Quinta-feira, 30 de Setembro de 2010

Crise: défice, desemprego, greves na Espanha, França, Grécia, Itália, Portugal, etc...

A Globalização, tal como foi concebida, vai determinar o fim da prosperidade do ocidente que passará para segundo plano e será ultrapassado pelas as novas superpotências que esta "globalização selvagem" ajudou a criar: a China, a Índia... O Ocidente caiu na armadilha da globalização que interessava às grandes Companhias que pretendiam aproveitar-se dos baixos custos de produção no oriente. Todos nós sabemos que o custo da mão de obra é insignificante no valor dos bens produzidos nos países emergentes do oriente em virtude dos baixos salários e da inexistência de quaisquer obrigações sociais. Como os bens produzidos nesses países se destinam sobretudo à exportação para ocidente; quando a população do ocidente perde poder de compra, a crise acaba por atingir também as novas potências. Mas a crise nesses países é e será sempre um menor crescimento económico: há poucos anos era de dois dígitos e agora deverá ficar-se por 6 ou 7%, e a isso não se poderá chamar “crise”. A crise atinge o ocidente e quando passar o centro económico do mundo estará a oriente, pois terá chegado o fim dos anos de ouro do ocidente. Os EUA serão também ultrapassados. Ao aderirem ao desafio da "globalização selvagem", os países ocidentais ajudaram à mudança porque não exigiram aos países do oriente que prestassem às suas populações melhores condições sociais, tais como: criar regras laborais justas, melhores salários, menos horas e menos dias de trabalho, férias anuais pagas, assistência na infância, na doença e na velhice para poderem aceder livremente aos mercados do ocidente. Não! o ocidente optou simplesmente por abrir as portas à importação sem condições, criando assim uma "concorrência desleal e selvagem” da qual sairá sempre a perder. Restarão às unidades de produção ocidentais três alternativas: 1ª) Mudam-se para oriente; 2ª) Fecham portas antes da falência para salvaguardar o interesse dos seus accionistas; 3ª) Nada fazem e não resistem à concorrência que lhes foi imposta e vão à falência. A única alternativa para o problema seria a de nivelar os salários e demais condições laborais pelo oriente. E não será a isso que estamos a assistir neste momento? Nalguns desses países existe mesmo escravatura no significado literal da palavra; e trabalho infantil (não de jovens de 14,15 anos mas de crianças de 6,7 anos). Assim, o ocidente e a UE ditou a sua própria “sentença de morte económica” quando abriu portas ao comércio livre: enquanto algumas empresas não resistem à concorrência e fecham as portas para sempre, outras irão deslocar-se para a China ou Índia para assegurar a sua própria sobrevivência o que provocará o desemprego e o definhar da economia ocidental. E os trabalhadores? será que depois do razoável nível social que atingiram no ocidente vão aceitar trabalhar a troco de um ou dois quilos de arroz por dia sem direito a descanso semanal, sem férias, sem reforma na velhice, etc...? Não! por isso o ocidente está já a iniciar um penoso caminhar em direcção ao caos: a indigência e o crime mais ou menos violentos irão crescer e atingir níveis inimagináveis apenas vistos em filmes de ficção que nos põem à beira do fim dos tempos como consta nos escritos bíblicos. Os Estados irão a pouco e pouco isentar as empresas dos custos da Segurança Social como incentivo à sua não deslocalização. A Segurança Social será cada vez mais suportada apenas pelos próprios trabalhadores e não poderá em breve suportar o esforço de minimizar os problemas que irão crescer sempre. A época áurea do ocidente já é coisa do passado e em breve encher-se-á de grupos de marginais desesperados sobrevivendo à custa de burlas e do saque. Iremos regredir no tempo cem anos, a actual classe média desaparecerá e existirão apenas uns poucos muito ricos e os pobres: os muito ricos habitarão autênticas fortalezas protegidas por todo o tipo de protecções e apenas sairão rodeados por guarda-costas dispostos a matar ou a morrer pelo seu “senhor”; haverá, em simultâneo, uma enorme mole de gente desesperada de mendigos e de salteadores que lutam pela sobrevivência a todo o custo e cuja protecção apenas poderá ser conseguida aderindo aos grupos/bandos que dominarão as ruas, ficando as polícias confinadas aos seus espaços próprios e reservadas para reprimir as “explosões” sociais que possam surgir, talvez por isso se estão a preparar as polícias com melhores meios de combate anti-motim. Os militares acabarão por ser chamados a auxiliar também nestas funções. PS e PSD são os dois fiéis representantes em Portugal desta globalização, por isso não podem enjeitar os resultados que estão a surgir.
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 10:27
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Défice orçamental reduz salários na Função Pública

Antes de Portugal integrar a moeda única, quando tinha possibilidade de controlar o valor da sua moeda, em caso similar, desvalorizava a moeda e o problema ficava resolvido da noite pró dia seguinte: nesse dia todos os salários tinham sido na prática reduzidos no montante da desvalorização da moeda, mas não só os dos Funcionários Públicos, eram todos os atingidos, incluindo as pessoas que já tinham sido reformadas e aposentadas, incluindo os valores das poupanças depositados nos bancos. Agora não! escolheram-se os FP para pagarem a maior parte da "factura", reduzindo-lhes os salários e aumentando-lhes os descontos... Pergunto: porque não optou o Governo por distribuir mais equilibradamente o esforço que é na realidade necessário? poderia reduzir os salários da FP e criar simultâneamente um imposto especial no mesmo valor percentual sobre os salários dos outros trabalhadores com rendimentos iguais ou superiores aos dos FP. Também não percebo porque as reformas e pensões equivalentes às dos FP no activo não são afectados. Apenas não irão subir no próximo ano? Se todos pagassem o esforço seria por certo muito menor para os FP, os eternos eleitos para pagar as crises e não se sabe bem porquê. Falei apenas sobre os rendimentos dos assalariados, reformados e pensionistas mas poderia ter referido outros grupos porque os há que têm rendimentos de outra natureza.
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 09:32
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Quarta-feira, 29 de Setembro de 2010

A UE abre processo de infração contra a França pela expulsão de ciganos

É bom que a UE abra o tal processo de infração para que a França possa justificar-se e parece-me que não será difícil. Dificil será considerar ilegal a expulsão de indivíduos que estelecem residência de forma irregular e que usam a propriedade privada (ou pública) abusivamente para montarem aí a sua residência; que não trabalham; não pagam impostos; procuram os países mais desenvolvidos da UE para aí viverem da mendicidade, Segurança Social ou até do crime violento. Os portugueses são um povo de imigrantes mas de gente trabalhadora que nada tem que ver com estes grupos. Os ciganos não são excluídos, eles é que se auto-excluem. Pelo exemplo que temos no nosso país, pergunto: porque não se integraram ainda os ciganos na nossa sociedade? Membros de outras raças que chegaram recentemente ao nosso país há 30 anos poderão ser facilmente encontrados em todos os grupos profissionais (médicos, engenheiros, advogados, pedreiros, pintores, motoristas...) e casam-se com os de outras raças mas não os ciganos que por cá andam há centenas de anos. Os portugueses foram para África e América, procriaram por lá e temos hoje milhões de mestiços nesses continentes, descendentes de portugueses. Quantos ciganos ou ciganas casam com gente de outra raça? Não! o seu próprio código de conduta os impede de abandonarem as suas regras e quem ousar fazê-lo é despresado pelos seus próprios "irmãos". Muita gente fala de ciganos sem nada saber, apenas repetem o discurso "políticamente correcto". Existe apenas "correcto" ou "incorrecto". O "políticamente correcto" não sendo nem uma coisa nem outra, só poderá ser algo que parecendo "correcto" não o é na totalidade, ou seja é na verdade "incorrecto".
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 16:21
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O PSD, na boca do seu dirigente, afima não deixar passar orçamento do PS se contiver um aumento de impostos

Como o país já não pode desvalorizar a sua moeda resta-lhe corrigir a situação através dos impostos, por isso qualquer português sabe que o seu aumento será inevitável, tendo em atenção até o n.º de empresas que têm encerrado. Assim, restará apenas saber sobre quem irá incidir a principal factura. O PSD, na boca do seu dirigente, afimou, por diversas vezes, que não deixará passar o orçamento do PS se contiver um aumento de impostos e o PS já deu a entender que se demitirá se o seu orçamento não passar no parlamento. Assim, ambos os partidos estão a fazer chantagem sobre o assunto. Se o PSD se abstiver na votação do orçamento está obviamente a deixá-lo passar e nesse caso o seu dirigente, o Dr. Passos Coelho, não cumpre o que afirmou e por isso será de esperar a sua demissão do seu cargo de dirigente do PSD. Mas se o PSD votar contra, o orçamento não será aprovado e ficaremos à espera da demissão do PS e de novas eleições. O PS sabe desde o início do seu mandato que terá que negociar porque a maioria absoluta que teve já se esfumou, mas parece continuar a governar como se não tivesse disso consciência. A negociação poderá ser à direita ou à esquerda, embora a receita seja muito diferente num ou noutro casos.
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 14:59
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Terça-feira, 14 de Setembro de 2010

Curso Superior é cada vez mais uma miragem

Um curso superior será no futuro, de novo, previlégio dos filhos de quem tem posses económicas. No pós 25 de Abril e até há pouco tempo muitos filhos de gente humilde tiveram a possibilidade de obter um curso superior e de ascenderem socialmente por essa via, mas isso vai deixar de ser possível: muitos pais já não suportam as despesas de um filho no ensino superior e muito menos se ele tiver que mudar de cidade ou se forem vários os filhos, basta fazer as contas às despesas...Os filhos herdarão assim de novo a condição social dos seus pais e nem os 12 anos de escolaridade básica lhes podem valer porque o 12.º ano vale hoje menos do que o antigo 5.º ano do liceu (9 anos) de há 30 anos. Nessa altura era o suficiente para poder aspirar a entrar para os quadros de uma qualquer empresa para lugares hoje disponíveis para licenciados. E nem sequer os jovens ficam hoje melhor preparados, dadas as facilidades actuais no ensino que são bem conhecidas de todos e que levou até há poucos dias um responsável do ensino da medicina em Portugal ter referido que apesar dos candidatos aceites terem todos médias superiores a 18 valores eles iriam sofrer um grande "choque" agora ao entrarem em medicina, porque estão habituados a um ensino pouco exigente em termos de avaliação.
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 15:52
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