Terça-feira, 21 de Junho de 2016

China é dona do super-computador mais potente do mundo

Ainda há quem diga que a China não tem tecnologia de qualidade...

Globalização - A queda do Ocidente

 

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 10:46
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Domingo, 18 de Maio de 2014

As minhas previsões estão a confirmar-se

Hoje trago-vos um comentário (ver no final do texto principal) que fiz em 2007 anos acerca da "flexisseguraça" de que então os políticos muito falavam. Explico aí do que se trata a flexissegurança à portuguesa. Agora, passados 7 anos e as alterações feitas pelo presente governo do PSD/CDS e pelo anterior do PS já confirmam muito das minhas previsões, mas o processo ainda não está completo e o que vem aí é catastrófico. Podem aceder através do "link" acima ou ler em baixo para onde o copiei:
Endereço do "Link" do comentário http://avozdoproletario.blogs.sapo.pt/2007/07/
"SEXTA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2007

"FLEXISSEGURANÇA"

Comentários:
De Zé da Burra o Alentejano a 6 de Julho de 2007 às 10:11
Flexissegurança

O CONCEITO DA "FLEXISSEGURANÇA" NASCEU NOS PAÍSES NÓRDICOS E REFERE-SE A UMA MAIOR FLEXIBILIDADE DAS LEIS DO LABORAIS, COMPENSADA POR UMA MAIOR SEGURANÇA DOS TRABALHADORES QUANDO POR ELA SÃO AFECTADOS.

É incompreensível falar-se em flexissegurança, num país que está a eliminar, a pouco e pouco, as exíguas regalias sociais aos trabalhadores, que vão ficando cada vez mais inseguros quanto ao seu futuro. Poderão esperar menores subsídios de desemprego e durante menos tempo; maior dificuldade de conseguir uma reforma, mesmo por doença, e quando a conseguirem será de valor inferior à que teriam actualmente com os mesmos descontos para a Segurança Social, não obstante os seus impostos também aumentarem constantemente. É também cada vez mais difícil provar a incapacidade para o trabalho: seja para obter uma baixa médica, seja para reunir as necessárias provas que justifiquem uma reforma antecipada, tendo em atenção a maior dificuldade de conseguir o atendimento nos Centros de Saúde e a maneira superficial como os doentes são atendidos. Muitos exames médicos ficam por fazer ou são feitos tardiamente (para redução de despesas?). O apoio na saúde é portanto cada vez menor: seja no acesso às consultas, seja nas taxas criadas e sucessivamente aumentadas, seja no custo dos medicamentos. Reduz-se o apoio ao casamento com o fim do respectivo subsídio, à educação pré-escolar, básica, secundária e superior, tal como na velhice, tal como na morte com o fim do subsídio de funeral. Assim, neste país, a maior SEGURANÇA não diz respeito ao trabalhador.

A "FLEXISSEGURANÇA” refere-se por cá tão só à entidade empregadora:

A "FLEXIBILIDADE" para despedir, para eliminar as poucas regalias existentes, conseguidas ao longo de muitos anos, com ou sem a negociação dos sindicatos: salários, subsídios de férias, de Natal (e outros), pagamento de horas extraordinárias, número de horas de trabalho, horários, férias, etc...

A "SEGURANÇA", não dizendo respeito ao trabalhador, só poderá ser relativa à entidade empregadora: visa uma maior SEGURANÇA da empresa na concorrência global em que se encontra envolvida.

Aos trabalhadores só lhes resta trabalhar enquanto puderem e, dada a “Flexibilidade”, deverão ser despedidos antes das suas capacidades físicas e mentais começarem a ficar reduzidas, o que é normal a partir de certa idade para a execução de muitas tarefas: o patrão não poderá substituir-se à Segurança Social e manter trabalhadores que já não lhe são rentáveis, que já não conseguem ter a necessária assiduidade ao trabalho, porque faltam constantemente por razões de saúde, onde se inclui a ida a Centros de Saúde e aos Hospitais, marcar consultas e exames médicos, depois irem a essas consultas e exames, ficarem frequentemente debilitados e doentes. Assim, apesar de toda a compreensão, o mais certo será acabarem convencidos a abandonar livremente o trabalho ou serem mesmo despedidos então.

Quanto à sobrevivência futura desses trabalhadores será aquela que o destino ditar: ou têm algumas economias, o que é pouco provável; ou passam a viver à custa dos filhos, se os tiverem e estiverem dispostos a isso, ou até puderem. O que não poderão é esperar receber algum dinheiro do que descontaram para a Segurança Social antes de atingirem a idade legal da reforma, por vezes durante décadas, dada a dificuldade em a conseguir. Muitos deles morrerão antes disso. A maioria nem poderá contar com um “rendimento mínimo de inserção”, porque nem todos os trabalhadores têm direito a ela e a única inserção possível seria a reforma."
Zé da Burra o Alentejano
publicado por Zé da Burra o Alentejano às 08:25
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Terça-feira, 31 de Julho de 2012

O Fim do Ocidente - O fim de uma civilização

 

 

 


Há quem diga que esta globalização era inevitável, mas o mundo não surgiu de repente após a queda do muro de Berlim, quando este desvario neoliberal começou, e ainda há países que defendem os seus interesses e a sua economia; onde a globalização chega mas de forma controlada. Tal não acontece na Europa ocidental que abraçou completamente o mercado global, livre e selvagem, fazendo-nos crer que a diferença tecnológica compensaria os baixos custos salariais no oriente. Porém, a rápida deslocalização de milhares de empresas ocidentais para a China e outros países do extremo oriente fizeram desenvolver económicamente esses países muito depressa e não irá demorar muito tempo até que atinjam (e ultrapassem) a alta capacidade tecnológica ocidental em áreas chave: como na indústria automóvel, aérea, naval, espacial e na construção de armamento de ponta e quando isso acontecer - mais depressa do que muitos julgam - a minha tese ficará comprovada. aliás, quem tem dinheiro pode continuar a pagar miseravelmente aos seus trabalhadores e principescamente aos génios estrangeiros que lhes interessa ter nas suas empresas e assim, também a inovação começará a vir do oriente. Entretanto as gigantes multinacionais já terão sido adquiridas pelo capital chinês e já não pertencerão aos EUA, nem à Alemanha, nem à França, nem à Inglaterra, países que irão aplicar as receitas já antes impostas aos países ocidentais mais fracos, mas aí o efeito será ainda pior porque a sua população atingiu um nível de bem estar social muito superior ao dos países periféricos e o caos chegará mais depressa e devastador. Quanto a palavras como: constituição, democracia, eleições, referendo, representatividade terão cada vez menor importância. A prepotência e a força bruta voltarão a imperar e as ditaduras regressarão ao "velho mundo", pois os países desenvolvidos do ocidente cairam na armadilha da "globalização selvagem" que interessava às grandes companhias, que pretendiam aproveitar-se dos baixos custos de produção no oriente. O custo da mão de obra é insignificante como factor de produção no valor dos bens produzidos nos países emergentes do oriente em virtude dos baixos salários e da inexistência de quaisquer obrigações sociais. Para atingirem estes fins as grandes companhias serviram-se de políticos ocidentais corruptos que lhes faciliaram a tarefa. A UE, EUA e alguns países do chamado primeiro mundo que aderiram à globalização selvagem perderão a curto prazo a sua importância industrial e económica. Muitos deles acabarão por cair rapidamente no 3.º mundismo e na miséria, com muitos milhões de desempregados, salteadores e indigentes. Os trabalhadores ocidentais assalariados que restarem ficarão, tal qual os chineses, sem quaisquer direitos e não poderão contar senão com a "nova escravatura" e o seu destino será: nascer, trabalhar e depois serem despedidos quando a robustez física começar a faltar, dado que os despedimentos serão cada vez mais fáceis e económicos para as empresas. Então apenas restará aguardar a morte na extrema miséria, sem assistência médica do Estado e sem dinheiro para a pagar. Dada a cada vez maior dificuldade de acesso aos serviços de saúde, qualquer pedido de reforma por incapacidade física será muito difícil de justificar. Assim, até uma reforma resídual e simbólica, para a qual muitos deles terão até descontado, lhes será negada, pelo que só lhes restará aguardar o limite de idade que chegará cada vez mais tarde, na maioria dos casos depois de já terem morrido, porque, irónicamente, a esperança de vida irá ser então menor, em virtude do Serviço Nacional de Saúde se tornar ineficaz e por não terem meios para pagar a medicina privada.

Com uma globalização diferente a China e os restantes países do oriente iriam crescer económicamente  de forma mais lenta, sem choques e com mais benefícios para a sua própria população. Desta feita, esses países nem vêm qualquer necessidade de promover um melhor bem estar social à sua população para que as portas comerciais lhes sejam abertas a ocidente. Antes desta globalização ultraliberal, para um país exportar os seus produtos para outro, eram necessárias negociações prévias e o impacto que a eventual importação provocaria no país de destino era tido em conta(na UE, o impacto numa região deveria ser considerada e implicar compensações internas nalguns casos). Contrapartidas eram frequentemente postas sobre a mesa: Caso aceitemos importar o vosso produto, que poderão compra-nos em troca? No final, um acordo era normalmente possível e algum equilíbrio comercial também. Mas com esta desregulação a questão nem se põe: se um par de sapatos custa 1 euro a produzir na China e 25 na UE, então passam a vir de lá todos e pronto, mesmo que isso represente o fim da indústria do calçado e o fim de milhares de empregos num ou em vários países da UE. É claro que isto vai estender-se a toda a indústria e assim estamos a assistir à desindustrialização do ocidente à sua rápida queda. 

Há quem aponte os baixos juros concedidos aos países ocidentais como os responsáveis pela crise ocidental, os quais terão levado a excesso de despesas e de endividamento. Não! a explicação é exatamente ao contrário: os mercados de capitais aperceberam-se de que os países do ocidente estavam a desindustrializar-se, fruto da deslocalização das suas indústrias para o oriente, e por isso lhes seria muito difícil pagar os seus créditos. O maior risco fez aumentar os juros a cobrar pelos empréstimos futuros e os países mais débeis estão já a sentir os efeitos; os mais fortes, como os EUA e a Alemanha têm-se aguentado, por enquanto, mas a sua vez chegará também quando a nova superpotencia julgar oportuno, porque nem esses poderão concorrer em mercado livre com a China, um país que nem precisou de abandonar o dogma do "comunismo" para atingir o explendor capitalista e já é a nova superpotência económica mundial. Ainda que apenas uma ínfima parte da sua população tenha real poder de compra, há que lembrar o seu número:  1,3 mil milhões de habitantes, por isso já é também um grande mercado mundial. As indústrias já se mudaram em grande parte para lá, por isso para recuar é tarde e resta-nos agora reparar nas etiquetas das mercadorias "Made in China" ou "Made in RPC" ou "Made in Germany, assembled in RPC" (como aparece numa memória externa para PC que comprei à dias). 

Sempre houve civilizações que se desenvolveram, atingiram o seu auge e depois cairam, ultrapassadas por outras, e nós, pelo menos, temos a "felicidade" de estarmos a viver um marco na História Mundial.

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 10:15
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