Apesar dos meios de Comunicação Social pertencerem à força do capital e por isso serem em geral privados, havendo alguns (poucos) do Estado; O PSD, PS e CDS terão chegado à conclusão de que ainda assim as mensagens dos partidos que consideram marginais ainda conseguem chegar aos eleitores, o que consideram uma ameaça para eles, pois querem perpetuar-se no poder, por isso desejam dar mais uma machadada na democracia e limitar por lei o direito e a liberdade da Comunicação Social informar os leitores, ouvintes e expetadores da TV.
A democracia já ferida em virtude do método eleitoral português de Hondt, poderá levar um novo golpe se for avante o princípio acordado por aqueles partidos, que está a levantar já uma onda de indignação dentro da própria Comunicação Social. Lembro que o método de Hondt utilizado em Portugal já favorece os grandes partidos, pois os votos de um círculo eleitoral que não chegam para eleger um deputado de um pequeno partido poderiam, se adicionados aos restantes círculos eleitorais, conseguir uma representação desse partido e dos eleitores que nele votaram; tal não acontece e quem beneficia são os grandes partidos.
A criação do Deputado de Círculo, que o PSD deseja há muito tempo, iria adulterar mais a proporcionalidade favorecendo ainda mais o PSD e também o PS. O PSD fornece um argumento enganador, pois diz que esses deputados iriam reforçar os interesses dos círculos por que foram eleitos. Essa é uma mentira descarada, pois, como se sabe, os deputados não têm liberdade e o seu voto é condicionado pela orientação do partido e a fidelidade partidária, ainda que se trate de defender os interesses dos círculos pelos quais foram eleitos.
O método mais correto para a eleição dos nossos deputados seria, portanto, o da proporcionalidade direta que distribuiria os assentos parlamentares de acordo com a percentagem que cada partido obtém a nível nacional, mas foi decidido democraticamente que assim não fosse e por isso não é assim.
Pareceu-me que o post estaria desatualizado face à notícia cuja fonte indico em baixo, mas mais tarde cheguei à conclusão de que os 3 partidos matêm o projeto para o por em prática na próxima legislatura (pelo menos). A idéia ficou-me reforçada com as declarações do Sr. Presidente da República durante a sua visita à Noruega.
Notícia de que os 3 partidos (PS, PSD e CDS) teriam desistido do seu projeto de reservar os tempos de antena aos partidos com representatividade parlamentar ->
Quando as eleições se aproximam há sempre muita gente que não sabe em quem votar e já chegaram a pedir-me conselho, mas, evito sempre responder à pergunta.
Ora bolas, se alguém perguntar a um dos adeptos incondicionais ou "boys" do PS, ele dir-lhe-á, obviamente, vote no PS; mas se perguntar a um do PSD, dir-lhe-á, obviamente, vote no PSD; e por aí adiante... Mas Porra, será que os portugueses têm que ser comandados? Então não sabem pensar pela sua própria cabeça e decidir? Que votem num, noutro, noutro e noutro até acertarem. Mas não repitam é o erro por mais de uma vez (estou a ser sensato). É normal que quem está fora do poder pretenda dar a impressão de que vai governar com justiça, honestidade e corrigir os erros que o seu partido cometeu no passado quando esteve no "poleiro". Depois, é frequente que rapidamente se esqueça das promessas e acabe por desiludir a maioria dos eleitores que votaram e que até já tinham votado antes nesse partido político.
Diz o ditado e muito bem: "À primeira qualquer um erra; à segunda erra quem quer; e à terceira erra quem é parvo!
Não aconselho nenhum partido para votar, mas, para um bom entendedor, creio ter dito em quem não se deve votar.
Ficar em casa é que não serve de nada e vou exemplificar com a eleição do atual PR Cavaco Silva que ganhou as últimas eleições com uma maioria absoluta de apenas com 22,3% (*) dos votos do universo eleitoral português. É que a maioria dos eleitores nem votou, o que em nada belisca a legitimidade do ato eleitoral. Vá! pensem e decidam bem quando forem chamados a votar de novo.
(*) Ora vamos lá fazer as contas:
Universo de potenciais eleitores: 9.656.797 (100,00%)
Votos em Cavaco e Silva: 2.231.603 (22,98%)
Votos nos restantes candidatos: 1.982.829 (20,42%)
Votos em branco: 191.284 (1,97%)
Votos nulos: 86.581 (0,89%)
Abstenção: 5.164.500 (53,19%)
Fico curioso porque tudo o que o governo tem feito sem sido em sentido contrário.
Ora vamos rever:
De acordo com as estatísticas oficiais mais recentes, o desemprego voltou a aumentar em Portugal (link), apesar de muita gente estar a atingir a idade da reforma, o pior é que nem sequer os lugares que estão ficando livres são disponibilizados para os mais jovens, onde o desemprego é maior, atingindo já oficialmente cerca dos 35% para este grupo de portugueses. Parece que as entidades patronais estão desejando ver-se livres dos empregados que possuem e por isso não substituem os que vão saindo.
A opinião de que os portugueses deveriam ter mais filhos cai assim por terra:
1.º) Porque os portugueses mais jovens, em idade de ter filhos não podem constituir família porque nem sequer têm acesso a um emprego e quando têm o salário é insuficiente para se tornarem autónomos dos pais; ou acabam por emigrar (link). Já terão emigrado 300 a 400 mil jovens que vão procriar lá fora, como é evidente;
2.º) Porque não se vêem melhores perspetivas para as gerações futuras, só irresponsáveis desejariam ter mais do que 1 ou 2 filhos no máximo e apenas devido ao instinto de procriação. Essas crianças irão apenas engrossar um dia, quando crescerem, o número de emigrantes ou de desempregados.
O governo, ele próprio, cria o desemprego quando: a) aumentou e continua a aumentar a idade das reformas; b) fomenta o aumento do número de horas de trabalho semanal; c) reduz o número de feriados e de dias de férias; d) reduz o número de empregos nas áreas em que é patrão, i.e. na função pública e nas empresas públicas; e nem substitui os funcionários que se vão aposentando. A renovação de uma simples carta de condução chega a demorar 1 ano e mais; e) nas empresas públicas é notório que a redução de trabalhadores pretende tornar as empresas mais atrativas para a sua privatização; f) obriga a que os municípios sigam a mesma lógica; g) não cria leis que obriguem as entidades patronais a admitir os empregados de que necessitam mas obriga a que os trabalhadores a cumpram horas extraordinárias contra a sua vontade, o que é até perigoso e vários casos, como na área dos transportes por exemplo. Obviamente que as horas extraordinárias só deveriam ser permitidas em casos pontuais e não como forma de suprir as necessidades correntes das empresas; h) reduz por lei o preço das horas extraordinárias dos trabalhadores e permite a criação de "bolsa de horas", incentivando também de outro modo o recurso das empresas a esta modalidade, porque o preço aí fica a custo zero. Os funcionários ficam obrigados a gastar os dias em crédito fora das férias que a família deixa de poder programar.
A taxa de desemprego oficial diverge da real e não se aproxima daquela porque o governo utiliza habilidades matemáticas para a reduzir. Por exemplo: quem não comparece nos Centros do Instituto de Emprego e Formação Profissional a atestar a sua condição de desempregado deixa de ser considerado como tal; o acesso aos Centros de Emprego é dificultado por falta de capacidade de resposta, acumulando-se enormes filas de utentes que aguardam a sua vez de serem atendidos levando a que muitos desistam e deixem de contar nas estatísticas. Muitos Centros da Segurança Social também já só atendem com marcação prévia por falta de pessoal; o governo cria cursos para quem quer trabalhar e quem entra neles ou os recusa deixa de ser considerado como desempregado; oferece trabalhos a tempo parcial e, do mesmo modo, quem os aceita ou recusa também sai da estatística de desempregados; os muitos portugueses que emigraram também já não constam nessas estatísticas, como é óbvio.
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