Terça-feira, 31 de Março de 2015

O Desemprego Jovem volta a aumentar em Portugal - Março de 2015

De acordo com as estatísticas oficiais mais recentes, o desemprego voltou a aumentar em Portugal (link), apesar de muita gente estar a atingir a idade da reforma, o maior drama é que nem sequer os lugares que estão ficando livres são disponibilizados para os mais jovens, onde o desemprego é maior, atingindo já oficialmente cerca dos 35% para este grupo de portugueses. Parece que as entidades patronais estão desejando ver-se livres dos empregados que possuem e por isso não substituem os que vão saindo.

A opinião de que os portugueses deveriam ter mais filhos cai assim por terra:

1.º) Porque os portugueses mais jovens, em idade de ter filhos não podem constituir família porque nem sequer têm acesso a um emprego e quando têm o salário é insuficiente para se tornarem autónomos dos pais; ou acabam por emigrar (link). Já terão emigrado 300 a 400 mil jovens que vão procriar lá fora, como é evidente;

2.º) Porque não se vêem melhores perspetivas para as gerações futuras, só irresponsáveis desejariam ter mais do que 1 ou 2 filhos no máximo e apenas devido ao instinto de procriação. Essas crianças irão apenas engrossar um dia, quando crescerem, o número de emigrantes ou de desempregados.

O governo, ele próprio, cria o desemprego quando:  a) aumentou e continua a aumentar a idade das reformas; b) fomenta o aumento do número de horas de trabalho semanal; c) reduz o número de feriados e de dias de férias; d) reduz o número de empregos nas áreas em que é patrão, i.e. na função pública e nas empresas públicas; e nem substitui os funcionários que se vão aposentando. A renovação de uma simples carta de condução chega a demorar 1 ano e mais; e) nas empresas públicas é notório que a redução de trabalhadores pretende tornar as empresas mais atrativas para a sua privatização; f) obriga a que os municípios sigam a mesma lógica; g) não cria leis que obriguem as entidades patronais a admitir os empregados de que necessitam mas obriga a que os trabalhadores a cumpram horas extraordinárias contra a sua vontade, o que é até perigoso e vários casos, como na área dos transportes por exemplo. Obviamente que as horas extraordinárias só deveriam ser permitidas em casos pontuais e não como forma de suprir as necessidades correntes das empresas; h) reduz por lei o preço das horas extraordinárias dos trabalhadores e permite a criação de "bolsa de horas", incentivando também de outro modo o recurso das empresas a esta modalidade, porque o preço aí fica a custo zero. Os funcionários ficam obrigados a gastar os dias em crédito fora das férias que a família deixa de poder programar.

A taxa de desemprego oficial diverge da real e não se aproxima daquela porque o governo utiliza habilidades matemáticas para a reduzir. Por exemplo: quem não comparece nos Centros do Instituto de Emprego e Formação Profissional a atestar a sua condição de desempregado deixa de ser considerado como tal; o acesso aos Centros de Emprego é dificultado por falta de capacidade de resposta, acumulando-se enormes filas de utentes que aguardam a sua vez de serem atendidos levando a que muitos desistam e deixem de contar nas estatísticas. Muitos Centros da Segurança Social também já só atendem com marcação prévia por falta de pessoal; o governo cria cursos para quem quer trabalhar e quem entra neles ou os recusa deixa de ser considerado como desempregado; oferece trabalhos a tempo parcial e, do mesmo modo, quem os aceita ou recusa também sai da estatística de desempregados; os muitos portugueses que emigraram também já não constam nessas estatísticas, como é óbvio.

Por isso, se o desemprego real é muito superior ao oficial e mão me admiraria se fosse o dobro.

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 10:43
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Terça-feira, 20 de Dezembro de 2011

Sobre a notícia "Desemprego jovem custa dois mil milhões de euros por semana à Europa"

Aumentam a idade da reforma, o número de dias e de horas de trabalho e depois admiram-se de haver muito desemprego entre os jovens??? Não seria melhor reformar os mais velhos para permitir a entrada de gente nova nas Empresas? Além de tudo isto ainda nos “martelam os miolos” com o argumento PARVO de que temos fraca natalidade, que amanhã não haverá quem nos substitua nos nossos empregos e que será esse o motivo porque temos que trabalhar durante mais anos (?)

Qual é o problema da fraca natalidade? Querem que a novas gerações tenham ainda mais desempregados? É melhor que os políticos incompetentes e (ou) corruptos se calem todos em vez de andarem por aí a "botar postas de pescada".

 

Têm uma alternativa que é matar os velhos para não lhes pagar a pensão de reforma para a qual descontaram durante toda uma vida de trabalho. E já agora não se esqueçam de fazer o mesmo aos vossos colegas políticos que recebem muito mais e descontaram muito menos e durante menos anos.

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 14:37
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Segunda-feira, 31 de Outubro de 2011

Governo incentiva jovens desempregados a emigrar

Governo apela aos jovens desempregados para que emigrem: Esta é uma das notícias do sapo de hoje. Até que enfim que leio alguma coisa sensata, vinda do Governo. É verdade, os jovens que tenham essa possibilidade devem não exitar e emigrar, porque este país não tem nada para lhes oferecer. A declaração vai contra outras quem nos têm sido constantemente impingidas, que vão em sentido contrário e que dizem que em breve não haverá quem nos substitua nos nossos empregos porque temos fraca natalidade. Agora o Governo reconhece que não tem saídas profissionais para os jovens que já aí estão. Quanto às estatísticas do desemprego (12,5%), elas só não são maiores porque se utilizam expedientes contabilísticos; de contrário seria muito maiores. O problema do mundo não é a fraca natalidade mas o aumento explosivo da população nos países do terceiro mundo: em breve faltará comida e água para os habitantes do planeta.   

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 14:20
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Quarta-feira, 18 de Maio de 2011

Globalização

A "Globalização", tal como foi concebida, vai determinar a derrocada económica do ocidente que passará para segundo plano e será ultrapassado pelas as novas superpotências que a globalização ajudou a criar: a China, a Índia e outros países. O Ocidente caiu na armadilha da globalização que interessava às grandes Companhias que pretendiam aproveitar-se dos baixos custos de produção no oriente. Todos sabem que o custo da mão de obra é insignificante no valor dos bens aí produzidos, em virtude dos baixos salários e da inexistência de quaisquer obrigações sociais. Os países ocidentais perderam a aposta quando aceitaram a "globalização selvagem" sem exigirem aos países do oriente que prestassem às suas populações melhores condições sociais, como: regras laborais justas, melhores salários, menos horas e menos dias de trabalho, férias anuais pagas, assistência na infância, na saúde e na velhice. A única alternativa será a de nivelar os salários e as condições sociais no ocidente pelas do oriente e é a isso que estamos a assistir neste momento, enquanto algumas empresas não resistem à concorrência e fecham as portas para sempre, outras estão a deslocar-se para oriente para assegurar a sua própria sobrevivência, o que provocará o desemprego e o definhar da economia ocidental em favor do Oriente. Quanto aos trabalhadores, será que vão aceitar trabalhar a troco de um ou dois quilos de arroz por dia sem direito a descanso semanal, sem férias, sem reforma na velhice, etc...? Não! por isso o ocidente está já a iniciar um penoso caminhar em direcção ao caos: a indigência e o crime mais ou menos violentos irão crescer e atingir níveis inimagináveis apenas vistos em filmes de ficção que nos põem à beira do fim dos tempos como consta nos escritos bíblicos. Para icentivar a não deslocalização de empresas estão a ser-lhes dadas facilidades fiscais e de isenção de contribuições para a Segurança Social, a qual será cada vez mais paga apenas pelos assalariados e pelos pequenos comerciantes e industriais sem dimensão para se deslocalizarem. Tal não ser suficiente nem para evitar as deslocalizações nem para financiar a SS com necessidades acrescidas apesar das reduções das prestações aos necessitados. A democracia só é viável se existir uma classe média; sem ela como esperam os políticos manter-se no poder? Como vão convencer os trabalhadores escravizados a votar neles? Será com o apoio de criminosos e outros marginais? Será que vão conseguir enganar a maioria dos trabalhadores e convencê-los de que a miséria é bom pra eles?
Finalmente, quando tudo estabilizar o centro do mundo económico serão as novas economias do oriente e a época áurea do ocidente pertencerá ao passado.
O terceiro mundo será então aqui, e, em breve, as ruas encher-se-ão de grupos de salteadores desesperados, sobrevivendo à custa do saque. Com o declínio da classe média, haverá os ricos (alguns à custa do crime violento e/ou económico), que habitarão autênticas fortalezas protegidas por todo o tipo de protecções e que apenas sairão rodeados por guarda-costas dispostos a matar ou a morrer pelo seu “senhor”; e os pobres, uma enorme mole de gente desocupada de mendigos e de salteadores lutando pela sobrevivência a todo o custo e cuja protecção apenas poderá ser conseguida agrupando-se, pois as ruas serão dominadas pelos marginais, ficando as polícias confinadas aos seus espaços próprios e reservadas para reprimir as “explosões” sociais que possam surgir.
PS e PSD são os dois fiéis representantes em Portugal desta política. de "Globalização", por isso não podem enjeitar os resultados que estão a surgir. Os políticos desonestos, para justificarem o corte de regalias sociais, continuarão a lamentar a redução da "Natalidade", num discurso perveso que não relaciona o desemprego como futuro mais que provável das novas gerações, até porque a intervenção humana será cada vez menos necessária à produção, face às novas tecnologias. E não havendo uma melhor repartição da riqueza, não há a possibilidade de grande aumento em ocupações alternativas, em áreas de lazer, por exemplo.
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 16:14
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Quarta-feira, 7 de Julho de 2010

Subir a idade da reforma???

 Alguns países da UE estão realmente a aumentar a idade da reforma para os 65 anos mas nesses países a idade da reforma era em geral aos 60 anos. Em Portugal está nos 65 anos e ao nível da idade que está a ser adotada por esses países. Mas vendo o problema de outra ótica: Será que quem defende o aumento da idade das reformas não está a ser perverso? não estará a ser insensível para com o desemprego que assola o ocidente? que sentido faz aumentar a idade das reformas quando o desemprego é tão alto e não irá descer tão cedo? será para dificultar a vida dos jovens? para que os jovens tenham maiores dificuldades em entrar na vida ativa? Será preferível gastar dinheiro para que jovens frequentem cursos que de nada servem a não ser ocupá-los e retirá-los das listas de desempregados enquanto se mantêm os velhos a trabalhar, muitos deles já debilitados, alguns à beira da morte, porque até nesses casos a reforma é difícil de ser conseguida em Portugal?

Está tudo errado: os mais idosos, além de mais débeis físicamente estão também em geral técnicamente menos preparados para a competição global, porém,  são obrigados a manter-se na vida ativa para se sustentarem a si e aos seus filhos, jovens e saudáveis com 20/30 e mais anos que não conseguem emprego em lado nenhum. A lógica ditaria até o contrário: deveria facilitar-se a saída para a reforma dos mais velhos o que permitiria a entrada de alguns jovens nos poucos empregos disponíveis..... Pretendem que os velhos continuem a trabalhar (e a descontar) e que morram antes mesmo de beneficiar dos descontos feitos durante toda a vida para um merecido descanso no seu final. É isso! querem acabar com as reformas, mas por outro lado dão-se subsídios a gente que não quer trabalhar, que nunca trabalhou, nem descontou, nem contribuiu nunca para o bem comum. Alguns desses beneficiários andam por aí ganhando extras em vidas marginais e até no crime. Também vemos gente acumular reformas "chorudas" de dezenas de milhares de euros: são "magnatas" que também não contribuiram significativamente em relação ao que recebem até porque são relativamente jovens e não poderiam estar em vários locais ao mesmo tempo. Alguns recebem directamente das empresas a que estiveram ligados durante uns (poucos) anos, empresas que nos aumentam os seus serviços para que os lucros se mantenham e aumentem até.

 

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 10:00
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Sexta-feira, 2 de Julho de 2010

O desemprego continua a aumentar e é de 10,9% a taxa oficial

Toda a gente sabe que o desemprego real é bem maior que o oficial. Talvez o dobro! Desempregado é todo aquele que sendo maior de idade, não estuda, não é deficiente, não tem meios de rendimento que lhe permita viver sem necessidade de trabalhar o faz à custa de expedientes ou do trabalho dos outros de forma forçada ou deliberada. Porque as reformas antecipadas, mesmo por doença, são hoje praticamente impossíveis de atingir enquanto o trabalhador conseguir "mudar o de trás prá frente", por isso o caricato acontece: trabalham penosamente alguns velhos doentes que não conseguem a reforma enquanto muitos jovens desesperam por trabalho, atrasando o casamento e os projectos de vida. Só falta que se gere a revolta dos jovens contra os velhos que nunca mais morrem para libertar os poucos empregos disponíveis neste mundo em que o aumento do produtividade por via da automatização torna o trabalho humano cada vez mais prescindível. Como não há maior redistribuição da riqueza produzida só poderemos esperar mais pobreza. Notícia recente dizia que no último ano aumentou o número de milionários em Portugal.   

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 15:01
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Quarta-feira, 30 de Junho de 2010

Delinquência juvenil e escolar

A violência existe nas escolas porque falta a autoridade e o castigo que seria devido por mau comportamento e até delinquência. Não se pode castigar físicamente os alunos e na falta de outros castigos eficazes, principalmente nas idades mais jovens, quando se começa a moldar o seu comportamento dentro da sala de aula e fora dela, resta a impunidade que serve de incentivo para que cresçam os comportamentos anormais e a violência nas escolas e fora delas. Eu defendo os castigos físicos até aos 10/12 anos, aplicados por pais e professores nos primeiros anos de escola, quando se está a moldar o comportamento dos jovens para com os professores. A partir dessas idades não! são casos patológicos que devem ser encaminhados para "casas de correcção" para que aí sejam corrigidos os seus desvios de comportamento, de contrário serão casos perdidos. Nestes estabelecimentos deverão continuar a sua escolarização, mas terão que cumprir regras de socialização: levantar, deitar e tempos de lazer deverão ter horas definidas. Algumas regalias deverão ser obtidas como prémio de bom comportamento e disponibilidade para ajudar nas tarefas gerais. Mas todos os castigos físicos são por ora condenados pelas nações ocidentais, pela EU e pelo nosso país. Assim, as mudanças terão que ocorrer primeiro nas principais nações. Portugal, nisto, como noutras matérias seguirá atrás. Como os castigos físicos são inadmissíveis, que castigos aplicar aos alunos mal comportados que por vezes molestam colegas e boicotam as aulas e o trabalho dos professores? Aplicar uma multa? Quem a vai pagar? Os alunos? os pais? e se não tiverem meios para pagar? deverá obrigar-se os alunos a ficar de castigo numa sala de estudo? e quando aqueles aperceberem de que nada lhes acontece se recusarem o castigo? é isso mesmo que vão fazer, vão recusar o castigo. e depois? Expulsa-se o aluno da aula ou da escola? Além de excluirem o jovem do direito e obrigação de a frequentarem até aos 16/18 anos, apenas se transfere o problema para o exterior da sala de aula. Esses jovens irão dar azo à sua liberdade doentia noutro lugar. A maioria das crianças e jovens não são delinquentes e pode ser corrigida de qualquer desvio através de uma simples conversa, mas basta um "rebelde" para boicotar uma aula e para arrastar consigo outros mais pacatos que não levantariam qualquer problema. Os colegas mais humildes são as primeiras vítimas e a escola não tem hoje maneira de as proteger a não ser que as isolassem dos mais violentos, o que seria caricato. Mas não será injusto premiar os delinquentes com a liberdade enquanto se fecham os restantes alunos ainda que para a sua protecção? Mesmo assim ficam expostos quando entram e saem da escola. Isto lembra os “condomínios fechados” onde quem pode se protege da violência exterior sem ficar completamente imune porque tem que entrar e sair desses locais. Algo tem que mudar mais cedo ou mais tarde porque agora estamos, sem o saber, a criar pequenos jovens insociáveis que nunca se habituarão a cumprir regras: horários, ordens, normas, etc e que serão uns inúteis aos seus concidadãos e que viverão à custa dos seus pais enquanto puderem e depois à custa do crime mais ou menos violento. Os castigos físicos são condenáveis, mas, por vezes, são os únicos que têm algum efeito e as autoridades policiais sabem-no bem. Senão para que servem aqueles bastões compridos que os polícias usam nalgumas situações? e as outras armas que trazem? As crianças não são assim tão diferentes dos adultos e considero até um abuso de linguagem apelidar-se de "crianças" todos os jovens dos zero aos dezasseis (logo dezoito) anos, como se a inteligência e a capacidade de distinguir o bem do mal chegasse na noite em que completam aquela idade. O termo "criança" já não dá hoje qualquer indicação sobre o jovem em causa, pelo que se deduz apenas ser um "menor" pois coloca ao mesmo nível uma criança de 6 meses, um menino de 8 anos e um rapaz de 14 anos: são todos crianças e todos iguais (?). Um dia as ideias que agora dominam de não aplicar quaisquer castigos físicos em quaisquer circunstâncias terão que mudar: o que é hoje um conceito aceite e indiscutível nos países ocidentais será um dia posto em causa pelos futuros pedagogos. Houve no passado uma inversão nos castigos admissíveis nas escolas e isso deverá acontecer no futuro, porque os castigos físicos são necessários e inevitáveis. Os castigos físicos eram bem tolerados pelas anteriores gerações de pais que os deverão aceitar, compreender e apoiar até para a protecção dos seus filhos dos poucos jovens com procedimentos anormais. Existe uma excepção que são as escolas particulares que podem sempre excluir os alunos mal comportados ou violentos, que nesse caso serão absorvidos pelas escolas públicas que não os podem excluir. Na realidade a educação é dada fundamentalmente pelos pais (mas não só daí a necessidade da escola também intervir nessa matéria), mas há pais que também não a têm e por isso não a podem transmitir aos seus filhos.
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 11:44
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Sábado, 5 de Junho de 2010

No Ensino trabalha-se para a estatística

O 12.º ano vai ser em breve a escolaridade mínima obrigatória para todos os jovens portugueses. Todos eles terão que a conseguir sob pena de ficarem marginalizados e ninuém deseja aumentar o número de pessoas “empurradas” para a marginalidade que mais facilmente acabarão por cair na indigência e no crime. Assim, a alternativa será a de facilitar gradualmente a obtenção do 12º ano a todos os jovens, o que é até injusto para os bons alunos que não conseguem ver reconhecido o seu mérito. A passagem do 8.º ano directamente para o 10.º, com exames em duas disciplinas é mais um passo nesse sentido e para que os portugueses "subam" o seu nível de escolaridade. O 12º ano não signifique assim uma melhor preparação para o trabalho e para o seu progresso pessoal e do país. Mas há algumas vantagens: 1.ª) enquanto os jovens andam na escola não andam à busca de emprego nem figuram nas estatísticas de desempregados, o que é bom para essas estatísticas; 2.ª) aumenta-se o nível de escolaridade do país, o que também é bom para as estatísticas; 3.ª) são precisos mais professores no sistema de ensino português o que ajuda à redução do desemprego, o que também é melhor para as tais estatísticas de desemprego. Estamos assim sobretudo a trabalhar para as ESTATÍSTICAS, pois o facto de se exibir hoje um certificado de habilitações com o 9.º, 11.º ou 12.º anos já não dá qualquer indicação às entidades empregadoras sobre as reais aptidões dos candidatos aos empregos que têm para oferecer, assim têm que ser as entidades empregadoras a avaliar essas qualificações. Além disso, a escola pública já não é hoje, em muitos estabelecimentos de ensino público, o local mais aconselhável para que os jovens atinjam os necessários conhecimentos por forma a prosseguirem os seus estudos com sucesso nas universidades, mesmo que sejam jovens inteligentes e interessados, por isso muitos pais, já hoje, por vezes até com algumas dificuldades financeiras, procuram o ensino particular para os seus filhos. O problema é que o ambiente em algumas escolas públicas não é o melhor e essas escolas estão impossibilitadas de resolver os problemas que se lhes deparam e têm que aceitar todos os jovens, bons, maus, interessados, desinteressados, humildes, desordeiros, assidúos ou não. Porque todos jovens são obrigados a frequentar a escola enquanto menores, mesmo que por ela não revelem qualquer interesse, muitos deles andam lá apenas porque o sistema a isso os obriga ou para que os pais não percam o direito ao “Rendimento mínimo de inserção”. Alguns desses jovens utilizam a escola, os colegas e até os professores para se divertirem, gozando-os e boicotando as aulas. As escolas privadas, pelo contrário, livram-se facilmente desses alunos. Há que mudar, de contrário estamos a condenar o futuro dos portugueses a figurar “orgulhosamente” nas estatísticas como sendo dos com mais anos de escolaridade e mais nada.
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 19:58
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