É natural ouvir críticas da oposição relativamente aos governos que vão passando pelo poder: muitas serão legítimas, mas outras poderão ser pura demagogia eleitoral. É mais instrutivo ouvir as acusações de quem vem de dentro das máquinas diabólicas do poder, merecem maior crédito, porque partem de quem esteve no interior, nos meandros das decisões políticas dos partidos no poder que levaram o país ao estado atual.
As acusações proferidas pelo Prof. Paulo Morais (PSD), pelo Prof. Medina Carreira (PS) ou até pelo Prof. Bagão Félix (CDS/PP e PSD), todos eles ligados aos partidos do "arco do poder", com responsabilidades na situação calamitosa a que este pobre país chegou e isso demonstra claramente a forma de como temos sido mal governados (desgovernados) durante tantas décadas. Não me interessa o motivo da desavença destes políticos e se ainda estão ligados a qualquer dos partidos que indiquei e a que pertenceram. Declaram-se, todos eles, desiludidos com o rumo que tomaram aqueles partidos e também pela corrupção que neles cresceu ao longo dos anos no poder. Mas o importante é que todos eles conhecem muito bem o interior daqueles partidos e isso não é do conhecimento da maioria dos militantes e muito menos dos votantes. Assim, as suas declarações comprovam o ditado popular que diz: "ZANGAM-SE AS COMADRES, SABEM-SE AS VERDADES".
Para quem tem problemas de consciência acerca do endividamento de Portugal, aconselho-vos a verem este pequeno vídeo do Professor Paulo Morais, docente do Ensino Superior na área da Matemática, Diretor do Instituto de Estudos Eleitorais da Universidade Lusófona do Porto e ex vice-presidente da Câmara Municipal do Porto de 2002 a 2005.
O "Jornal de Angola" ataca elites portuguesas, esta notícia da Lusa, apresentada na SIC Notícias está hoje em destaque no SAPO.
(foto anexa à notícia no SAPO é da Reuters/Arquivo)
Pois o dito jornal tem toda a liberdade de considerar que as elites portugueses são ignorantes e corruptas, do mesmo modo que os jornais portugueses e outros meios de informação também têm o direito de pensar o mesmo relativamente a certas figuras angolanas. A bem dos povos de ambos os países, o problema da corrupção deveria ser posto a nú e os meios de informação portugueses têm denunciado bastantes casos envolvendo altas figuras públicas, porém em Angola isso não é permitido e têm havido fortes represálias a quem já ousou fazê-lo.
O povo só tem a ganhar sabendo como meros cidadãos se tornaram das mais ricas figuras do mundo em poucos anos e sem se apoderarem do bem comum.
As notícias nos meios de informação não deverão servir para criar incidentes diplomáticos entre os países, pois há que distinguir entre o que é a liberdade de imprensa, que todos defendem (penso eu), a autonomia dos Tribunais para decidirem conforme as leis em vigor e a função dos governantes dos países que não querem ser conotados com as ditaduras. Os países em que as decisões dos Tribunais se sujeitam às do poder político não são democráticos. E quanto a "segredos" só se justificam se prejudicarem qualquer investigação policial em curso. Assim, o nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros Rui Machete apenas poderia lamentar o facto de algumas figuras angolanas estarem a ser investigadas pela justiça portuguesa e sublinhar que não compete ao governo português resolver esse problema.
As figuras angolanas que se sentem incomodadas revelam até desconhecimento dos resultados de investigações semelhantes que envolvem cidadãos portugueses também bastantes notáveis. Muito poucas têm um final conclusivo.
A expulsão de ciganos romenos de França ou a sua hostilização pelos cidadãos dos países da UE mais afetados tem tido frequentemente uma abordagem deveras desonesta porque se põe normalmente em evidência a raça a que pertencem essas gentes, esquecendo que as verdadeiras vítimas são os cidadãos autóctones que os recebem:
1.º) O facto dessas gentes virem vagabundear sem objetivos de trabalho, mas tão só de mendigar, servindo-se, por vezes, de crianças para apelar ao sentimento dos cidadãos dos países onde se instalam (ou por onde passam) para conseguirem melhores esmolas;
2.º) Alguns vivem de expedientes vários e oferecem "serviços de limpeza" a para-brisas de automóveis junto a semáforos. Apesar do serviço ser ultrarrapido e deixar os vidros mais sujos do que estavam antes, o expediente resulta porque poucos automobilitas têm coragem de o recusar com medo de represálias;
3.º) Outros sobrevivem à custa de pequenos furtos ou de criminalidade mais violenta;
4.º) Muitos menores são utilizados na prática de crimes porque os adultos e as próprias crianças sabem da impunidade criminal dos menores no ocidente;
5.º) Não têm as regras de civismo normais nos países para onde se deslocam em viaturas sem as mínimas condições de segurança, acampando em locais impróprios, em qualquer lado e até no centro das cidades numa atitude provocatoria para com os pacatos cidadãos locais. Em consequência, urinam e defecam "onde calha" (i.e."em qualquer sítio"), tornando insalubres os locais por onde passam ou acampam.
Assim, deixo algumas questões aos "defensores" da não discriminação: será que os cidadãos nacionais dos países por onde estas gentes se instalam (ou passam) podem fazer o mesmo sem serem incomodados pelas autoridades? será que também podem acampar onde lhes der na gana e fazer as suas necessidades fisiológicas em qualquer sítio? Não podem! e serão imediatamente punidos pelas autoridades se o fizerem, por isso são eles os discriminados se essas liberdades forem permitidas a outros. Mas este tipo de discriminação é perverso e muito perigoso, pois discrimina negativamente a maioria da população em favor de uma minoria. O nazismo e o sucesso de Hitler tiveram raízes semelhantes. Para que não volte a acontecer não podem haver exceções.
Convido-vos a dar uma olhada nos locais seguintes:
- aqui para verem a notícia do desmantelamento dos acampamentos ciganos em Paris;
- ali para verem como vivem em Madrid;
- acolá para verem como preparam os seus filhos para enfrentar o futuro;
- além para verem que os próprios romenos têm dificuldade em lidar com os seus ciganos.
Poderíamos divagar ainda sobre o motivo porque a Roménia foi aceite na UE, mas isso está relacionado com a globalização selvagem e as vantagens competivas face aos baixos salários que lá se praticam e que estão a deslocalizar muitas unidades de produção para aquele país deixando milhares de cidadãos ocidentais no desemprego e na miséria.
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