A suja política de gestão de interesses geoestratégicos do ocidente determinou:
1.º) uma rápida e veemente condenação dos rebeldes ucrânianos por terem abatido um avião malaio num local que a companhia aérea deveria ter evitado passar por saber que era zona de guerra e que ao não ter isso em consideração poria em risco os passageiros e tripulação da aeronave. A tragédia era assim praticamente previsível. Agora condenam a Russia de apoiar uma das partes.
2.º) uma lenta e pouco eficaz condenação de Israel pelos criminosos ataques a Gaza (na Palestina) que é um genocídio para a sua população, pois as principais vítimas não são os rebeldes do Hamas e os israelitas sabem-no bem. Porque não condenar quem apoia também Israel?
Nas sociedades menos desenvolvidas a natalidade é muito alta enquanto que nas mais desenvolvidas se passa o contrário, é baixa, mas a população dos países mais desenvolvidos é mantida (ou aumentada) por vagas de imigrantes que chegam constantemente, vindas dos países menos desenvolvidos que não lhes podem oferecer condições de vida dignas para um ser humano. Há emigrantes que fogem de guerras nos países de origem.
Portugal é considerado um país desenvolvido e já recebeu vagas de imigrantes há poucos anos atrás que ajudaram a subir a sua natalidade, porém, com a degradação das condições de vida no país, voltou a ser um país de emigrantes em vez de imigrantes, por isso, ao mesmo tempo que a sua população ativa e em idade de procriar emigra a natalidade reduz-se inevitavelmente.
Existem diferenças muito profundas entre os paises desenvolvidos e não desenvolvidos que afetam a natalidade:
Nos países não desenvolvidos, as crianças não são um grande peso a suportar em termos económicos pelos pais (e pelos países), quando os pais estão ausentes ficam sózinhas ou a cargo de um irmão mais velho ou de familiares, sem necessidade de serem colocadas num infantário, começam rapidamente a ajudar nas tarefas domésticas e depois quando andam na escola, alguns anos, continuam ainda assim a auxiliar nas tarefas domésticas. É normal uma criança de 10 anos tratar dos seus irmãos mais novos. Quando retornam a casa, vindos da escola, fazem-no pelos seus próprios meios e se não têm nada mais que fazer ficam simplesmente a brincar na rua. Essas crianças não têm brinquedos caros, os livros de estudo são poucos e passam de uns para outros e acabam por não ficar muito caras ao orçamento familiar que é aliás curto. E quando começam a trabalhar, o que acontece cedo, começam a ajudar nas despesas do seu próprio sustento e no das famílias. Como nesses países não existe segurança social, as crianças são consideradas como uma espécie de segurança social para os pais. Tudo isto acontecia em Portugal há 50/60 anos atrás.
Nas sociedades mais desenvolvidas é tudo ao contrário: as crianças são um fardo bastante pesado para a maioria da população e é inadmissível que fiquem sózinhas pelo que desde tenra idade começam a frequentar infantários, enquanto os irmãos mais velhos frequentam a escola por longos anos para atingirem apenas uma escolaridade básica, só ficando aptos para entrar na idade ativa muito tarde. As famílias estão hoje dispersas e os mais idosos pouco ou nada podem contar com a ajuda dos filhos e estão dependentes da Segurança Social.
No caso de Portugal há ainda outro drama: como os jovens não conseguem arranjar um emprego no final dos longos anos de escola, apesar de em muitos casos terem atingido uma formação elevada, não podem pensar em tornar-se independentes dos progenitores, criar uma nova família, arranjar uma casa e muito menos ter filhos, por isso fazem como qualquer animal em cativeiro: sem condições não se reproduzem. Alguns emigram então em busca de um país onde possam realizar os seus sonhos e vão procriar algures fora deste país, porque em sociedades saudáveis as crianças aparecem automaticamente sem necessidades de complicados esquemas de apoio à natalidade. Quanto aos outros jovens que não emigram porque ou não têm formação que lhes permita singrar lá fora ou porque não o desejam, alguns, poucos, acabam por conseguir empregos precários e mal remunerados para um país em que o custo de vida é tão alto, continuando em casa dos pais sem conseguir a sua independência financeira. Ainda assim, alguns desses conseguem criar a sua própria família quando a idade já anda pelos 30 anos, embora não tenham uma solidez económica e financeira que lhes permita pensar em ter uma grande prole porque os rendimentos continuam baixos mas as despesas aumentam sempre, por isso ficam-se por um filho ou dois no máximo. Eis porque a natalidade está tão baixa em Portugal. Não se pode esperar que uma sociedade doente como a nossa, em que as pessoas vêm reduzida a sua qualidade de vida (e a dos seus descendentes) tenha aumentos de natalidade. Foi imoral acabar-se com os abonos de família para a generalidade dos pais portugueses.
Não se pode querer aumentar a natalidade de forma artificial sem melhorar o nível de vida dos portugueses; a não ser que se criem duas estirpes de cidadãos: uma de “obreiros”, mal pagos mas que pagam altos impostos para a outra estirpe, a dos “procriadores”, que recebem altos subsídios mas pagos apenas a quem tem muitos filhos. Uma sociedade assim faz-me lembrar a das abelhas ou das formigas. Já estamos quase lá!
Sou a favor do Serviço Nacional de Saúde e contra um sistema baseado em seguros de saúde porque são muito piores do que os sistemas mutualistas de saúde muito comuns durante o anterior regime.
Os sistemas de saúde mutualistas foram muito usados durante o anterior regime em algumas profissões e atividades e visavam servir os seus sócios prestando-lhes cuidados de saúde sem o objetivo do lucro. Mas os sistemas de saúde baseados em seguros de saúde visam o lucro, como é óbvio, e são ótimo negócio para as seguradoras. Os seguros são na realidade muito usados em alguns países e agora os últimos Governos PSD/CDS e até do PS (que até criou em tempos idos o SNS) estão a querer impingir-nos os seguros de saúde como a solução alternativa para falta de resposta do SNS face às necessidades dos portugueses.
Mas quais são as características de um Seguro de Saúde particular? quando se pretende fazer um seguro de saúde, o seu custo depende da idade do segurado e o seu preço aumenta com a idade na medida em que as probalidades de lucro são menores porque á medida que a idade aumenta aumentam também as doenças. Ainda assim, as seguradoras têm o cuidado de fazer "check ups" aos candidatos a um novo seguro para avaliar das doenças que já possui por forma a fiquem excluídas ou que provoquem o aumento do prémio a pagar pelo seguro. A ajuda fica normalmente sujeita a um teto "plafond" a partir do qual a seguradora deixa de cobrir quaisquer despesas, o que é dramático porque é nessa altura que o doente mais precisa de apoio. O segurado, que antes foi aliciado e acarinhado enquanto dava lucro, acaba depois abandonado à sua sorte porque atingiu o tal "plafond". Para além disso, muitos seguros caducam ao se atingir uma determinada idade o que eu considero uma cláusula abusiva, mas porque é aceite por ambas as partes não há motivo de reclamação. Existem ainda os seguros de saúde das empresas que funcionam de maneira diferente e melhor porque olham para a empresa, o cliente, como um todo e não distingue os seus trabalhadores, mas esses seguros vigoram enquanto se está em idade ativa e se trabalha na empresa.
Assim sendo, há que não deixar cair o SNS num sistema resídual e sem capacidade de resposta para atender e responder aos cuidados de saúde dos portugueses, o que já está a acontecer. Há que revitalizá-lo para que volte a ser o que foi não deixando cair de novo a qualidade e esperança de vida dos portugueses (onde até posso incluir a mortalidade infantil). Continuando assim apenas poderemos esperar para o futuro a redução da "esperança de vida", o que, perversamente, poderá convir até aos governos futuros porque deixam de pagar tantas pensões de reforma.
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