Sábado, 24 de Janeiro de 2015

As eleições na Grécia são amanhã dia 25 de janeiro de 2015.

E se o Syriza ganhar as eleições na Grécia? que implicações terá na UE? À última hora o BCE procurou acalmar a UE e indiretamente os gregos, anunciando planos de solidariedade económica entre os vários Estados, que não são suficientes para dar esperança nem a gregos nem a ninguém, de que isso vai trazer um futuro diferente; apenas se dirige a Estados que cumpram a austeridade e a bancos que até esbanjaram despudoradamente muito dinheiro em investimentos de alto risco e que não sucumbiram completamente apenas porque foram intervencionados perante a sua ruína eminente. Mesmo assim, há ainda muitos casos por resolver, como no caso português da falência do BES, evitada pela divisão entre "Banco Bom" e "Banco Mau", uma solução obviamente ilegal tomada para evitar a contaminação a outros bancos, mas a "batata quente" ficará na mão do Estado Português quando o "Banco Bom" for vendido.

Noutros países houve soluções também inovadoras e nada abonatórias para a fiscalização bancária, como em Chipe e na Irlanda, onde muitos depositantes e investidores perderam muito dinheiro.

A eventual saída da Grécia do Euro vai provar que as receitas aplicadas de austeridade desenfreada não são solução para nada. E que acontecerá se BCE e FMI se recusarem a negociar a dívida com o novo governo? não haverá mais financiamento, mas a dívida também não poderá ser paga!

Há mudanças a fazer para corrigir os efeitos da infeliz globalização selvagem; do liberalismo sem ética nem regras; da não limitação da circulação de grandes volumes de capital para zonas livres de impostos, acampanhada por uma conivente desregulamentação bancária; da desindustrialização (e não só) do ocidente, transferindo a capacidade produtiva para os países do 3.º mundo; da aceitação em massa de imigrantes de qualquer parte do mundo para fazer concorrência aos assalariados da UE, fazendo aumentar o desemprego, reduzindo salários e direitos sociais; mudança que se reflete depois na descaracterização da UE por ter incluído populações com culturas muito diversas sem que fossem cultural e socialmente integradas, provocando um mal-estar social geral que leva a conflitos e até ao terrorismo interno; menor poder de aquisição e o definhar das economias ocidentais; outros desvarios inventados pelo capitalismo após a queda do muro de Berlim que só servem as grandes companhias e para os países do extremo oriente, para onde se deslocou já o centro económico mundial sem que isso se reflita sequer numa maior justiça social nesses locais.

Mas agora já é tarde, muito tarde para recuar em muitos aspetos, será que alguma coisa poderá ser ainda corrigida para que não se dê o total desmoronamento da UE e a Europa entre num caos previsível?

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 04:27
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Quinta-feira, 5 de Junho de 2014

Última tranche suspensa até alternativas aos cortes do TC

Agora é natural que o IVA vá subir, mas será sempre mais justo distribuir o esforço por todos do que dirigi-lo apenas a um grupo específico, além de ser inconstitucional, como é óbvio. Depois disso é bom que este Governo se vá embora para poder dar lugar a um outro com mais capacidade para renegociar prazos e juros, porque isso terá que ser feito e já se viu que este governo se ajoelha perante a Sra Merkel e a troika. O acordo, tal como foi feito é insustentável porque não haverá sequer o crescimento económico previsto em resultado até da "globalização selvagem" que está a atingir países muito mais fortes do que Portugal. Porque não poderemos beneficiar de perdões e ajudas especiais como foram concedidas à Grécia? Como dizia Vasco Santana "ou pagam todos ou há moralidade".

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 20:03
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Quarta-feira, 16 de Janeiro de 2013

Iniciativa privada faz falta

Porque abandonou o país os projetos do novo aeroporto e de uma ou várias linhas de TGV que nos ligariam a Espanha? porque parou a construção do túnel do Marão? Porque pararam a construção da Autoestrada Sines-Beja?

 

Poderão dizer que o país não tem dinheiro! Mas a verdadeira iniciativa privada não funciona com dádivas do Estado. Mas o que se estava a cozinhar era a criação de mais umas PPPs, em que o país providencia o capital necessário para as obras, assume os riscos e até garante os  lucros. As empresas que fazem as parcerias com o Estado (PPPs) para a construção (com capitais públicos) das obras e depois dão manutenção à infra-estrutura que exploram e, se não atingirem os lucros previstos pelos estudos (ainda que falhados), serão sempre compensadas pelo orçamento do estado com a diferença não cobrada e desta forma salvaguardam os lucros em qualquer circunstância. Prejudicados são apenas os contribuintes através dos seus impostos, porque são eles quem financiam o OE. É o que sempre tem acontecido: Uma completa preversão do que é uma verdadeira iniciativa privada, em que a Empresa nem corre riscos de prejuízo. 

 

Todas as obras públicas suspensas deveriam ser retomadas, mas num verdadeiro espírito empresarial privado: Punham-se a concurso com custos exclusivos para as Empresas interessadas que depois iriam beneficiar do rendimento das infra-estruturas. As Empresas vencedoras, fariam os estudos prévios, angariavam o financiamento, construiam as obras e, depois, exploravam-nas e aplicavam as tarifas que julgassem mais justas e compensadoras, desde que não tivessem qualquer benefício de monopólio, o que mina a livre concorrência. É claro que se as tarifas fossem muito altas, os utentes poderiam continuar a usar os “Expressos” em vez de aderirem ao TGV; os passageiros dos aviões poderiam passar escolher o Porto, Faro, Sevilha ou até Madrid e desprezar o novo aeroporto de Lisboa se as suas taxas fossem demasiado altas. Se as portagens forem demasiado caras, os automobilistas podem desprezar a autoestrada e continuar a usar as velhinhas vias. Vejam o que acontece com as SCUTs; ou frequentemente com os automobilistas junto à fronteira que vão a Espanha abastecer-se porque lhes sai mais barato. É normal, mais a mais num país que também é da UEMas não é a livre concorrência de mercado precisamente uma das virtudes do sistema capitalista?

 

Bom! E se não houvesse interessados? Não seria uma catástrofe, seria um indicativo de que a obra não seria rentável e que poderia até ser ruinosa. Se a lógica de mercado tivesse estado presente muitas das obras faraónicas nunca teriam sido feitas. Os estudos prévios corretos por certo que iriam detetar a situação.  


Os portugueses estão a pagar dos seus impostos para financiar, garantir os lucros e pagar ordenados escandalosos a administradosres e outros quejanos de topo das empresas beneficiadas com os contratos abusivos que foram feitos. Muitas obras públicas nunca deveriam ter sido feitas seguindo o modelo atual.


Precisamos de uma verdadeira iniciativa privada. 

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 20:25
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Terça-feira, 6 de Novembro de 2012

Baixa natalidade - Portugal tem menos nascimentos

A baixa natalidade não é uma característica nova dos países desenvolvidos, com melhor nível social, acontece na Alemanha, em França, no Luxemburgo, EUA, Austrália, etc....; ao invés nos países subdesenvolvidos, a natalidade é muito alta e também a pobreza.

Nos países desenvolvidos, os cidadãos desejam ter filhos mas querem sobretudo proporcionar-lhes um nível de vida igual ou superior ao seu, o que é cada vez mais difícil: 1.º) o emprego chega cada vez mais tarde e é precário, por isso as famílias constituem-se mais tarde e têm menos filhos e mais tarde também por isso; 2.º) as despesas com as crianças são muito grandes e durante muitos anos, entretanto há que criá-las, prestar-lhes cuidados de saúde, lazer, fornecer-lhes a formação para poderem sobreviver nesta “selva” competitiva. Os pais responsáveis pensam na preparação que poderão dar aos seus filhos e a escolaridade básica não chega para poderem aspirar a um nível de vida aceitável.

 

A crise retirou os incentivos à natalidade que incentivavam os mais pobres a terem mais filhos, o que por vezes poderia ser até perverso pois o seu rendimento era o da segurança social e em grande parte em virtude de terem mais filhos.

 

Quanto ao número de população disponível para o trabalho, não depende apenas da natalidade, como já referi, pois pode ser facilmente compensada com a aceitação de imigrantes. Portugal já passou por uma fase dessas e, caso seja preciso, poderá voltar a tê-la. A reposição da força de trabalho com recurso aos nossos filhos, embora louvável, implica um investimento de vinte e tantos anos: entretanto, tanto os pais como o país terão que prestar-lhes cuidados vários: alimentação, vestuário, lazer, saúde, educação e formação profissional. Quanto aos trabalhadores imigrantes, esses custos foram suportados pelos seus pais e pelos países de origem, por isso, vêm prontos para trabalhar e, só por isso, ficam mais económicos ao país de acolhimento e até dão lucro à segurança social, pois muitos deles acabam por sair antes de poderem beneficiar dos seus descontos.

 

Portugal já tem uma alta taxa de desemprego, por isso, neste momento, não faz sentido desejar mais crianças, porque seriam mais gente com um futuro negro à sua frente. A “fraca natalidade” serve para justificar o aumento da idade das reformas apenas.

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 19:30
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Terça-feira, 15 de Maio de 2012

Portugal, Grécia: a agonia da morte lenta ou bancarrota já?

Mais de 40% dos Gregos já afirmam que preferem a bancarrota. Uma coisa é certa não está correto sufocar sucessivamente a população sem fim à vista, anunciando-se já como perdidas as próximas gerações. 

 

É claro que a Grécia pode sair do euro, tal como Portugal. Aliás, Portugal, a Grécia e outras pequenas economias nada contam para da paridade do EURO, por isso, embora essa moeda circule nestes países, na realidade, eles nunca pertenceram ao euro. Terão, porventura, sido enganados durante vários anos (tal como o resto do mundo que acreditou existir realmente um bloco económico chamado EURO), mas isso era pura fantasia e o resultado foram as taxas juro extremamente baixas que foram concedidas inicialmente e de que “benificiaram” países a que posso chamar de dessincronizados. Não culpo a segurança social, até porque os grandes desmandos foram noutras áreas: obras faraónicas com contratos altamente ruinosos para o Estado, alta corrupção sem responsáveis, "salários" pagos por empresas públicas aos seus gestores de fazer inveja aos países mais ricos a que se seguem reformas multi-milionárias sem descontos em conformidade (e ao fim de meia dúzia de anos), etc.

 

O tal bloco, se existisse, teria criado inavitavelmente os “eurobonds” (títulos de dívida europeia), o que implicaria outras medidas de regulação para prevenir abusos despesistas e até a extrema corrupção dos débeis países da UE que os países mais ricos também conheciam. Mas o resultado está aí e agora vai ser muito difícil, senão impossível corrigir o erro.

 

Muita gente nem sabe que há países sem moeda própria e que usam outra nas suas trocas comerciais internas  e externas, como, por exemplo, o dólar americano. Por isso, na realidade, a Grécia (ou Portugal) poderiam muito bem ser expulsos do euro continuar a usá-lo se quizessem, mas a situação é tão grave que nem isso é conveniente: a correção monetária através da desvalorização de uma moeda afeta toda a gente: o valor dos imóveis, os salários, as pensões, o lucro das empresas, os arrendatários, os rendeiros, e até reduz o valor das dívidas, desde que sejam convertidas para a nova moeda logo após a sua criação (tal como acontecerá aos aforradores). Haverá casos de resistência, mòrmente quanto aos credores externos. Para os resolver é fundamental a existência de um Governo forte e que defenda o interesse nacional, até porque o país também foi vítima da armadilha em que cairam os credores e os países devedores, explusos do euro. Todos acreditaram na nova moeda que afinal não correspondeu às espectativas.

 

A bancarrota será inevitável, mas será preferível para já à anunciada morte lenta durante esta e as próximas gerações. Termino com a frase do nosso Primeiro Ministro: “Não sejamos piegas!”. Mas a mudança exigem outros governantes e outras opções.


Quanto às grandes fortunas em dinheiro, há muito que estão fora deste país (e creio que da Grécia também), portanto aí também já não há nada a perder.

 

O que falta? a consciencialização popular e que deverá acontecer à medida que forem sendo afetados, basta olhar para a Grécia: Que terá acontecido para a população mudar massivamente a sua orienteção de voto que durou décadas?

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 10:12
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Sexta-feira, 6 de Janeiro de 2012

Portugal recebeu 5,5 milhões por dia em fundos comunitários em 2011

O título do "post" é notícia de hoje e por isso vamos aprender a fazer constas de aritmética: é só multiplicar e dividir; é claro que mete algumas vírgulas pelo meio e até a conversão de milhões em milhares, mas é muito simples até para quem tenha feito o 9º ano com dificuldade:

 

Valor total de fundos recebidos em 2011:  5,5 milhões de euros por dia;

Número de dias do ano comum: 365 dias;

Número de habitantes de portugal: cerca de 10 milhões.

 

5,5 milhões de euros a multiplicar por 365 dias dá cerca de 2.000  milhões de euros por ano, que a dividir por cerca de 10 milhões de habitantes dá 200 euros a cada um. É obra, se considerarmos outras verbas recebidas a título empréstimo este ano e nos anteriores, vindas da UE e do FMI. Onde meteram tanto dinheiro? Bom, atualmente é para pagar os juros dos empréstimos anteriores, que terão sido desviados para encher alguma "mala" ou várias "malas"? Estamos tramados! 

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 15:05
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Segunda-feira, 17 de Outubro de 2011

Só os funcionários públicos e das empresas públicas vão descontar em 2012 e 2013 os seus subsídios de Férias e de Natal

Continuo sem entender porque só os funcionários públicos e das empresas públicas (para além dos reformados e pensionistas) vão descontar dos seus subsídios de férias e de Natal para ajudar a reduzir défice. Então se a medida estendesse a todos os trabalhadores não seria menos doloroso para os primeiros? A justificação do governo parece sem nexo: diz o nosso Primeiro Ministro que se o desconto fosse feito nos privados, então reverteria para o patrão. Porquê? isso só aconteceria se o governo quizésse. Então não poderia facilmente fazer uma lei que obrigásse a entidade patronal a depositar o montante retido nos cofres da SS ou das Finanças? Outra justificação é de que na FP a média dos ordenados é superior à dos privados (?). É natural que o salário dos professores, médicos, enfermeiros, polícias e demais técnicos do estado sejam superiores aos dos funcionários das empresas privadas, onde a sua maioria têm apenas a escolaridade básica, desempenham funções menos qualificadas e ganham frequentemente o salário mínimo nacional (esses ficariam isentos do sacrifício), mas nalgumas empresas privadas há funcionários altamente qualificados e esses ganham frequentemente mais do que os seus homólogos na função pública, por isso, muitos FPs. mais qualificados, que encontram emprego facilmente no privado, têm saído para trabalhar em empresas privadas, apesar das altas penalizações introduzidas para a sua aposentação antes de idade legal.

Se o governo sabe que todas as funções não qualificadas (porteiros, limpezas, jardinagens, cozinha...) têm vindo a ser contratadas a empresas privadas, que, obviamente, admitem esses trabalhadores para as executar e pagam-lhes muito pouco também. Só vejo uma explicação para a declaração governamental: querem pôr-nos a discutir este problema para não irmos mais longe nas nossas dúvidas, como questionarmo-nos sobre qual o motivo da retirada de direitos socias para os quais, muitas vezes, os trabalhadores até descontaram diretamente dos seus salários? porque aumentam a jornada de trabalho diária? porque retiram feriados e dias de férias? Porque não tocam em nenhuma das regalias de outros grupos? porque não eliminam a possibilidade de acumular três, quatro e mais pensões de milhares de euros cada uma? como foi que esses indivíduos conseguiram obter essas pensões? quanto descontaram para elas? durante quanto tempo? São direitos adquridos dirá o governo (?). Mas só esse grupo os têm agora? a Constituição Portuguesa já foi eliminada? ou já não garante direitos adquiridos para os trabalhadores?

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 11:00
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Quarta-feira, 12 de Outubro de 2011

Porque vai o governo fundir diversas empresas na área dos transportes públicos?

Este governo do PSD e de Jorge Coelho está decidido a juntar diversas empresas públicas na área dos transportes públicos: a CARRIS ao Metro de Lisboa, que têm o exclusivo do transporte de passageiros dentro da cidade de Lisboa – excepção: Táxis; a Soflusa à Transtejo, as únicas que atravessam o rio em Lisboa; os STCP e Metro do Porto, que têm o exclusivo do transporte de passageiros dentro da cidade do Porto – excepção: Táxis.

A medida parece ao público trazer benefícios em termos de poupanças na gestão dessas empresas, mas é uma medida envenenada e não lhe trará quaisquer benefícios apesar de isso prometer maiores lucros para as novas empresas. Para além do PSD e do PS nunca se terem sentido incomodados com o facto das administrações das empresas públicas beneficiarem de salários escandalosos e superiores aos das empresas suas congéneres nos países desenvolvidos, havendo casos em que são até superiores ao salário do presidente português ou dos EUA; de terem outras benesses incompreensíveis, como cartões de crédito para as suas despesas pessoais, tornando os “salários” em aforro automático, etc, etc, etc;

Mas que prejuízos acarretam para os utentes estas alterações?

1.º) O monopólios nos transportes propicia o aumento dos preços desses serviços essenciais. Numa economia de mercado a concorrência é sempre saudável e beneficia o cliente, neste caso o utente. Assim o governo deveria promover a concorrência e evitar a organização cartéis que combinem entre si os preços a praticar;

2.º) A concertação dos percursos das empresas até agora ainda concorrentes irá reduzir a oferta de transporte e eliminar até algumas carreiras;

A única vantagem que parece advir da fusão será para efeitos da privatização das empresas, pois deverão ser mais apetecíveis por terem o exclusivo do transporte público dentro das zonas delimitadas, dado que a pequena concorrência que teriam foi antecipadamente eliminada. Alguns trabalhadores poderão (ou não) ser também dispensados, mas isso logo se verá. Quanto à escolha dos novos administradores e das suas regalias, será um assunto para uma assembleia de acionistas: quem tiver a maioria decidirá, pois já nem existem as “golden shares” que davam ao governo a decisão final sobre a política da empresa e que dava também cobertura aos desmandos de regalias das administrações.

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 10:11
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Terça-feira, 11 de Outubro de 2011

Governo não descarta hipótese de cortar dias de férias

Confirma-se aquilo que eu digo já há anos: o trabalhador ocidental terá que se tornar "chinês" por causa da globalização selvagem. Assim, terá que prescindir de quaisquer direitos sociais, apoios na infância, na doença, no ensino, na velhice; trabalhar 12 horas por dia, 7 dias por semana, sem férias (muito menos subsídio para isso), quase sem feriados (aos poucos dias que tiver chamará de férias), e quando o trabalhador não puder aguentar mais abandona simplesmente o trabalho sem qualquer apoio (reforma) e aguarda serenamente que a morte chegue. Podem pesquisar nos blogues pelo meu "nick name" e "globalização selvagem", Só assim poderá o ocidente competir com os países orientais, onde o custo da mão de obra é verdadeiramente desprezável.

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 12:02
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Quarta-feira, 27 de Julho de 2011

Os beneficiários da ADSE, esses previlegiados.

Muita gente fala nos beneficios da ADSE mas não referem a existência de outros sistemas de saúde muito mais generosos, até dentro do Estado,  como sejam os das forças militares (ADME), das forças militarizadas e de outros serviços públicos. As Empresas Públicas e muitas Privadas têm também sistemas de saúde próprios bem mais generosos que a ADSE, como por exemplo: os Bancos, as Companhias de Seguros, a Carris, a CP, a TAP, Autoeuropa e algumas empresas que lhe fornecem serviços, etc.... As boas Empresas concedem aos seus funcionários "Seguros de Saúde" bem mais generosos que a ADSE e que incluem até os cônjuges mesmo que descontem para a Segurança Social, o que não acontece na ADSE em que apenas as chamadas "domésticas da sua própria cazinha" têm direito à ADSE (se o cônjuge tiver descontos para a SS já não tem direito. Porque se esquecem sistemáticamente dos outros sistemas de saúde e falam sempre na ADSE? Sabem que os funcionários públicos descontam dos seus vencimentos diretamente para o sistema? e que até houve um desconto suplementar para a ADSE no Subsídio de férias de 2011? É verdade que os FPs têm alguma facilidade de acesso a um médico particular porque podem ir a um que tenha convenção com a ADSE e pagam uma pequena taxa, porém, como a ADSE se atraza sistemáticamente nos pagamentos a esmagadora maioria dos médicos e clínicas privadas já não fazem acordos com a ADSE (ou deixaram de ter). Algumas clínicas até têm acordos para exames de diagnóstico com o SNS mas não com a ADSE, pelo que os FPs não podem ir a essas clínicas a não ser que paguem integralmente o serviço. As tabelas de compaticipação nos exames de diagnóstico são por vezes mais caros para os beneficiários da ADSE do que para os beneficiários do SNS, que engloba a população em geral, quer descontem ou não para a SS, mas exclui os FPs (?), porque quando um FP é assistido no SNS a fatura é enviada à ADSE para pagamento do serviço. Mas, os funcionários públicos também ajudam a suportar os SNS com os seus impostos diretos e indiretos (e não têm benefícios fiscais pelo facto de serem FPs) e por isso não se compreende a lógica.  

Os funcionários públicos têm sido os "bombos da festa", foram os primeiros a pagar, com cortes nos salários, principalmente nos mais elevados, para ajudar o país a levantar-se da crise e continuarão a fazê-lo agora com os restantes portugueses.

 

Quanto a salários: todos saberão que os mais baixos estão ao nível do ordenado mínimo nacional e que os mais altos ficam muito abaixo dos mais altos praticados nas Empresas privadas, por isso muitos FPs, mòrmente os mais qualificados, estão a sair com pesadas penalizações. Eis porque começa a existir já uma enorme carência de médicos no SNS. Os FPs não são pessoas cinzentas e inúteis, mas são as que prestam diversos serviços à comunidade, como por exemplo: médicos, professores, enfermeiros, e outros com estatutos especiais, como: juízes, militares, polícias, GNR, Serviços de Fronteiras. As mais baixas categorias foram banidas da FP  já há bastante tempo. Assim, serviços de limpeza, cozinha, porteiros (agora chamados "Seguranças") e outros foram contratados a empresas privadas, ainda que acabe por sair mais caro ao orçamento do Estado. A esmagadora maioria dos atuais FPs são pessoas altamente qualificadas, e é por isso que a média de salários é superior ao das Empresas privadas. 

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 09:55
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