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Esta é a imagem da península Ibérica, onde se podem observar as nuvens de fumo relativas aos incêndios no dia 9 de agosto de 2016, feita pela NASA Worldview.
Mais uma vez, à semelhança dos anos anteriores, este país está a ser fustigado por fogos florestais (mais de 100 só no passado dia 8) cuja origem as autoridades nunca conseguiram justificar plenamente.
Grande parte dos incêndios começam entre as 8 horas da noite e as 8 da manhã, quando o calor é já menos intenso. Daí a suspeitar-se que muitos deles têm também uma origem humana e são provocados intensionalmente, pois há quem beneficia diretamente com eles, embora nada se tenha provado ainda.
Há países (ex. França) que consideram que a Europa está em guerra contra o terrorismo, pois Portugal poderá considerar-se também em guerra contra os incendiários das suas florestas.
Algumas organizações ambientalistas preocupam-se com os fumos lançados para a atmosfera pelos escapes dos automóveis e pelos seus efeitos em termos de poluição e de aquecimento global, mas, infelizmente, pouco ou nada se pronunciam sobre os incêndios provocados intencionalmente pela mão humana e por isso deixo-vos uma só pergunta: a quantos escapes de automóveis corresponderão estes incêndios só em Portugal?
Poderão os incêndios florestais ter mais impacto do que se pensava?
Está a decorrer em Paris mais uma cimeira sobre as alterações no ambiente provocadas pela ação do homem, de onde deverão sair importantes decisões e muitas ideias que nos serão depois transmitidas para serem postas em prática, nomeadamente sobre a necessidade de poupança de energia, de maior utilização de energias renováveis e menos poluentes.
Existe, contudo, uma área que é responsável por muita da poluição e do aquecimento do planeta de que ninguém fala, pelo menos em Portugal: a cíclica onda de incêndios nas florestas, em geral provocadas por interesses económicos e frequentemente à margem da lei. E este não é um fenómeno característico apenas do nosso país, porque acontece em muitos outros, como por exemplo na floresta tropical brasileira, africana ou na indonésia. Tudo isto gira em geral à volta dos interesses na exploração das madeiras ou de desmatamento para outros fins. É urgente que incluam este tema nos esforços de luta contra a poluição e aquecimento global.
Pois nunca é referido o necessário combate real e eficaz contra os incendiários que surgem logo que a época é um pouco mais favorável ao desenvolvimento dos incêndios. Populações, bombeiros e forças policiais são unânimes em afirmar que os incêndios não são, na sua maioria, meros acidentes, mas provocados deliberadamente. Porém, nunca se chega é a saber quais os reais motivos que estão na sua origem. Será que os políticos não têm suficiente motivação para combater este tipo de terrorismo? Com frequência a maior parte dos incendiários é associada a doentes mentais ou toxicodependentes, mas, ainda que assim seja, muitos deles agem a mando e pagos por alguém responsável e com interesses bem definidos.
Nem me vou referir à considerável poluição provocada pelas guerras porque esses são casos muito mais difíceis de combater.
A imagem acima foi tirada por um satélite a Portugal em 2003. A quantos escapes de automóvel corresponderam aqueles fogos e qual foi dano provocado no ambiente?
Será que é andando de bicicleta movida a força muscular que vamos salvar o planeta? parece-me que sugerir esse meio de transporte em cidades como Lisboa, Porto e a maioria das cidades portuguesas (em geral situadas em colinas) é completamente absurdo, onde existem alternativas que não passam pela bicicleta. Será para confundir a nossa inteligência que se insiste no uso da bicicleta em cidades com multiplas colinas? Em países sem grandes elevações o uso daquele meio de transporte é viável, mas não em Portugal, salvo raras excessões.
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