Não vejo necessidade de se construir de raiz um novo aeroporto para Lisboa. No Montijo há um aeroporto que com algumas adaptações poderia servir como segundo aeroporto de Lisboa. À semelhança de outras cidades, Lisboa ficaria assim com dois aeroportos. O segundo aeroporto é agora uma base aérea que poderia ser deslocada para Beja, onde existe um aeroporto sem futuro e que poderá ser adaptado para base militar que já foi. Aliás, nem se compreende porque se adaptou recentemente a antiga base aérea militar alemã a aeroporto civil - construindo uma gare para os passageiros - para onde, obviamente, nenhuma companhia aérea quer voar. O terminal do TGV poderia ficar junto do novo aeroporto no Montijo, pois não há necessidade daquele transporte atravessar o Tejo e chegar à Gare do Oriente. Ao invés, o metropolitano de Lisboa poderia atravessar o rio e chegar ao novo aeroporto e à nova gare do TGV no Montijo. O metropolitano, vindo do Montijo, distribuiria por toda a cidade de Lisboa os passageiros do aeroporto, do TGV e muitos milhares de habitantes da outra margem, aliviando assim também o trânsito das duas actuais pontes. A terceira ponte (ou túnel) seria então apenas para o metro, pelo que ficaria certamente muito mais barata a sua construção. Mas este país é governado por doutos políticos e as suas lógicas são para mim imcompreensíveis e o resultado está à vista.
Não há PEC que nos salve nem ajudas que sejam suficientes. O que a Europa está a viver é apenas o resultado da adesão à "economia global e selvagem" que decidiu. Aceitou a concorrência desleal que é a actual "Globalização". Os países mais fracos serão os primeiros a sentir os efeitos mas os restantes irão logo a seguir.
Sem produção não há vendas ao exterior e em consequência o rendimento dos países ocidentais cairá pois a produção industrial está a deslocar-se para oriente e para a China. Não é por acaso que aquele país teve no último ano um crescimento de 12%, mais do que os esperados 7% que já seriam muito bons para qualquer país ocidental do "primeiro mundo". Poderemos agradecer tal facto aos políticos ocidentais que aderiram a esta "globalização selvagem" e em Portugal temos dois partidos que são fiéis seguidores das teorias da desregulamentação comercial (e social como efeito da anterior), são eles o PS e o PSD. Ora aí têm o resultado!
O mundo não nasceu há cerca trinta anos, depois da queda do muro de Berlim, quando estas teorias neoliberais ganharam aderentes. Como era então até lá? As relações comerciais faziam-se entre países na sequência de negociações em que havia sempre contrapartidas que favorecessem ambas as partes, por exemplo, se um país pretendia exportar um determinado produto para outro país teria que importar daí produtos em valor equivalente (no nosso caso actual a negociação seria feita agora por intermédio da UE que deveria acautelar os interesses dos países que a compõem e também os de Portugal). Por palavras mais simples: queres vender o teu produto mas o que me compras como contrapartida? Altas taxas para a importação existiam em casos não negociados e assim nem as grandes empresas se sentiam atraídas para deslocar a sua produção para o "terceiro mundo" dado que o poder de compra estava no ocidente e ficariam sujeitas às tais taxas.
Mas as grandes companhias multinacionais estavam de olho na mão de obra barata a oriente e na desregulamentação laboral, o que lhes prometia maiores lucros, assim foram, a pouco e pouco, convencendo e corrompendo o poder político até que depois da queda do muro de Berlim conseguiram finalmente impor a sua vontade.
E agora? Agora o ocidente irá rapidamente transformar-se ele no "terceiro mundo" enquanto a China e outros países a oriente crescem economicamente embora as suas populações continuem a viver na pobreza, sem segurança social, sem reformas, sem ajudas na infância, nem na velhice, nem na doença; quase sem dias de descanso, nem com férias pagas nem com subsídio de férias (ou outro), vivendo em enormes bairros de lata, os quais vão sendo empurrados para longe dos centros urbanos agora transformados em grandes metrópoles de arranha-céus com escritórios e habitações para uns poucos privilegiados. Quanto ao ocidente, uma vez socialmente próspero, está a copiar-lhes o modelo numa tentativa desesperada para sobreviver mas não o irá conseguir.
O que acontecerá quando a China começar a concorrer abertamente no mercado automóvel, naval, da aeronáutica,...? Gostaria apenas de estar enganado, mas será que estou?
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