O Syriza ganhou as eleições na Grécia e agora qual vai ser a política do novo governo, se é que vai haver um novo governo? vai exigir renegociações com o FMI e BCE sobre os juros e os prazos dos empréstimos passados e futuros sem exigências da austeridade ser tutelada do exterior? Será que o FMI e BCE vão tentar uma posição de força e arriscar a ficarem com milhares de milhões de euros de dívidas por cobrar à espera que a Grécia lhes caia aos pés de joelhos a pedir perdão pela ousadia? será que a vão impedir de usar o Euro como moeda corrente até que a Grécia muito bem entenda. Cada país usa a moeda que quiser, só precisa de a ter em quantidade suficiente para poder circular, o euro não é nem nunca foi na realidade uma moeda grega, nem portuguesa, nem de outros países europeus, pois não reflete a realidade económica destes países, de contrário o euro ter-se-ia desvalorizado há muito tempo e teria sido o mais conveniente e correto. Mas agora isso deverá acontecer por certo de uma ou outra forma.
Portugal e Grécia usam apenas o euro como moeda corrente, como poderiam usar outra qualquer moeda. A moeda é de quem define a sua gestão e paridade e isso compete ao BCE e indiretamente à Alemanha. A Grécia (ou qualquer outro país) até pode usar o rublo (da Rússia) ou o yan (da China) ou uma outra moeda que entender, incluindo uma moeda exclusivamente sua, que decida cunhar e gerir. Por isso, dizer-se que a Grécia pode ser expulsa do euro é pura fantasia. Poderá ser expulsa do BCE, mas também não tem estado lá a fazer nada, tal como Portugal e muitos outros países, uma vez que não influenciam a política monetário do banco emissor.
Quem sabe se a Grécia não seria até muito bem recebida e financiada por uma das novas potências imergentes se aceitar a sua moeda em circulação?
E se o Syriza ganhar as eleições na Grécia? que implicações terá na UE? À última hora o BCE procurou acalmar a UE e indiretamente os gregos, anunciando planos de solidariedade económica entre os vários Estados, que não são suficientes para dar esperança nem a gregos nem a ninguém, de que isso vai trazer um futuro diferente; apenas se dirige a Estados que cumpram a austeridade e a bancos que até esbanjaram despudoradamente muito dinheiro em investimentos de alto risco e que não sucumbiram completamente apenas porque foram intervencionados perante a sua ruína eminente. Mesmo assim, há ainda muitos casos por resolver, como no caso português da falência do BES, evitada pela divisão entre "Banco Bom" e "Banco Mau", uma solução obviamente ilegal tomada para evitar a contaminação a outros bancos, mas a "batata quente" ficará na mão do Estado Português quando o "Banco Bom" for vendido.
Noutros países houve soluções também inovadoras e nada abonatórias para a fiscalização bancária, como em Chipe e na Irlanda, onde muitos depositantes e investidores perderam muito dinheiro.
A eventual saída da Grécia do Euro vai provar que as receitas aplicadas de austeridade desenfreada não são solução para nada. E que acontecerá se BCE e FMI se recusarem a negociar a dívida com o novo governo? não haverá mais financiamento, mas a dívida também não poderá ser paga!
Há mudanças a fazer para corrigir os efeitos da infeliz globalização selvagem; do liberalismo sem ética nem regras; da não limitação da circulação de grandes volumes de capital para zonas livres de impostos, acampanhada por uma conivente desregulamentação bancária; da desindustrialização (e não só) do ocidente, transferindo a capacidade produtiva para os países do 3.º mundo; da aceitação em massa de imigrantes de qualquer parte do mundo para fazer concorrência aos assalariados da UE, fazendo aumentar o desemprego, reduzindo salários e direitos sociais; mudança que se reflete depois na descaracterização da UE por ter incluído populações com culturas muito diversas sem que fossem cultural e socialmente integradas, provocando um mal-estar social geral que leva a conflitos e até ao terrorismo interno; menor poder de aquisição e o definhar das economias ocidentais; outros desvarios inventados pelo capitalismo após a queda do muro de Berlim que só servem as grandes companhias e para os países do extremo oriente, para onde se deslocou já o centro económico mundial sem que isso se reflita sequer numa maior justiça social nesses locais.
Mas agora já é tarde, muito tarde para recuar em muitos aspetos, será que alguma coisa poderá ser ainda corrigida para que não se dê o total desmoronamento da UE e a Europa entre num caos previsível?
O que está a acontecer nas Lajes e não só, a redução dos dispositivos militares dos EUA espalhados pelo mundo, é fruto de uma necessidade de redução de despesas porque a crise ocidental afeta também aquela ainda grande potência: tem que começar por algum lado e os EUA não vão ser a maior super potência para sempre. Quando o dinheiro falta há que cortar nas despesas. O futuro está no extremo oriente e os próprios EUA apressaram o processo quando se deixaram capturar e ceder às grandes multinacionais americanas e aderiram à globalização que está a deslocar rapidamente para o extremo oriente a sua produção e "Know how". Vai ser uma queda difícil, em especial quando se trata de um país com as capacidades militares como são as que têm os EUA. O problema será pior quando a China atingir o nível militar dos EUA. Aí irão encontrar-se um a aumentar a sua capacidade militar e o outro a procurar não deixar ultrapassar-se mas sem dinheiro para resistir. Não é a primeira vez na História que uma super potência é ultrapassada por outra, porém nos dias de hoje o problema é gravíssimo porque há poder destrutivo à escala planetária.
Quanto à China ir ocupar o lugar dos EUA nas Lajes é sinistro, nem a própria China estaria disposta a fazer tal afronta aos EUA. Haveria outra hipótese que seria a de ceder uma outra base nos Açores aos Chineses mas também não acredito que aceitassem por ora, porque é cedo demais para a China. Também não acredito que a simples ameaça sirva para os EUA repensarem a sua posição, pois também eles têm consciência de que seria "bluff".
É hoje notícia em todos os meios de informação, nomeadamente na TV e aqui. Mas porque irá isso acontecer?
Como é evidente, isto trata-se de um passo para a privatização: Uma Empresa privada visa fundamentalmente o lucro e não o serviço público, por isso quando esta for privatizada será mais apetitosa para os eventuais candidatos se já estiver aliviada de ligações (nº de comboios por dia) e até de trabalhadores, nem que para isso a CP se veja na necessidade de obrigar os seus funcionários a fazer horas extraordinárias que seriam desnecessárias se a empresa admitisse o pessoal de que precisa para operar com qualidade o serviço; e até ajudavam no combate ao desemprego endémico em Portugal, realidade que na prática não é preocupação do governo. Se assim fosse não teria facilitado o recurso às horas extraordinárias e baixado o seu custo; teria feito precisamente o contrário. A única preocupação governamental é mascarar as estatísticas, baixando artificialmente os números dramáticos que elas revelariam se fossem honestas.
A lógica de um serviço público providenciado pelo estado é o de servir a população; a lógica de um serviço público providenciado por uma empresa privada é o de conseguir maximizar os lucros, e isso é sempre à custa da redução da qualidade do serviço à população e do bem-estar dos seus trabalhadores.
Aprendam que o zé não vive sempre!
. FUNÇÃO PÚBLICA: salário m...
. Reposição de rendimentos ...
. "Portugal precisa de ultr...
. Mais um grande incêndio, ...
. DRONES E A LEGISLAÇÃO PAR...
. Polícia de Alfragide acus...
. Incêndio em Figueiró dos ...
. Chegou o calor, chegaram ...
. Acabou o "Zé da Burra o A...
. A RTP já tem mais dois ca...
. Corrupção em Portugal