Este governo do PSD e de Jorge Coelho está decidido a juntar diversas empresas públicas na área dos transportes públicos: a CARRIS ao Metro de Lisboa, que têm o exclusivo do transporte de passageiros dentro da cidade de Lisboa – excepção: Táxis; a Soflusa à Transtejo, as únicas que atravessam o rio em Lisboa; os STCP e Metro do Porto, que têm o exclusivo do transporte de passageiros dentro da cidade do Porto – excepção: Táxis.
A medida parece ao público trazer benefícios em termos de poupanças na gestão dessas empresas, mas é uma medida envenenada e não lhe trará quaisquer benefícios apesar de isso prometer maiores lucros para as novas empresas. Para além do PSD e do PS nunca se terem sentido incomodados com o facto das administrações das empresas públicas beneficiarem de salários escandalosos e superiores aos das empresas suas congéneres nos países desenvolvidos, havendo casos em que são até superiores ao salário do presidente português ou dos EUA; de terem outras benesses incompreensíveis, como cartões de crédito para as suas despesas pessoais, tornando os “salários” em aforro automático, etc, etc, etc;
Mas que prejuízos acarretam para os utentes estas alterações?
1.º) O monopólios nos transportes propicia o aumento dos preços desses serviços essenciais. Numa economia de mercado a concorrência é sempre saudável e beneficia o cliente, neste caso o utente. Assim o governo deveria promover a concorrência e evitar a organização cartéis que combinem entre si os preços a praticar;
2.º) A concertação dos percursos das empresas até agora ainda concorrentes irá reduzir a oferta de transporte e eliminar até algumas carreiras;
A única vantagem que parece advir da fusão será para efeitos da privatização das empresas, pois deverão ser mais apetecíveis por terem o exclusivo do transporte público dentro das zonas delimitadas, dado que a pequena concorrência que teriam foi antecipadamente eliminada. Alguns trabalhadores poderão (ou não) ser também dispensados, mas isso logo se verá. Quanto à escolha dos novos administradores e das suas regalias, será um assunto para uma assembleia de acionistas: quem tiver a maioria decidirá, pois já nem existem as “golden shares” que davam ao governo a decisão final sobre a política da empresa e que dava também cobertura aos desmandos de regalias das administrações.
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