No dia 5 de Junho vamos ter eleições e a propósito disso aconselho a verem o seguinte vídeo no youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=MEL48khJHRQ
Vão gostar e é bastante instrutivo.
A "Globalização", tal como foi concebida, vai determinar a derrocada económica do ocidente que passará para segundo plano e será ultrapassado pelas as novas superpotências que a globalização ajudou a criar: a China, a Índia e outros países. O Ocidente caiu na armadilha da globalização que interessava às grandes Companhias que pretendiam aproveitar-se dos baixos custos de produção no oriente. Todos sabem que o custo da mão de obra é insignificante no valor dos bens aí produzidos, em virtude dos baixos salários e da inexistência de quaisquer obrigações sociais. Os países ocidentais perderam a aposta quando aceitaram a "globalização selvagem" sem exigirem aos países do oriente que prestassem às suas populações melhores condições sociais, como: regras laborais justas, melhores salários, menos horas e menos dias de trabalho, férias anuais pagas, assistência na infância, na saúde e na velhice. A única alternativa será a de nivelar os salários e as condições sociais no ocidente pelas do oriente e é a isso que estamos a assistir neste momento, enquanto algumas empresas não resistem à concorrência e fecham as portas para sempre, outras estão a deslocar-se para oriente para assegurar a sua própria sobrevivência, o que provocará o desemprego e o definhar da economia ocidental em favor do Oriente. Quanto aos trabalhadores, será que vão aceitar trabalhar a troco de um ou dois quilos de arroz por dia sem direito a descanso semanal, sem férias, sem reforma na velhice, etc...? Não! por isso o ocidente está já a iniciar um penoso caminhar em direcção ao caos: a indigência e o crime mais ou menos violentos irão crescer e atingir níveis inimagináveis apenas vistos em filmes de ficção que nos põem à beira do fim dos tempos como consta nos escritos bíblicos. Para icentivar a não deslocalização de empresas estão a ser-lhes dadas facilidades fiscais e de isenção de contribuições para a Segurança Social, a qual será cada vez mais paga apenas pelos assalariados e pelos pequenos comerciantes e industriais sem dimensão para se deslocalizarem. Tal não ser suficiente nem para evitar as deslocalizações nem para financiar a SS com necessidades acrescidas apesar das reduções das prestações aos necessitados. A democracia só é viável se existir uma classe média; sem ela como esperam os políticos manter-se no poder? Como vão convencer os trabalhadores escravizados a votar neles? Será com o apoio de criminosos e outros marginais? Será que vão conseguir enganar a maioria dos trabalhadores e convencê-los de que a miséria é bom pra eles?
Finalmente, quando tudo estabilizar o centro do mundo económico serão as novas economias do oriente e a época áurea do ocidente pertencerá ao passado.
O terceiro mundo será então aqui, e, em breve, as ruas encher-se-ão de grupos de salteadores desesperados, sobrevivendo à custa do saque. Com o declínio da classe média, haverá os ricos (alguns à custa do crime violento e/ou económico), que habitarão autênticas fortalezas protegidas por todo o tipo de protecções e que apenas sairão rodeados por guarda-costas dispostos a matar ou a morrer pelo seu “senhor”; e os pobres, uma enorme mole de gente desocupada de mendigos e de salteadores lutando pela sobrevivência a todo o custo e cuja protecção apenas poderá ser conseguida agrupando-se, pois as ruas serão dominadas pelos marginais, ficando as polícias confinadas aos seus espaços próprios e reservadas para reprimir as “explosões” sociais que possam surgir.
PS e PSD são os dois fiéis representantes em Portugal desta política. de "Globalização", por isso não podem enjeitar os resultados que estão a surgir. Os políticos desonestos, para justificarem o corte de regalias sociais, continuarão a lamentar a redução da "Natalidade", num discurso perveso que não relaciona o desemprego como futuro mais que provável das novas gerações, até porque a intervenção humana será cada vez menos necessária à produção, face às novas tecnologias. E não havendo uma melhor repartição da riqueza, não há a possibilidade de grande aumento em ocupações alternativas, em áreas de lazer, por exemplo.