Eu vi o vídeo de Marinho Pinto e sugere-me uma questão: porque atacará os pequenos partidos? É aos grandes partidos que terá inevitávelmente que ir buscar votos, pois são esses que têm 2/3 dos lugares da Assembleia da República. Além disso, para levar avante os projetos que anuncia de combate à corrupção e de lóbies apenas poderá contar com os pequenos partidos à esquerda do PS, pois não acredito numa entrada fulgurante na política portuguesa e na A.R. obtendo logo de imediato uma maioria absoluta. Por muito sucesso que possa ter isso não é previsível.
Assim, Marinho Pinto faz-me pensar e desconfiar sobre quais as suas reais intenções. Não gostaria de suspeitar que ele acabe por ser a "muleta" do PS ou do PSD para evitar que tenham que se juntar os 3 já na próxima legislatura.
Eu vi o vídeo de Marinho Pinto e sugere-me uma questão: porque atacará os pequenos partidos? É aos grandes partidos que terá inevitávelmente que ir buscar votos, pois são esses que têm 2/3 dos lugares da Assembleia da República. Além disso, para levar avante os projetos que anuncia de combate à corrupção e de lóbies apenas poderá contar com os pequenos partidos à esquerda do PS, pois não acredito numa entrada fulgurante na política portuguesa e na A.R. obtendo logo de imediato uma maioria absoluta. Por muito sucesso que possa ter isso não é previsível.
Assim, Marinho Pinto faz-me pensar e desconfiar sobre quais as suas reais intenções. Não gostaria de suspeitar que ele acabe por ser a "muleta" do PS ou do PSD para evitar que tenham que se juntar os 3 já na próxima legislatura.
Como é sabido Marinho Pinto vai concorrer às próximas eleições legislativas com um novo partido, o PARDIDO DEMOCRÁTICO REPUBLICANO - PDR.
Marinho Pinto fala muito bem, tem um discurso muito convincente, em especial quando nos fala contra a corrupção em que os partidos do "arco do poder" PS, PSD e CDS deixaram cair o país; ou sobre as leis encomendadas pelos Governos do PS e do PSD a Gabinetes de Advogados que impedem a punição dos crimes de corrupção; ou sobre a gestão danosa dos Gestores Públicos, principescamente pagos, mas que terão gerido as Empresas que lhe foram confiadas tendo em vista apenas a sua privatização, incluindo a Empresas Públicas de outros países, como foi o caso da EDP, vendida a uma Empresa Pública Chinesa, a "China Three Gorges"; ou sobre as Rendas Excessivas contratadas; ou sobre muitas das Parcerias Público Privadas cujos contratos foram deliberadamente feitos por forma a garantir lucros escandalosos a Empresas que nada arriscaram, e que foram depois agravados para o Estado em posteriores alterações a pretexto desta ou daquela alteração às obras.
Mas como não acredito em milagres políticos e não acredito que o PDR vá ganhar as eleições inesperadamente e muito menos com uma maioria absoluta: resta saber como irão votar em casos concretos os futuros deputados do PDR, caso sejam eleitos. E se o seu número for suficiente para fazer pender um dos pratos da balança? votará em assuntos importantes ao lado dos partidos do "arco do poder" que Marinho Pinto tem apontado como sendo os responsáveis desta situação ruinosa em que nos encontramos ou votará ao lado do PCP e do BE? Não posso crer que os futuros deputados do PDR se esqueçam então do combate à corrupção, matérias em que acredito terão a seu lado o voto do PCP e do BE. Também não posso crer que se esqueçam das PPPs ruinosas, das Swaps e que se abstenham em outros assuntos tão importantes, como a defesa dos interesses portugueses dentro e fora da UE, em alterações às leis laborais, ao Serviço Nacional de Saúde, à Segurança Social, à Justiça, à Educação, por exemplo.
Temos sido governados há 40 anos por gente que também fala muito bem e que até prometem fazer alguma coisa pelos portugueses, mas logo se esquecem quando chegam ao poder. Depois justificam-se dizendo que o país estava pior do que julgavam e que não há condições para cumprir as promessas, como se tivessem acabado de chegar de um planeta diferente. Espero que com Marinho Pinto não aconteça o mesmo, mas cá estaremos para avaliar depois...
Muitos "socialistas" estarão agora hilariantes com a eleição de António Costa e o PS deverá ganhar as próximas eleições porque o líder escolhido tem na realidade mais condições de fazer frente ao PSD para as conseguir ganhar e com uma margem maior. Para que isso aconteça, deverá fazer promessas e mais promessas que sabe à partida não irá cumprir, característica mais difícil de assumir por António José Seguro.
No final, ainda que ganhe as eleições tudo ficará na mesma, como é evidente, pois ambos os partidos estão comprometidos com a situação caótica a que este país chegou: muita corrupção; elaboração de leis que dificultam e impedem a criminalização da corrupção; muito domínio da comunicação social; e a alteração da lei eleitoral por forma a assegurar maiorias absolutas com realidades nas urnas mais adversas (alteração da lei eleitoral).
Como estes partidos não são já capazes de se mudar a eles próprios nem o povo é capaz de sair do círculo vicioso em que anda há 40 anos: tudo continuará na mesma, seja com 60, 70 ou mais por cento de abstenção, o que não importa porque nunca afetou nem afeta as eleições futuras. A "alternância" irá continuar; ou deverei chamar-lhe "rotativismo", como era conhecido no séc. XIX, em que o poder era exercido alternadamente pelos dois grandes partidos políticos da época: o do centro-direita e o centro-esquerda. Na maior parte do período entre o Partido Regenerador e o Partido Progressista ou o Partido Histórico.
Entretanto os atuais partidos irão fazer oposição e no final do mandato tudo volta ao princípio. Existe apenas uma dúvida que é a de saber se o PS conseguirá encontrar uma "moleta", caso necessite dela, porque de contrário terá mesmo que procurar a solução de recurso PS+PSD.
Portugal nunca deveria ter aderido ao euro e há quem na altura da adesão o tenha defendido. A adesão do país a uma moeda cujo controlo foge ao governo português seria possível, há países que não têm moeda própria e dão-se bem com isso, mas exige uma boa gestão das despesas do país e, sobretudo, muita honestidade da parte dos governantes e o controlo apertado sobre as entidades bancárias sobretudo, dos fluxos de dinheiro que entram e saem do país, principalmente quando saem: saber porquê e para quê. O Estado manda que os bancos controlem pequenos levantamentos dos aforradores (10 ou 15 mil euros) mas o desleixo é completo quando se trata de milhões.
Mas que fazer agora? aonde ir buscar o dinheiro para pagar as dívidas? Pois quando não há dinheiro vai-se buscá-lo em primeiro lugar a quem o levou ilegitimamente para fora do país, normalmente para paraísos fiscais, caso isso não seja possível então TODOS terão pagar (se puderem): capitalistas, senhorios, patrões, governantes, assalariados, reformados, inativos ricos, empresas, etc. É por isso que se o país tivesse uma moeda própria tudo era mais fácil e justo: desvalorizava-se a moeda e eram todos automaticamente atingidos de uma só vez e pronto! Mas porque é que em Portugal se escolhe uma parte da população, que nem teve culpa das muitas falcatruas que se fizeram ao longo de 40 anos, para pagar a parte de leão dos sacrifícios? É por isso que o Tribunal Constitucional - e muito bem - faz aplicar a C onstituição que, felizmente, exige que não haja discriminação e salvaguarda a igualdade de tratamento a todos os portugueses.
As promessas dos partidos PS/PSD/CDS que nos governam desde o 25 de abril de 1974 são sempre esquecidas logo que estes ganham as eleições, pois os governos saídos das eleições, com elementos dos partidos vencedores, acabam por fazer o contrário do que nos foi prometido antes do ato eleitoral. Desculpam-se sempre com a situação em que encontraram o país, como se tivessem vindo de um outro planeta e desconhecessem a realidade. E já lá vão 40 anos de embustes.
A nossa Constituição deveria agir automaticamente e considerar o escurtínio nulo por fraude eleitoral dos partidos vencedores, caso apoiassem legislação contrária às suas promessas eleitorais. Novas eleições seriam então marcadas de imediato. As recorrentes burlas eleitorais desacreditam os partidos, os deputados, a democracia e são em grande parte as responsáveis pela abstenção que já ultrapassa os 50%. As burlas acabariam após algumas anulações de atos eleitorais.
Mas alguém acredita que um artigo para moralizar as campanhas eleitorais seja introduzido na nossa Constituição? os partidos que exigem fidelidade partidária dos seus deputados, obrigando-os a ir contra as expectativas de quem neles votou e até contra a sua própria consciência? Não! infelizmente continuaremos a ser enganados sucessiva e impunemente.
A fraude eleitoral está já enraizada na nossa democracia e os partidos para atingirem o poder e aí permanecerem utilizam-na sem qualquer pudor e respeito pelo eleitorado que neles votou. Por isso, os eleitores têm que estar sempre alerta para as falsas promessas que sempre surgem antes dos atos eleitorais; de contrário continuarão a ser enganados. Também não devem apostar em maiorias absolutas que dão "carta branca" e poder absoluto ao vencedor.
É necessário votar, mas a democracia só tem a ganhar com a dispersão do voto porque os governos mais fracos sentem necessidade de cumprir as regras e valorizar o bem comum, principalmente quando há partidos com projetos de governação diferentes que ficaram à beira de vencer as eleições. A corrupção tem mais dificuldade em influenciar estes governos que poderão perder a seguir. É que depois alguns dos seus membros poderão ter que responder em Tribunal por decisões ilícitas que tenham tomado. O crime, a prisão, e a cativação de património poderá não ser de excluir.
Universo de potenciais eleitores: 9.656.797 | (100,00%) |
Votos em Cavaco e Silva: 2.231.603 | (22,98%) |
Votos nos restantes candidatos: 1.982.829 | (20,42%) |
Votos em branco: 191.284 | (1,97%) |
Votos nulos: 86.581 | (0,89%) |
Abstenção: 5.164.500 | (53,19%) |
É natural ouvir críticas da oposição relativamente aos governos que vão passando pelo poder: muitas serão legítimas, mas outras poderão ser pura demagogia eleitoral. É mais instrutivo ouvir as acusações de quem vem de dentro das máquinas diabólicas do poder, merecem maior crédito, porque partem de quem esteve no interior, nos meandros das decisões políticas dos partidos no poder que levaram o país ao estado atual.
As acusações proferidas pelo Prof. Paulo Morais (PSD), pelo Prof. Medina Carreira (PS) ou até pelo Prof. Bagão Félix (CDS/PP e PSD), todos eles ligados aos partidos do "arco do poder", com responsabilidades na situação calamitosa a que este pobre país chegou e isso demonstra claramente a forma de como temos sido mal governados (desgovernados) durante tantas décadas. Não me interessa o motivo da desavença destes políticos e se ainda estão ligados a qualquer dos partidos que indiquei e a que pertenceram. Declaram-se, todos eles, desiludidos com o rumo que tomaram aqueles partidos e também pela corrupção que neles cresceu ao longo dos anos no poder. Mas o importante é que todos eles conhecem muito bem o interior daqueles partidos e isso não é do conhecimento da maioria dos militantes e muito menos dos votantes. Assim, as suas declarações comprovam o ditado popular que diz: "ZANGAM-SE AS COMADRES, SABEM-SE AS VERDADES".
Para quem tem problemas de consciência acerca do endividamento de Portugal, aconselho-vos a verem este pequeno vídeo do Professor Paulo Morais, docente do Ensino Superior na área da Matemática, Diretor do Instituto de Estudos Eleitorais da Universidade Lusófona do Porto e ex vice-presidente da Câmara Municipal do Porto de 2002 a 2005.
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