Segunda-feira, 12 de Novembro de 2018

Reposição de rendimentos retirados durante o governo PSD-CDS

Quando os portugueses forem chamados a votar devem recordar-se que o retorno dos feriados, a eliminação do adicional ao IRS, a reposição dos salários sem cortes e o descongelamento de progressões de carreiras da FP, que também servem de indicador para as Empresas privadas, foram conseguidas por pressão do PCP, BE e PEV. O PS apoiou estas medidas porque precisou do apoio daqueles partidos para se manter no poder; alterou timidamente as regras de arrendamento de casas de habitação, incluindo a habitação pertencente ao Estado. E não se foi mais longe porque o PS não o permitiu: assim, não se conseguiu reverter as regras de contratação laboral (o código do trabalho); nem repor todo o tempo de serviço cortado aos professores; não se conseguiu eliminar as alterações feitas pelo anterior governo PSD-CDS ao arrendamento de habitação permanente, continuando os inquilinos numa situação de insegurança permanente; não se conseguiu eliminar os cortes para a atingir a reforma antecipada para longas carreiras contributivas (para quem já descontou pelo menos durante 40 anos). Lembro que a idade legal da reforma aumenta anualmente 6 meses e que por isso fica mais distante a cada ano que passa para quem se encontra em idade ativa.  

O PS preferiu desviar o dinheiro disponível para manter os apoios, isenções e perdões fiscais a bancos, partidos políticos e a fundações e de interesse duvidoso e até a algumas comprovadamente sem interesse público, para a redução fiscal a aos "vistos gold" e outras situações similares, etc. Por isso, também não encontrou disponibilidade para suster a degradação do Serviço Nacional de Saúde, para a reparação de inúmeros edifícios públicos, onde se incluem escolas, hospitais, esquadras de polícia; para a reparação de estradas...

Assim, façam justiça quando for a altura própria e lembrem-se de quem foram os verdadeiros responsáveis por algumas melhorias que possam ter observado.

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 08:49
link do post | comentar | favorito
Domingo, 29 de Maio de 2016

Será que o Estado deve financiar as Escolas Privadas de modo a que todos os portugueses as possam frequentar?

Fenprof anuncia manifestação em defesa da escola pública (dia 18 de junho)

Até que enfim que os defensores da Escola Pública se vão pronunciar. Pelas notícias que recentemente têm sido divulgadas pode gerar-se a confusão e a suspeita de que o governo quer limitar o direito constitucional à educação de todas as crianças e jovens.

Professores, pais, funcionários e a sociedade em geral vai ter oportunidade de se manifestar no dia 18 de junho sobre a matéria.

O financiamento das escolas privadas a existir teria que abranger todos as crianças e jovens que o desejem e ser totalmente a custas do Estado para não haver qualquer discriminação, porque existem famílias que não podem pagar nem que seja apenas uma parte e isso não se afere pelo seu salário, porque existem outras despesas que não são iguais para todas as famílias.

Será que o Estado português deve gastar os seus parcos recursos económicos a financiar escolas privadas quando pode oferecer diretamente às crianças e jovens portugueses esse serviço?

Estamos num país em que muita gente está morrendo por falta de capacidade do Serviço Nacional de Saúde e até das altas "taxas" a pagar. Tal como a Educação, a Saúde é também um direito constitucional de todos os portugueses, que está em acelerada falência.  Comparando a Saúde com a Educação, também poderemos esperar que esse serviço passe a ser prestado a TODOS OS PORTUGUESES em clínicas e hospitais privados, tudo a pagar pelo Orçamento do Estado.

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 13:59
link do post | comentar | favorito
Quinta-feira, 3 de Dezembro de 2015

Novo governo do PS em Portugal com o apoio dos partidos de esquerda

Muitos portugueses ficaram espantados com a decisão do Partido Socialista (PS) ter optado por se aproximar dos partidos à sua esquerda em vez de apoiar ou simplesmente deixar passar o governo da coligação "Portugal à Frente" (PàF), feita pelo PSD e CDS para as recentes eleições legislativas.

Mas se pensarmos um pouco não é muito difícil de compreender a escolha tendo em consideração o resultado das eleições.

Se confrontarmos o recente resultado eleitoral com o de 2011 chegamos à conclusão da tabela abaixo, onde comparo o número de deputados conseguidos em 2011 e em 2015 por cada uma das formações.   

Partidos e coligações                                     2011 2015
PSD + CDS 132 107
PS 74 86
PEV 16 17
BE 8  19
PAN - 1
Número de deputados 230 230

    

Da tabela acima poderemos concluir que o grande perdedor foi o PSD + CDS que em conjunto perderam 25 deputados, apesar de terem ido em conjunto ao sufrágio, o que lhe trouxe por certo alguns ganhos. Mas o PS apenas conseguiu mais 12 deputados. Então para onde foram os restantes 13 que o PSD e CDS perderam? Como não será de supor que os eleitores perdidos pelo PSD e CDS terão passado diretamente da extrema direita (não nacionalista) para o BE, poderemos concluir que esses eleitores terão votado realmente, na sua maioria, no PS, mas, entretanto, muitos eleitores que votavam tradicionalmente no PS votaram desta vez no BE. Por isso o PS não conseguiu ser o partido ou grupo mais votado em 2015. O BE foi realmente o grande vencedor destas eleições.

Aí está a razão porque o PS preferiu formar um governo, aproximando-se do BE e dos eleitores perdidos na esperança de que num futuro ato eleitoral venham a regressar ao partido de onde sairam.

Mas os deputados do BE não são suficientes para formar uma maioria na Assembleia da República, nem juntando o deputado conseguido pelo PAN. Assim, só restava a solução de incluir também o PEV nas negociações, onde se inclui o PCP. É verdade que o PCP de hoje já não é igual ao de há 4 décadas, já não defende a ditadura do proletariado, nem tem uma URSS como potência de referência, mas é um partido de esquerda bem ancorado pelas forças sindicais mais representativas e não as irá trair. Na realidade, nenhum dos partidos portugueses de hoje são iguais ao que eram há 40 anos atrás. 

Se, porém, o PS tivesse optado pela coligação PàF, iria perder muitos mais eleitores para o BE nas eleições seguintes e ficaria sujeito a tornar-se num pequeno partido, ao nível do BE e do PEV. Entretanto, a oposição seria feita por aquelas duas formações, valorizando-as.

É claro que a opção feita pelo PS irá fazê-lo perder os eleitores mais à direita, mas não deverá ser muito importante até porque o governo PS irá procurar não molestar muito mais a maioria as vítimas de sempre: os pequenos empresários, os assalariados, os funcionários públicos e os reformados. A missão é difícil mas se o conseguir o PS poderá ultrapassar este momento de crise.

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 16:22
link do post | comentar | favorito
Quarta-feira, 18 de Maio de 2011

Eleições: PS/PSD

No dia 5 de Junho vamos ter eleições e a propósito disso aconselho a verem o seguinte vídeo no youtube:

 

 

http://www.youtube.com/watch?v=MEL48khJHRQ

 

 

Vão gostar e é bastante instrutivo.

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 16:22
link do post | comentar | favorito
Terça-feira, 29 de Março de 2011

Eleições: Nova maioria / Novo Governo

Aproximam-se novas eleições que irão ditar o rumo de Portugal para enfentar a crise criada pelos políticos e economistas do sistema e do arco partidário (PS/PSD). As opções que tomaram para o nosso país foram desastrosas e agora aí temos os resultados. Infelizmente, tudo se perfila para que voltem a ganhar os mesmos que se têm alternado no poder desde há 30 anos. Os meios de informação "opinion maker" têm a máxima responsabilidade nisso e, em consequência, no resultado eleitoral que ditará a escolha dos portugueses. As únicas soluções apresentadas pelos meios de informação (em especial pela televisão) são as do PS e do PSD (como se mais nada existisse), soluções que apontam para um maior aperto de cinto sempre para os mesmos: eliminação de direitos dos assalariados, redução dos salários e das reformas, aumento da idade da reformas, retirada de direitos adquiridos na saúde, educação, apoio social, redução das comparticipações nos medicamentos, aumento de "taxas moderadoras" ilegais porque vão contra a Constituição do país, que diz dever a saúde "SER TENDENCIALMENTE GRATUITA", venda das poucas Empresas públicas que ainda restam, aumento de impostos para pequenos comerciantes e industriais, etc.... Qualquer aumento da comparticipação das Empresas que mais lucram neste país fica sempre excluída, como por exemplo: a criação de um imposto suplementar sobre os lucros dessas Empresas, que até foram privatizadas a preços simbólicos e que hoje dão muitos milhões de lucros para os seus acionistas. As entidades que lucraram com a situação que levou ao despoletar da crise também não são incomodadas.  Todos os partidos situados à esquerda do PS são silenciados e não será por puro acaso. Nem sequer se leva em linha de conta o grande aumento de votação num partido como o Bloco de Esquerda nas últimas eleições legislativas. Porque não apresentam aos portugueses o confronto das soluções dos partidos do sistema (PS/PSD/CDS) com as dos partidos à sua esquerda? Porque os comentadores televisivos são sempre do PS ou do PSD? Porque os debates são frequentemente apenas entre PS e PSD? O que esses partidos pensam já todos os portugueses têm obrigação de saber, eu diria mesmo "de gingeira". Em breve virão as sondagens de intenção de voto, fundamental para a decisão dos indecisos, e que favorecem sempre os partidos como o PS ou PSD e que depois nunca atingem os votos anunciados nas sondagens, levantando-se já a suspeita de que essas sondagens também são pouco sérias. As sondagens deveriam até ser proibídas e são-nos em alguns países, principalmente quando muito em cima do ato eleitoral, porque dão indicação de voto aos indecisos e adulteram a democracia.

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 14:15
link do post | comentar | favorito
Sexta-feira, 25 de Março de 2011

PS errou desde o início!

Nem sempre tudo o que parece é!

 

Sócrates errou diversas vezes profundamente: errou quando decidiu nacionalizar o BPN; errou quando prometeu aos portugueses não taxar as SCUTs e fê-lo logo de seguida; errou quando baixou o IVA e o aumentou ainda mais logo depois; errou quando criou as confusas "avaliações de desempenho" apenas com o propósito de travar a promoção dos funcionários públicos, criando lutas que ainda hoje perduram apenas relativamente a métodos irracionais de avaliação; errou quando alterou o estatuto de aposentação da FP, provocando a saída abrupta de milhares de FPs, que ficariam ainda por mais alguns anos ao serviço e assim correram à aposentação mesmo com penalizações, aumentando ainda mais as despesas na área da aposentação; Errou quando levou a peito o lema "há funcionários públicos a mais" quando deveria saber que acontecia precisamente o contrário em funções produtivas e por isso tiveram que contratar de imediato quem os substituisse a Empresas Privadas, com mais prejuizo para o orçamento do estado e dos portugueses; errou porque a carência de FPs aumentou em muito as filas de espera para atendimento em qualquer Repartição do Estado e o tempo perdido pelos portugueses também significa dinheiro perdido; errou quando pretendeu aplicar às EPs os sacrifícios impostos aos FPs, porque não teve consciência de que não era a mesma coisa e por isso algumas EPs não cumpriram sequer as reduções salarias que o Sr Ministro tinha afirmado em público serem para toda a FP e EPs; errou porque o PS não previu que iria aumentar a conflitualidade em áreas com grande capacidade de resistência e assim essas lutas ainda se mantêm comprejuízo para todos os portugueses; errou porque os portugueses não são todos FPs ou de EPs e por isso os restantes ficaram logo à partida de fora dos sacrifícios impostos aos primeiros. O Governo sempre tratou com arrogância qualquer negociação com os mais fracos mas cedeu ao fim de 2 dias de luta dos camionistas, uma greve patronal e até por isso ilegal, serão essas também "medidas corajosas"?

 

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 14:43
link do post | comentar | favorito
Sexta-feira, 18 de Fevereiro de 2011

Os partidos políticos também envelhecem, tal como as pessoas, os cães e até os burros...

Os partidos, tal como as pessoas, cães e até os burros envelhecem, por isso, qualquer partido político não será hoje igual ao que era há 20 anos; e há 20 anos já não era o mesmo que há 30; e há 30 anos também já não era igual ao que tinha sido há 40; e por aí fora.... Assim todos os pardidos políticos que temos hoje e que já existiam há 30 anos estão hoje muito diferentes do que eram então: PCP, PS, PSD, CDS estão hoje irreconhecíveis. Na realidade, todos os partidos se deslocaram mais ou menos para a direita, por exemplo:

 

1.º) O PCP que defendia então a ditadura Estalinista e o alinhamento político de Portugal com a URSS; e que preconizava a estatização de toda a economia nacional, o que implicaria o fim dos pequenos e médios comerciantes, agricultores, pescadores, industriais, etc.; já não defende hoje   essa política e é, em muitos casos, um dos seus mais fiéis defensores contra o monopólio das grandes empresas que está a sufocar a iniciativa privada de menor dimensão. Também não acredito que o Bloco de Esquerda defenda estatização total de economia nacional, embora ambos os partidos defendam que setores essênciais deveriam estar nas mãos do Estado, tais como: a EDP, REN, GALP, GÁS, TAP, CP, METRO, ANA, Saneamento, Distribuição de águas, Estradas, Caixa Geral de Depósitos,...

 

2.º) O BE é um partido recente, pelo que a sua evolução se verá no futuro.

 

3.º) O PS está hoje praticamente irreconhecível, se o compararmos com o que foi há 30 anos, quando criou o Serviço Nacional de Saúde GRATUITO E UNIVERSAL PARA TODOS, que diz continuar a defender mas vai desmantelando e sofocando a pouco e pouco, criando espaço para que a saúde dos portugueses (com posses) seja entregue aos privados ou às misericórdias (os restantes), que são a sua esmagadora maioria. Começou por fechar hospitais e maternidades, depois foram os serviços de atendimento permanente (SAP), e por fim os próprios Centros de Saúde, mesmo em locais isolados com populações envelhecidas e sem transporte próprio disponível nem ambulâncias, cujo pagamento deixou de ser pago pelo SNS na maioria dos casos. Enfim, pouco ou nada distingue o atual PS do PSD, para além deste último partido não se sentir tão incomodado em deixar antever a sua intenção de acabar com o SNS UNIVERSAL E GRATUITO.  

     

4.º) O PSD, que, no tempo do Governo de Cavaco Silva, facilitou a reforma a milhares de portugueses mais idosos que tinham ficado desempregados, embora não tivessem completado ainda a sua carreira contributiva, nem tivessem ainda idade legal para a ela poderem aceder; o mesmo partido que concedeu bonificações para a aposentação de milhares de funcionários públicos desde que fossem dados como "dispensáveis" pelos seus superiores hierárquicos, ainda que não tivessem 36 anos de serviço (bastavam então 30 anos para poderem aceder à aposentação por inteiro): agora, poucos anos depois, apoiou o PS no aumento da idade da reforma dos restantes funcionários públicos (incluindo os que já têm 40 anos de serviço) e ambos os partidos se preparam já, para aumentarem de novo a idade da reforma para além dos 65 anos, insensíveis até ao enorme número de desempregados JOVENS que de momento existem.

 

5.º)  O CDS, incomodado com a designação de "CENTRO" intentou já mudar a sua designação para "Partido Popular" mas não teve coragem de levar a termo a mudança de nome, provavelmente com receio de perder uma parte do seu eleitorado que ainda acredita ser o CDS o partido do "Centro". Assim, ficou-se por CDS/PP já há vários anos e vai servindo de moleta para suportar o PS ou o PSD no Governo.  

 

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 12:16
link do post | comentar | favorito

.mais sobre mim

.pesquisar

 

.Fevereiro 2019

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2

3
4
5
6
7
8
9

10
11
12
13
14
15
16

17
18
20
21
22
23

24
25
26
27
28


.posts recentes

. Reposição de rendimentos ...

. Será que o Estado deve fi...

. Novo governo do PS em Por...

. Eleições: PS/PSD

. Eleições: Nova maioria / ...

. PS errou desde o início!

. Os partidos políticos tam...

.arquivos

. Fevereiro 2019

. Novembro 2018

. Dezembro 2017

. Julho 2017

. Junho 2017

. Dezembro 2016

. Novembro 2016

. Agosto 2016

. Julho 2016

. Junho 2016

. Maio 2016

. Fevereiro 2016

. Dezembro 2015

. Setembro 2015

. Junho 2015

. Maio 2015

. Abril 2015

. Março 2015

. Fevereiro 2015

. Janeiro 2015

. Dezembro 2014

. Novembro 2014

. Outubro 2014

. Setembro 2014

. Agosto 2014

. Julho 2014

. Junho 2014

. Maio 2014

. Abril 2014

. Março 2014

. Fevereiro 2014

. Janeiro 2014

. Dezembro 2013

. Outubro 2013

. Setembro 2013

. Agosto 2013

. Julho 2013

. Junho 2013

. Maio 2013

. Abril 2013

. Março 2013

. Fevereiro 2013

. Janeiro 2013

. Novembro 2012

. Outubro 2012

. Setembro 2012

. Agosto 2012

. Julho 2012

. Maio 2012

. Abril 2012

. Março 2012

. Fevereiro 2012

. Janeiro 2012

. Dezembro 2011

. Novembro 2011

. Outubro 2011

. Setembro 2011

. Julho 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Setembro 2010

. Agosto 2010

. Julho 2010

. Junho 2010

. Maio 2010

. Abril 2010

.tags

. todas as tags

.links

blogs SAPO

.subscrever feeds

Em destaque no SAPO Blogs
pub