O CDS-PP e também o PSD, que se diz social-democrata, têm este objetivo em mira, mas esta medida irá:
1.º) CORTAR NA SOLIDARIEDADE ENTRE OS SALÁRIOS MAIS ELEVADOS E MAIS BAIXOS;
2.º) Entregar o serviço social das pensões aos privados, TRANSFORMANDO-O EM NEGÓCIO.
3.º) Entregar parte das contribuições para as reformas aos privados é CONTRIBUIR PARA A DESCAPITALIZAÇÃO DA SEGURANÇA SOCIAL QUE ENGANOSAMENTE NOS DIZ DEFENDER.
4.º) A subscrição de seguros (Planos de Poupança Reforma) já existe para quem os quer subscrever e tem dinheiro de sobra para o fazer, mas a direita quer retirar uma parte do dinheiro que vai hoje para a Segurança Social, passando-o para as companhias de seguros privadas.
De acordo com informações governamentais de hoje, o CES - Contribuição Extraordinária de Sustentabilidade vai ser substituída em 2015 pela Contribuição de Sustentabilidade sobre as reformas e pensões acima de 1000 euros, mas não vai ser aplicada a todas elas, porque os fundos de pensões privados, aqueles que pagam as conhecidas pensões milionárias de muitos milhares de euros, não vão pagar a CS em 2015, facto que o governo escondeu até ao dia de hoje. O governo insiste assim na discriminação dos portugueses, nomeadamente dos que estão fora da vida ativa.
Mas de onde vai o dinheiro para essas pensões milionárias que ficarão de fora? vai do pagamento dos serviços básicos que todos os portugueses consomem e que custam em Portugal mais caro do que em muitos países da UE, como por exemplo a energia!
A notícia em título consta no Correio da Manhã de hoje, não me espanta e seria, aliás, inevitável a curto prazo porque:
1.º ) Maior desemprego significa menos gente a contribuir e menos dinheiro a chegar aos cofres da segurança social;
2.º) Maior desemprego significa mais gente a auferir da Segurança Social, ainda que muita já não tenha direito a nada, embora tenham descontado durante décadas para a segurança social (e até para o "fundo de desemprego", como se chamava). Muitos desses trabalhadores ainda não têm acesso à reforma e também já ninguém lhes dá emprego, a não ser que sejam indivíduos altamente qualificados; até porque têm muita gente jovem disponível, com mais força, saúde - não precisam faltar tantas vezes para irem aos médicos ou fazer exames relacionados com a saúde - e mais bem preparada para lidar com as novas tecnologias;
3º ) A redução da contribuição das entidades empregadoras, em virtude da sua redução da produção ditada por menores vendas ou pela sua deslocalização para países em que o valor da mão de obra é perfeitamente despresável relativamente ao produto aí feito, representa menos dinheiro a entrar nos cofres da segurança social;
4.º) O auxilio no pagamento dos salários aos jovens trabalhadores/estagiários ou outro qualquer incentivo pago pela segurança social nesta área às entidades patronais, seja a que título for, representa uma redução de dinheiro nos cofres da segurança social que transita para as entidades patronais, potenciando o aumento dos seus lucos. Por este andar, a tendência é que sejam os trabalhadores a subsidiar através da segurança social os salários dos seus colegas. Este dinheiro deveria ser aplicado por forma a capitalizar os fundos da segurança social e servir apenas para os fins que foi criado. Será que as empresas beneficiadas por estas ajudas da segurança social repartem depois com ela os seus os lucros?
5.º) A inclusão sucessiva de Fundos de Pensões de Empresas no OE, como aconteceu por exemplo no último ano com a banca, faz entrar dinheiro fresco e em grande quantidade no Orçamento do Estado, mas não vai ser aplicado para assegurar a sustentabilidade da segurança social; vai cobrir o défice do OE nesse ano, fruto da má gestão continuada ao longo de décadas de políticos incompetentes (por exemplo: venda de Empresas e outro património do Estado por um valor muito abaixo do seu real valor, dinheiro gasto em obras megalómanas depois entregues à exploração a Empresas privadas com lucros garantidos...). Bom! o resultado é que a parte odiosa fica depois para os anos seguintes: é que as pensões dos ex-funcionários das Empresas cujos Fundos de Pensões foram tomados pelo Estado passam a ser mais um encargo para a já depauperada segurança social.
Como se vê, tudo estava já previsto e até é muito fácil de entender e nem é preciso ser-se doutor.
O Governo anunciou que “vai acabar com as pensões milionárias”. Dito assim, desta maneira, a medida parece popular, na medida em que essas pensões atingem uma parcela muito pequena da população. Porém, o problema da SS não são as pensões milionárias que a Segurança Social (ou a Caixa Geral de Aposentações) paga, desde que elas sejam fruto de um desconto proporcional ao salário sobre o qual descontou e durante um número de anos também igual ao dos restantes trabalhadores. É natural que quem desconta mais e durante mais tempo tenha direito a uma pensão maior quando se reformar. Pois enquanto se encontra na vida ativa o seu desconto para a SS é também maior do que quem tem um menor salário.
O Problema da "pensões milionárias" é que elas são frequentemente obtidas ao fim de poucos anos no desempenho de um qualquer cargo governamental ou à frente de Empresas que além lhes pagarem vencimentos fabulosos, lhes dão outras regalias e que lhes garantem uma pensão muito elevada quando são substituídos em lugares de topo dessas Empresas, por vezes ao fim de poucos anos. Assim essas figuras conhecidas vão acumulando várias pensões de valor muito elevado. No final quem acaba por pagar é a Caixa Geral de Aposentações dos servidores do Estado, dado que o Estado Português tem vindo a englobar os Fundos de Pensões das maiores empresas para a redução do seu défice orçamental, assumindo em simultâneo o pagamento das pensões dos seus reformados atuais e futuros. A situação atrás descrita nada tem a ver com os casos de quem contribuiu durante várias décadas para a SS (ou CGA) tendo por base um vencimento elevando.
Agora como os vencimentos mais altos vão deixar de contribuir na mesma proporção que os restantes trabalhadores,o resultado será a redução imediata de receitas e uma maior descapitalização da SS (e da CGA). O Governo está assim a ajudar à derrocada da SS e da CGA.
Os descontos dos portugueses para a Segurança Social têm servido para tudo, incluindo o "Rendimento Mínimo de Inserção", dando a impressão de que esse pagamento não é uma responsabilidade de todos os portugueses mas tão só de quem desconta para a SS. Não! o RSI é uma responsabilidade de todos, pelo que não deveria ser contabilizado como despesa da SS mas do Estado Português. Não podemos esquecer que nem todos os portugueses descontam para a segurança social, embora todos paguem impostos, pelo menos na qualidade de consumidores.
Apareceu recentemente uma outra novidade, a título de apoio à formação profissional: os trabalhadores passaram a pagar, através da SS, os salários dos outros trabalhadores, mas na realidade quem fica com o fruto do trabalho desses trabalhadores são as Empresas que os recebem e que ainda reclamam, por vezes, menores descontos para a SS.
Uma das coisas que Bagão Félix diz no seu depoimento, embora com palavras mais técnicas, é que este governo continua a beneficiar quem nunca contribuiu para a segurança social, aproximando o seu rendimento real ao dos trabalhadores que trabalharam e descontaram uma vida inteira com ordenados muito baixos e que por isso têm reformas também muito baixas, pouco acima do ordenado mínimo nacional, mas o suficiente para deixarem de receber inúmeras regalias sociais e descontos, anulando qualquer destinção entre quem descontou e quem nunca descontou para os outros. ASSIM, ESTÁ A AJUDAR A QUE TODOS CHEGUEMOS À CONCLUSÃO DE QUE NÃO VALE A PENA DESCONTAR PARA A SEGURANÇA SOCIAL E QUE TALVEZ NÃO VALHA A PENA TER UMA ATIVIDADE OFICIAL, MÒRMENTE SE O SALÁRIO FOR BAIXO.
Há reformas muito abaixo do ordenado mínimo nacional porque:
- os seus beneficiários começaram a descontar para a SS já dardiamente e tiveram poucos anos de descontos para a SS;
- ou porque não chegaram a fazer descontos durante muitos anos porque terão sido reformados por invalidez ainda com muito poucos anos de descontos;
- ou porque os descontos foram feitos a partir de ordenados muito baixos, que se refletem depois na altura de reforma. Em tempos, havia quem nos últimos anos de trabalho aumentasse deliberadamente os seus descontos para sair beneficiado depois.
Mas ne futuro, tudo vai ser pior: os trabalhadores agora no ativo nem vão ter direito a qualquer reforma, a não ser que tenham pelo menos 57 anos de idade (previsão para 2012) de 32 anos de DESCONTOS FEITOS (previsão para 2012), mas neste caso o pensionista terá brutais penalizações (*); ou conseguem a reforma por INVALIDEZ, o que é hoje praticamente impossível. O mais certo será estarem já acamados, pois pessoas há já agora que nem com 3 doenças graves conseguem reformar-se. Cada uma dessas doenças daria à uma dúzia de anos facilmente a acesso a uma reforma por invalidez. Hoje, paradoxalmente, vêem-na recusada com as 3 doenças graves juntas.
A uma dessas pessoas eu conheço: foi-lhe proposta a reforma por invalidez à cerca de 15 anos e recusou (porque receberia muito pouco), mas agora já não consegue reformar-se com mais 2 outras doenças graves, cada uma delas justificaria então a passagem à reforma por invalidez.
A idade legal para a reforma é ainda de 65 anos de idade para não ter qualquer penalização desde que tenha o tempo mínimo necessário de descontos para a SS, porém, ser-lhe-á aplicada uma fórmula que reduz a pensão desse trabalhador. Para que uma fórmula mais favorável lhe seja aplicada terá que trabalhar e descontar até aos 67.
Conclusão: ASSIM, ATUALMENTE A IDADE PARA A REFORMA É EM PORTUGAL JÁ AOS 67 ANOS DE IDADE, PODENDO REFORMAR-SE MAIS CEDO COM PENSÃO MENOR.
(*) o desemprego dos mais jovens torna esta situação incompreensível, por isso nem deveria existir qualquer penalização, mas, infelizmente, parece que os governos (PS e PSD) pretendem que os mais velhos abandonem livremente os seus postos de trabalho quando não se sentirem capazes para o desempenho das suas funções; ou que os patrões os despeçam com indemnizações reduzidas quando os considerem menos capazes, menos produtivos, desatualizados ou não consigam desempenhar outras funções que lhe sejam atribuídas.
Nota final: Idades e tempos necessários de descontos para a SS poderão aumentar
Diz a notícia no sapo de hoje que até aqui qualquer português tem podido reformar-se com 30 anos de descontos para a segurança social e 55 anos de idade e que esses anos irão passar já em 2012 para 32 anos de descontos com 57 de idade, com penalizações que serão de 6% por cada ano de antecipação.
Mas convém não esqueçer que para ter direito à pensão máxima conseguida há poucos anos atrás o trabalhador terá que trabalhar até aos 67 anos, pois ainda durante o governo de Sócrates, o PS optou por aprovar e aplicar uma nova fórmula para o cálculo das pensões, a qual veio reduzir o seu valor. Tratou-se de uma alternativa ao simples aumento da idade de reforma para os 67 anos. Depois disso, para um trabalhador vir a receber o mesmo valor de pensão que a anterior fórmula determinava passou a ter que trabalhar e descontar mais 2 anos. É bom não esquecer isto para não dizer que os portugueses se reformam mais cedo que os trabalhadores de outros países da UE. Aliás, a haver qualquer alteração em qualquer país da UE, deveria ser sempre neste sentido dado o enorme número de desempregados, o qual já está a provocar enormes problemas à UE.
Conclusão: a idade para a reforma em Portugal é aos 67 anos, podendo retirar-se mais cedo, como em qualquer outro país da UE.
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