Muitos portugueses ficaram espantados com a decisão do Partido Socialista (PS) ter optado por se aproximar dos partidos à sua esquerda em vez de apoiar ou simplesmente deixar passar o governo da coligação "Portugal à Frente" (PàF), feita pelo PSD e CDS para as recentes eleições legislativas.
Mas se pensarmos um pouco não é muito difícil de compreender a escolha tendo em consideração o resultado das eleições.
Se confrontarmos o recente resultado eleitoral com o de 2011 chegamos à conclusão da tabela abaixo, onde comparo o número de deputados conseguidos em 2011 e em 2015 por cada uma das formações.
Partidos e coligações | 2011 | 2015 |
PSD + CDS | 132 | 107 |
PS | 74 | 86 |
PEV | 16 | 17 |
BE | 8 | 19 |
PAN | - | 1 |
Número de deputados | 230 | 230 |
Da tabela acima poderemos concluir que o grande perdedor foi o PSD + CDS que em conjunto perderam 25 deputados, apesar de terem ido em conjunto ao sufrágio, o que lhe trouxe por certo alguns ganhos. Mas o PS apenas conseguiu mais 12 deputados. Então para onde foram os restantes 13 que o PSD e CDS perderam? Como não será de supor que os eleitores perdidos pelo PSD e CDS terão passado diretamente da extrema direita (não nacionalista) para o BE, poderemos concluir que esses eleitores terão votado realmente, na sua maioria, no PS, mas, entretanto, muitos eleitores que votavam tradicionalmente no PS votaram desta vez no BE. Por isso o PS não conseguiu ser o partido ou grupo mais votado em 2015. O BE foi realmente o grande vencedor destas eleições.
Aí está a razão porque o PS preferiu formar um governo, aproximando-se do BE e dos eleitores perdidos na esperança de que num futuro ato eleitoral venham a regressar ao partido de onde sairam.
Mas os deputados do BE não são suficientes para formar uma maioria na Assembleia da República, nem juntando o deputado conseguido pelo PAN. Assim, só restava a solução de incluir também o PEV nas negociações, onde se inclui o PCP. É verdade que o PCP de hoje já não é igual ao de há 4 décadas, já não defende a ditadura do proletariado, nem tem uma URSS como potência de referência, mas é um partido de esquerda bem ancorado pelas forças sindicais mais representativas e não as irá trair. Na realidade, nenhum dos partidos portugueses de hoje são iguais ao que eram há 40 anos atrás.
Se, porém, o PS tivesse optado pela coligação PàF, iria perder muitos mais eleitores para o BE nas eleições seguintes e ficaria sujeito a tornar-se num pequeno partido, ao nível do BE e do PEV. Entretanto, a oposição seria feita por aquelas duas formações, valorizando-as.
É claro que a opção feita pelo PS irá fazê-lo perder os eleitores mais à direita, mas não deverá ser muito importante até porque o governo PS irá procurar não molestar muito mais a maioria as vítimas de sempre: os pequenos empresários, os assalariados, os funcionários públicos e os reformados. A missão é difícil mas se o conseguir o PS poderá ultrapassar este momento de crise.
Está a decorrer em Paris mais uma cimeira sobre as alterações no ambiente provocadas pela ação do homem, de onde deverão sair importantes decisões e muitas ideias que nos serão depois transmitidas para serem postas em prática, nomeadamente sobre a necessidade de poupança de energia, de maior utilização de energias renováveis e menos poluentes.
Existe, contudo, uma área que é responsável por muita da poluição e do aquecimento do planeta de que ninguém fala, pelo menos em Portugal: a cíclica onda de incêndios nas florestas, em geral provocadas por interesses económicos e frequentemente à margem da lei. E este não é um fenómeno característico apenas do nosso país, porque acontece em muitos outros, como por exemplo na floresta tropical brasileira, africana ou na indonésia. Tudo isto gira em geral à volta dos interesses na exploração das madeiras ou de desmatamento para outros fins. É urgente que incluam este tema nos esforços de luta contra a poluição e aquecimento global.
Pois nunca é referido o necessário combate real e eficaz contra os incendiários que surgem logo que a época é um pouco mais favorável ao desenvolvimento dos incêndios. Populações, bombeiros e forças policiais são unânimes em afirmar que os incêndios não são, na sua maioria, meros acidentes, mas provocados deliberadamente. Porém, nunca se chega é a saber quais os reais motivos que estão na sua origem. Será que os políticos não têm suficiente motivação para combater este tipo de terrorismo? Com frequência a maior parte dos incendiários é associada a doentes mentais ou toxicodependentes, mas, ainda que assim seja, muitos deles agem a mando e pagos por alguém responsável e com interesses bem definidos.
Nem me vou referir à considerável poluição provocada pelas guerras porque esses são casos muito mais difíceis de combater.
A imagem acima foi tirada por um satélite a Portugal em 2003. A quantos escapes de automóvel corresponderam aqueles fogos e qual foi dano provocado no ambiente?
Será que é andando de bicicleta movida a força muscular que vamos salvar o planeta? parece-me que sugerir esse meio de transporte em cidades como Lisboa, Porto e a maioria das cidades portuguesas (em geral situadas em colinas) é completamente absurdo, onde existem alternativas que não passam pela bicicleta. Será para confundir a nossa inteligência que se insiste no uso da bicicleta em cidades com multiplas colinas? Em países sem grandes elevações o uso daquele meio de transporte é viável, mas não em Portugal, salvo raras excessões.
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