Muitos "socialistas" estarão agora hilariantes com a eleição de António Costa e o PS deverá ganhar as próximas eleições porque o líder escolhido tem na realidade mais condições de fazer frente ao PSD para as conseguir ganhar e com uma margem maior. Para que isso aconteça, deverá fazer promessas e mais promessas que sabe à partida não irá cumprir, característica mais difícil de assumir por António José Seguro.
No final, ainda que ganhe as eleições tudo ficará na mesma, como é evidente, pois ambos os partidos estão comprometidos com a situação caótica a que este país chegou: muita corrupção; elaboração de leis que dificultam e impedem a criminalização da corrupção; muito domínio da comunicação social; e a alteração da lei eleitoral por forma a assegurar maiorias absolutas com realidades nas urnas mais adversas (alteração da lei eleitoral).
Como estes partidos não são já capazes de se mudar a eles próprios nem o povo é capaz de sair do círculo vicioso em que anda há 40 anos: tudo continuará na mesma, seja com 60, 70 ou mais por cento de abstenção, o que não importa porque nunca afetou nem afeta as eleições futuras. A "alternância" irá continuar; ou deverei chamar-lhe "rotativismo", como era conhecido no séc. XIX, em que o poder era exercido alternadamente pelos dois grandes partidos políticos da época: o do centro-direita e o centro-esquerda. Na maior parte do período entre o Partido Regenerador e o Partido Progressista ou o Partido Histórico.
Entretanto os atuais partidos irão fazer oposição e no final do mandato tudo volta ao princípio. Existe apenas uma dúvida que é a de saber se o PS conseguirá encontrar uma "moleta", caso necessite dela, porque de contrário terá mesmo que procurar a solução de recurso PS+PSD.
É uma vergonha! Mas porque quereria Bruxelas que o salário mínimo se mantivesse em Portugal nos 485€ e não aumentasse para 505€, valor ilíquido, portanto antes de qualquer desconto? Esse é até pouco tendo em consideração o custo de vida em Portugal e mal dá para um café por dia, mas apenas se não for tomado, por exemplo, numa autoestrada. É verdade que existem países da UE em que os salários mínimos são inferiores, todos eles dos países de leste, mas pergunto aos senhores de Bruxelas, mas há que comparar tudo e nesses países os preços dos bens essênciais, como das rendas de casa, da eletricidade, da água, do gás, do tratamento de resíduos sólidos e líquidos, dos transportes públicos são inferiores aos de cá, tal como o IVA que atinge os 23% e atinge os bens essênciais, como o custo da água e da eletricidade. Comparem e falem depois. Pelo contrário, há países em que o salário mínimo é muito superior ao português e os custos desses bens são até inferiores, como por exemplo na nossa vizinha Espanha, para não ir mais longe.
Mas tomemos como exemplo a Roménia (país da UE) onde o salário mínimo anual é de USD 3476,00, o que corresponde a 2737 € anuais, tendo em consideração que 1 € corresponde a USD 1,2700 (em 29/9/2014). Ora isto corresponde a 228 €/mês se dividirmos por 12 parcelas o que é realmente muito abaixo do português. Mas como poderia um romeno que até tenha o seu emprego pagar uma conta de: 150 € de renda de casa + 50 € de eletricidade +25 € de gás + 15 € para a água mais saneamento... Pôrra, já ultrapassei o "plafond" e ainda faltam pagar muitos bens indispensáveis: transportes públicos, telefone, internet (que já é práticamente indispensável em Portugal, pois só se tem acesso a muitos serviços por este meio), comer, saúde, educação e pagar o funeral se alguém morrer. Os Senhores eurodeputados como ganham em números redondos 10.000 € por mês e já se esqueceram das contas mais básicas de qualquer cidadão.
Que tem Bruxelas a dizer de outros factos constatados pela troika e que deveriam ter sido corrigidos pelo governo, como: as rendas excessivas, as PPPs ruinosas, as swaps? Isso, sim! iria aliviar as despesas e reduzir o défice do orçamento do Estado. E as burlas bancárias? que culpa têm os assalariados sobre a gestão danosa dos nossos bancos? NÃO TEM NADA A DIZER SOBRE ESTES ASSUNTOS?
Marinho Pinto terá declarado em entrevista à Rádio Renascença que se for eleito vai defender o aumento do Salário dos Deputados que considera muito baixo. Lembro que estamos em Portugal e que o salário mínimo bruto não chega sequer aos 500 euros mensais. Foi fixado em 505 € a partir de Outubro de 2014. Há muito que o salário de qualquer político deveria estar indexado ao salário mínimo e a partir daí subiria apenas à medida que aquele subisse e mais nada. Não há que mexer na fórmula.
Os deputados "são mal pagos" mas fazem tudo para que não sejam excluídos das listas e figurem e lugares de previsível eleição. Nem a sua consciência os impede de votar leis com as quais não comcordam apenas para assegurar o lugar que já têm na A.R. e, se possível, subir nas hierarquia das listas.
PENSANDO JÁ NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES PARLAMENTARES DE 2015 EM PORTUGAL, O importante é que, pelo menos, nem o PS nem o PSD+CDS tenham maioria absoluta; e depois que todos os partidos de direita mais o PS não atinjam os 3/4 dos assentos da Assembleia da República.
Ainda assim, hei-de vê-los todos juntos (PS+PSD+CDS+e outros partidos de direita que consigam representação parlamentar) do mesmo lado e quanto à Constituição, deverão acabar por alterá-la mesmo através de um referendo que sempre foi recusado aos portugueses para as decisões políticas mais importantes: como adesão à CEE (agora UE), ao espaço Shangen e à moeda única.
Na realidade, a nossa Constituição não está a ser cumprida há muito tempo, descaradamente, tornando ilegais muitas das práticas deste governo e também dos anteriores. Mas nos governos de Passos Coelho tem sido escandaloso e o Tribunal Constitucional tem denunciado alguns casos sem qualquer efeito prático porque as suas decisões acabam por ser contornadas, em especial, com novas redações das leis
Para prevenir possíveis desvios do "rebanho", convém aos partidos do "arco do poder" alterar a lei eleitoral para que possam continuar a dominar a A.R. com votações mais adversas. PSD+CDS têm se empenhado nisso, mas não longe virá o tempo em que se lhes juntará o PS. O tal "Deputado de Círculo", que potencializa o voto nos partidos mais votados em cada círculo é isso mesmo. Dizem-nos que é para defender os "Interesses Regionais", o que é uma descarada mentira, pois os deputados estão sujeitos já hoje à "Fidelidade de Voto" que os obriga ao voto conforme a vontade do líder e não conforme a sua consciência. Têm havido casos em que os deputados votam contra a sua consciência deixando uma "declaração de voto" para aliviar explicando que aquela não seria a sua opção. Mas os deputados sabem bem que se quebrarem a orientação superior são banidos da A.R. e ficam com a sua carreira política destruída. Com a "declaração de voto" ficam em paz com a sua consciência, com o líder e tudo acaba em bem (para eles).
Termino por lembrar que o nosso sistema eleitoral é o de "Hondt" que já prejudica os pequenos partidos: Votos que não elegem um deputado num qualquer círculo eleitoral não podem somar-se aos nos mesmos partidos nos restantes círculos. Assim, partidos que poderiam eleger 2, 3 ou 4 representantes, porque é esse o seu real peso a nível nacional, ficam sem qualquer voz na A.R.. Isto serve óbviamente aos grandes partidos. O sistema mais correto e democrático seria o PROPORCIONAL em que a nível nacional se distribuiriam os lugares na A.R. de acordo com o número de votos obtidos a nível do país.
A economia da Roménia arruinou-se depois da queda do “comunismo”, por isso muitos romenos ciganos e não ciganos insistem em partir para outros países da UE de onde foram expulsos por vezes com indemnizações para refazerem a sua vida no seu país.
Mas porque terá a UE aceite na comunidade um país social e etnicamente tão diferente como a Roménia. Será que foi apenas para instalar lá a DÁCIA, uma empresa da “Renault”, e outras que produzem e vendem produtos mais baratos à custa dos baixos salários dos romenos, fazendo assim concorrência aos salários e direitos sociais que os cidadãos da UE conseguiram após a 2.ª grande guerra? (Só depois do 25 de abril de 1974 Portugal entrou para esse grupo de países).
Agora, depois da queda do muro de Berlin e do dogma "comunista", como agora já não há necessidade de manter a social democracia criada no ocidente depois da 2ª grande guerra para que os cidadãos de leste desejassem o modelo ocidental, vamos agora regressar todos ao modelo social do século XIX. E é nesse sentido que caminham a generalidade dos países da UE, incluindo a França, Espanha e Portugal.
Ver vídeo do Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=aX9MoXT0jIg
. FUNÇÃO PÚBLICA: salário m...
. Reposição de rendimentos ...
. "Portugal precisa de ultr...
. Mais um grande incêndio, ...
. DRONES E A LEGISLAÇÃO PAR...
. Polícia de Alfragide acus...
. Incêndio em Figueiró dos ...
. Chegou o calor, chegaram ...
. Acabou o "Zé da Burra o A...
. A RTP já tem mais dois ca...
. Corrupção em Portugal