Quarta-feira, 10 de Novembro de 2010

Há quem deseje a vinda de um ditador

Dadas as agruras da situação social e política há quem aspire já a vinda de um novo ditador, estilo "O Salvador da Nação", relembram Salazar com saudade e o seu regime. Salazer teve muitos defeitos mas confesso que teve algumas virtudes: pelo menos era um político honesto, que acreditava na sua doutrina e seguiu à risca o seu rumo - embora estivesse errado, pois estava parado no tempo e não compreendia que o mundo tinha mudado no pós guerra; Salazar não se serviu da política para criar património - embora muita gente o tenha feito à sua custa; fez uma ponte que atravessa o Tejo em Lisboa sem qualquer ajuda externa; deixou os cofres cheios de ouro; Portugal era mesmo um dos países com maiores reservas desse metal, daí a estabilidade da nossa moeda. Portugal ser um país rico e conseguiu suportar várias guerras em simultâneo; porém o povo português, mòrmente o que vivia no continente, vivia na miséria e muitos portugueses tiverem que emigrar (para as colónias e outros países) então para fugir à miséria para onde este povo parece regressar agora de novo, infelizmente. Contudo, cuidado! Salazar já morreu, não voltará e outro ditador que apareça poderá só ter defeitos. Têm-nos havido muito diferentes e para todos os gostos, como por exemplo: Salazar, Francisco Franco, Hiter, Staline, Fidel Castro, Mao Tsé-Tung, Pinochet, Bokassa, Mugabe (Presidente do Zimbabwé que não se importa de afrontar o ocidente ao impor a sua vontade contra tudo e todos e nem sequer aceitou a sua derrota eleitoral). e outros mais "soft" que dominam habilmente o poder, manobrando os meios de informação e por essa via a opinião pública. Assim, quem declara desejar um novo ditador deve ser mais comedido porque poderá sair-lhe um que não espere e não goste.
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 16:50
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Sexta-feira, 25 de Junho de 2010

O CRIME VIOLENTO E O SEU (NÃO) COMBATE

Os partidos de esquerda desculpam sistematicamente a criminalidade com a pobreza e o desemprego. Parece terem receio de uma atitude mais enérgica na luta contra o crime. Será que ficaram traumatizados desde os tempos do fascismo? Esta postura está a desorientar o seu próprio eleitorado natural: os mais pobres que são também os mais desprotegidos face à criminalidade. Assim, os partidos de esquerda têm muita responsabilidade relativamente ao crescimento de extrema-direita que têm um discurso bem mais sensato sobre o combate crime. Não me parece que o combate ao crime seja incompatível com a defesa dos mais desfavorecidos que também são as principais vítimas dos criminosos porque não têm guarda-costas nem especiais sistemas de segurança nos seus automóveis nem nas suas casas. Têm fechado centenas de Empresas que têm jogando muita gente no desemprego e na pobreza. Muitos trabalhadores ficam até com muitos meses de salário por pagar. Se o desespero e a pobreza fossem o principal motivo para o crime violento então muitos assaltos partiriam dos grupos de pessoas na mesma situação que se juntam nos antigos locais de trabalho. Durante o antigo regime a pobreza em Portugal era maior do que a actual e a criminalidade violenta era praticamente inexistente. Se a mais pobreza implicasse maior criminalidade, então não teria sido assim. As estatísticas nem reflectem a nossa realidade porque as vítimas já não acreditam na eficácia do nosso sistema de justiça e sabem que os criminosos são rapidamente postos em liberdade, mesmo quando capturados em flagrante delito, ficando as vítimas depois sujeitas a represálias, por isso muitas já nem se queixam. Pela mesma razão, vítimas e testemunhas escondem a face quando são entrevistadas pela televisão. Há alguns anos um Mayor de Nova Iorque decidiu que não se deveria menosprezar a pequena criminalidade nem os pequenos delitos, porque a sensação de impunidade se instala nos jovens delinquentes, estes vão progredindo para infracções cada vez mais graves até que a situação se torna incontrolável. Implementou então a célebre "Tolerância Zero" que, como se sabe, deu óptimos resultados, reduzindo num só ano a criminalidade em cerca de metade. A actual política portuguesa é a de manter os criminosos na rua, mesmo depois de várias reincidências. Acredito que “apenas” seja uma forma de poupar dinheiro ao orçamento do estado, poupança que os cidadãos acabam por pagar ainda mais caro quando ficam sujeitos aos actos dos criminosos, na sua maioria já são reincidentes. Os criminosos continuam impunes e com as suas actividades criminais, subindo o nível dos seus delitos e servem de exemplo para que os mais jovens sigam o caminho da delinquência. Este é o resultado das nossas políticas. Por tudo isto é natural que os cidadãos portugueses (e não só porque esta política não é exclusiva do nosso país) no seu desespero começam a mudar a sua orientação de voto para a extrema-direita que tem um discurso bem mais sensato sobre o problema mas depois são penalizados pelas políticas neo-liberais que visam colocar os custos do trabalho ao nível do extremo oriente e da China e retirar-lhes a pouco e pouco todas as regalias sociais conseguidas durante muitos anos (sobre isto poderá ver um comentário meu em http://bancadadirecta.blogspot.com/2009/07/os-milagres-da-globalizacao-na-cimeira.html). Isso já aconteceu em França…
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 10:26
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Quinta-feira, 20 de Maio de 2010

RENDIMENTO MÍNIMO DE INSERÇÃO

A verdadeira ajuda à exclusão e à pobreza não é o "Rendimento mínimo de inserção" pois não serve os casos dos mais necessitados, dos que dormem ao relento e comem no caixote do lixo. É fácil observá-los, principalmente nas grandes cidades. Assim, esse dinheiro deveria ser desviado para a construção e manutenção de camaratas e abrigos para que NINGUÉM TIVESSE QUE VIVER NA RUA: todos têm direito a uma cama sob um tecto, à comida e à assistência médica para poderem sobreviver, mesmo que sejam toxicodependentes ou deficientes mentais e jogar-lhes dinheiro em cima de nada serve. O sistema actual não elimina essa praga e cria, ao invés, uma clientela de gente que recebe centenas de euros (se tiverem muitos filhos) para gastar onde muito bem lhes apetece. Quem sabe se alguns não vivem até à conta do subsídio com prejuízo das crianças de que se servem para o receber?

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 17:28
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