os salários e aumentando-lhes os descontos... Pergunto: porque não optou o Governo por distribuir mais equilibradamente o esforço que é na realidade necessário? poderia reduzir os salários da FP e criar simultâneamente um imposto especial no mesmo valor percentual sobre os salários dos outros trabalhadores com rendimentos iguais ou superiores aos dos FP. Também não percebo porque as reformas e pensões equivalentes às dos FP no activo não são afectados. Apenas não irão subir no próximo ano? Se todos pagassem o esforço seria por certo muito menor para os FP, os eternos eleitos para pagar as crises e não se sabe bem porquê. Falei apenas sobre os rendimentos dos assalariados, reformados e pensionistas mas poderia ter referido outros grupos porque os há que têm rendimentos de outra natureza.
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 09:32
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Quarta-feira, 29 de Setembro de 2010

O PSD, na boca do seu dirigente, afima não deixar passar orçamento do PS se contiver um aumento de impostos

Como o país já não pode desvalorizar a sua moeda resta-lhe corrigir a situação através dos impostos, por isso qualquer português sabe que o seu aumento será inevitável, tendo em atenção até o n.º de empresas que têm encerrado. Assim, restará apenas saber sobre quem irá incidir a principal factura. O PSD, na boca do seu dirigente, afimou, por diversas vezes, que não deixará passar o orçamento do PS se contiver um aumento de impostos e o PS já deu a entender que se demitirá se o seu orçamento não passar no parlamento. Assim, ambos os partidos estão a fazer chantagem sobre o assunto. Se o PSD se abstiver na votação do orçamento está obviamente a deixá-lo passar e nesse caso o seu dirigente, o Dr. Passos Coelho, não cumpre o que afirmou e por isso será de esperar a sua demissão do seu cargo de dirigente do PSD. Mas se o PSD votar contra, o orçamento não será aprovado e ficaremos à espera da demissão do PS e de novas eleições. O PS sabe desde o início do seu mandato que terá que negociar porque a maioria absoluta que teve já se esfumou, mas parece continuar a governar como se não tivesse disso consciência. A negociação poderá ser à direita ou à esquerda, embora a receita seja muito diferente num ou noutro casos.
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 14:59
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Sexta-feira, 9 de Julho de 2010

SCUTS: Ainda as portagens

Compreende-se a situação difícil do país e a asneira que foi a engenharia financeira para construirem as SCUTs. Por isso o PS, precisamente o inventor dessa engenharia, pretende voltar agora atrás, mas um mínimo de ética e de bom senso (hoje não se sabe o que é) determinaria a isenção de portagem para muitos troços das SCUTs. Não devem por isso introduzir portagens a "torto e a direito" em todos os troços até porque há locais que devem e têm que ficar de fora porque quando construiram as SCUTs prejudicaram ou acabaram com as vias que existiam e que seriam agora as alternativas. Em várias situações passaram com a SCUT por cima da antiga Estrada Nacional ou IP e a alternativa é agora um carrossel como é o caso da "alternativa" à A23 entre a Barragem do Fratel e Castelo Branco, ou seja a antiga EN que chegou a chamar-se de IP2; O antigo IP5 foi transformado em SCUT por isso a alternativa que seria o IP5 já não existe. Se era para pagamento de portagem melhor seria terem construído uma auto-estrada de raíz e respeitado a alternativa existente; O IP4 está a ser transformando agora em SCUT mas depois deverá ter também portagem, entretanto do IP4 restarão apenas alguns troços pois a maior parte deverá ser aproveitada para a SCUT que ficará assim sem alternativa. No Norte litoral acabaram com várias vias que seriam agora alternativas. A EP entregou-as às câmaras municipais para o seu aproveitamento e manutenção. As câmaras introduziram-nas na sua malha urbana, colocaram passadeiras, semáforos, rotundas, permitiram a construção de mais edifícios laterais, precisamente o contrário do que deve ser feito numa EN/IP/IC que é a única alternativa a uma auto-estrada com portagem. Isso não deveria ter acontecido; pelo contrário, deveriam ter aproveitado para construir desvios às vilas e às cidades, obras que já se faziam mesmo antes do 25 de Abril.
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 15:13
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