Terça-feira, 14 de Junho de 2016

Serviço de Saúde para Ricos e para Pobres

Ainda há "ricos e pobres" no acesso à saúde. Este é o título de uma notícia no rr.sapo.pt, que é depois desenvolvida no texto que se segue e que vos convido a ler (ver notícia).

Relativamente ao assunto quero acrescentar que isso é o resultado de um plano preparado para liquidar o Serviço Nacional de Saúde, que aqui se apelida de SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE, tendo em vista o aumento de espaço para a sua substituição por um Serviço de Saúde Pública baseada em Seguros de Saúde contratados a companhias de seguros, à semelhança do que acontece em diversos países que, porém, têm diferenças muito grandes relativamente a Portugal: 1.º) a sua população utiliza esse sistema há muitos anos; 2.º) tem um poder de compra muito superior ao dos portugueses; 3,º) a população (que pode) tem o cuidado de fazer um seguro de saúde para qualquer criança o mais cedo possível, até porque fica muito mais económico para o segurado porque terá pela frente a expectativa de gozar de muitos e bons anos de saúde, pois as doenças e acidentes vão aparecendo e agravando ao longo da vida, o que corresponde a um largo período de lucro expectável para a companhia seguradora e é precisamente esse o objetivo de qualquer seguradora.

Apesar disso existem nesses países casos dramáticos, porque como o sistema baseado em seguros de saúde tem em vista um negócio e vez de servir a população, quem não tem dinheiro para pagar um bom seguro ou atingiu o "plafond" (valor máximo que a companhia paga) não beneficia de qualquer apoio com uma qualidade mínima aceitável e acaba por morrer por vezes como um cão vadio.
Já há alguns anos que estão a nascer em Portugal, como cogumelos, os Hospitais e as Clínicas privadas, que se preparam já para a transição dos serviços de saúde para os privados; e a maioria dos portugueses nem se apercebe da mudança em curso.

Enfim, talvez pudesse ser motivo para uma manifestação "em favor do Serviço Nacional de Saúde Público", o que não ofende os cuidados de saúde privados que sempre existiram em Portugal paralelamente ao SNS.

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 10:28
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Terça-feira, 15 de Julho de 2014

Os Seguros de Saúde não são alternativa ao Serviço Nacional de Saúde

Sou a favor do Serviço Nacional de Saúde e contra um sistema baseado em seguros de saúde porque são muito piores do que os sistemas mutualistas de saúde muito comuns durante o anterior regime.

 

Os sistemas de saúde mutualistas foram muito usados durante o anterior regime em algumas profissões e atividades e visavam servir os seus sócios prestando-lhes cuidados de saúde sem o objetivo do lucro. Mas os sistemas de saúde baseados em seguros de saúde visam o lucro, como é óbvio, e são ótimo negócio para as seguradoras. Os seguros são na realidade muito usados em alguns países e agora os últimos Governos PSD/CDS e até do PS (que até criou em tempos idos o SNS) estão a querer impingir-nos os seguros de saúde como a solução alternativa para falta de resposta do SNS face às necessidades dos portugueses. 


Mas quais são as características de um Seguro de Saúde particular? quando se pretende fazer um seguro de saúde, o seu custo depende da idade do segurado e o seu preço aumenta com a idade na medida em que as probalidades de lucro são menores porque á medida que a idade aumenta aumentam também as doenças. Ainda assim, as seguradoras têm o cuidado de fazer "check ups" aos candidatos a um novo seguro para avaliar das doenças que já possui por forma a fiquem excluídas ou que provoquem o aumento do prémio a pagar pelo seguro. A ajuda fica normalmente sujeita a um teto "plafond" a partir do qual a seguradora deixa de cobrir quaisquer despesas, o que é dramático porque é nessa altura que o doente mais precisa de apoio. O segurado, que  antes foi aliciado e acarinhado enquanto dava lucro, acaba depois abandonado à sua sorte porque atingiu o tal "plafond". Para além disso, muitos seguros caducam ao se atingir uma determinada idade o que eu considero uma cláusula abusiva, mas porque é aceite por ambas as partes não há motivo de reclamação. Existem ainda os seguros de saúde das empresas que funcionam de maneira diferente e melhor porque olham para a empresa, o cliente, como um todo e não distingue os seus trabalhadores, mas esses seguros vigoram enquanto se está em idade ativa e se trabalha na empresa.

 

Assim sendo, há que não deixar cair o SNS num sistema resídual e sem capacidade de resposta para atender e responder aos cuidados de saúde dos portugueses, o que já está a acontecer. Há que revitalizá-lo para que volte a ser o que foi não deixando cair de novo a qualidade e esperança de vida dos portugueses (onde até posso incluir a mortalidade infantil). Continuando assim apenas poderemos esperar para o futuro a redução da "esperança de vida", o que, perversamente, poderá convir até aos governos futuros porque deixam de pagar tantas pensões de reforma.

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 10:00
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Sábado, 5 de Abril de 2014

A Saúde cada vez mais longe dos portugueses

Hoje vou falar num assunto já muito conhecido que não será demais lembrar:

 

Apesar de se pagarem altas taxas para se ser atendido no Serviço Nacional de Saúde, os portugueses estão a ter cada vez maiores dificuldades em aceder a uma simples consulta no seu Centro de Saúde e nos Hospitais. Quando necessitam de um tratamento mais urgente, como por exemplo, tratar de uma gripe, são forçados, por vezes, a arrastar-se penosamente a altas horas da noite (4/5 horas da madrugada) para se postarem numa fila, na rua, ao relento, cheios de frio, por vezes com febre até, esperando a abertura do Centro de Saúde que abre em geral as portas às 8h00 para poderem ser atendidos. Mas em muitos casos acabam por regressar a casa sem atendimento porque os médicos só atendem um determinado número de doentes, para evitar, talvez, o pagamento de horas extraordinárias. O tempo de espera por uma consulta de urgência nos hospitais atinge dezenas de horas e programam-se consultas com anos de antecedência em que os doentes chegam a ser chamados depois de terem morrido. Alguns morrem nas imediações dos hospitais depois de serem atendidos e mandados embora para casa. Há quem não resista à falta de resposta do SNS e chegue ao extremo de se suicidar.

 

Como muitos Centros de Saúde têm fechado, os mais próximos ficam frequentemente mais mais longe, aumentando a dificuldade de muitos doentes serem atendidos. O problema é ainda maior se considerarmos as aldeias e as vila da província, onde os doentes não têm possibilidade de se deslocar ao Centro de Saúde a não ser que tenham algum familiar ou amigo que os leve. Nos tempos de hoje, as famílias já não vivem perto, como acontecia antigamente. Muitas tiveram que emigrar para sobreviver, dada a escassez de empregos disponíveis e a baixa remuneração em Portugal ser insuficiente para fazer face ao elevado custo de vida, que, em muitos casos, é superior até ao dos países mais ricos da UE. 

 

Uma simples ida a uma consulta é por vezes complicado, pois os Centros de Saúde e Hospitais onde se situam não são convenientemente servidos por transportes coletivos; ou são-no a horas que já não dá para se ser atendido; ou se tem que ir muito cedo; ou a viagem fica muito cara. Há casos relatados em que os doentes vão ao hospital na véspera e dormem em salas de espera para lá poderem estar a horas no dia seguinte e também porque não têm dinheiro para pagar uma dormida fora de casa.

 

Já há quem recuse o transplante renal que aguarda há muito tempo porque fica depois obrigado a deslocações regulares ao hospital e terá que as pagar pois o transporte gratuito de que beneficiava quando estava a fazer hemodiálise é-lhe retirado e o hospital fica por vezes a mais de cem de kilómetros de distância. Muitos desses doentes ficam sem meios económicos e preferem continuar com a hemodiálise.  

 

Dada a alta qualidade dos serviços de saúde em Portugal, está a promover-se agora o turismo de saúde para estrangeiros ricos virem cá tratar-se, pois os portugueses não têm capacidade económica para pagar a medicina privada e muito menos as intervenções cirúrgicas de que por vezes necessitam e pelas quais têm que esperar durante muito tempo, nalguns casos perdendo-se a sua eficácia por não terem sido realizadas a tempo.

 

Finalmente: os políticos portugueses ainda têm o descaramento de anunciar aumentos de "esperança de vida", como se não soubessem que as estatísticas se referem sempre ao passado. O que se passa agora virá nas estatísticas futuras se entretanto não decidirem alterar os parâmetros para o seu cálculo.

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 11:49
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Terça-feira, 30 de Julho de 2013

Tecnologias de ponta na área da medicina

Sim! Este país, cuja população assiste à especialização do seu país em tecnologias de ponta na área dos tratamentos médicos, assiste igualmente ao colapso do seu Serviço Nacional de Saúde e, em consequência, a uma redução da esperança de vida da sua população, o que se constará daqui a alguns anos (poucos) quando as estatísticas incluirem os nossos tempos.


O mais moderno equipamento para o tratamento de radioterapia foi adquirido e instalado na Fundação Champalimaud mas ainda não recebeu qualquer doente do SNS, ADSE, etc. e está a ser disponibilizado apenas a doentes com suficiente capacidade económica que paguem os tratamentos, por isso, porque os tratamentos são muito caros, estão acessíveis apenas para portugueses e estrangeiros ricos. Os tratamentos tradicionais matam as células cancerígenes e as sãs, pelo que os doentes vão a pouco e pouco definhando e frequentemente morrem da “cura”. O novo equipamento visa apenas nas células cancerígenes, aumentando em muito o sucesso do tratamento sem os efeitos secundário que levam frequentemente os doentes à morte. Mais: Como os terrenos onde a Fundação Champalimaud instalou o equipamento foi cedido pelo Estado português, teve a ajuda de todos os contribuintes portugueses que, salvo raríssimas exceções, vêem assim os tratamentos médicos mais evoluídos serem-lhes negados no seu próprio país...


Com efeito, Portugal está já a receber turistas estrangeiros para usufruir das mais modernas tecnologias médicas que estão a ser por cá instaladas, algumas delas inovadoras ou únicas no mundo.

 

Em Coimbra, numa outra unidade privada de saúde, foi recentemente inaugurado mais um equipamento inovador, desta vez para auxiliar a cirurgia à coluna. O equipamento permite monitorizar as operações em 3D, facilitando a tarefa do cirurgião quando opera o doente, elevando o sucesso destas cirurgias para 99,9% .


publicado por Zé da Burra o Alentejano às 20:32
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Terça-feira, 19 de Fevereiro de 2013

A Esperança de vida

Alguns políticos fartam-se de reafirmar e as estatísticas até confirmam que a "Esperança de Vida" está a aumentar em Portugal. Mas como será  isso possível quando os portugueses têm em geral cada vez maior dificuldade em aceder ao Serviço Nacional de Saúde e aos seus cuidados? Quando se fecham os Serviços de Atendimento Permanente? Quando se fecham hospitais públicos e maternidades? Quando se aglomeram os Centros de Saúde e os que ainda restam ficam muito mais longe da residência de muitos utentes? Quando se aumentam desmesuradamente os preços de atendimento no SNS? Quando se reduzem drásticamente o número de transplantes? Quando o rendimento dos portugueses que trabalham está a ser reduzido? Quando temos cada vez mais desempregados, i.e. gente com menos capacidade económica ainda? Quando há menos gente com capacidade económica para pagar e aceder aos seguros de saúde ou pagar diretamente o serviço prestado por privados? Quando se dificulta o acesso ao transporte por ambulância? Quando a carência de técnicos de saúde no SNS é cada vez maior? Quando se restringem exames de rastreio no SNS? Quando se cortam nas despesas em medicamentos, indisponibilizando no SNS muitos dos que são essênciais ao tratamento de doenças muito graves? A lista poderia até ser maior, mas julgo que já ilustra bem a situação...

 

As estatísticas indicam que a "Esperança de Vida" está a aumentar porque estão desfasadas no tempo e nos mostram hoje o resultado de um passado recente, quando tínhamos um SNS a funcionar devidamente. Mas a situação atual não deixará de constar em estatísticas futuras. Daqui a alguns anos se provará que a "Espereança de vida" já está hoje a baixar  e muito para a generalidade dos portugueses, ao contrário do que nos é dito.   

 

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 20:17
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Segunda-feira, 14 de Janeiro de 2013

PS quer acabar com a ADSE

 

Pois é notícia de hoje no JN! o PS ainda não está no Governo mas declara querer acabar com a ADSE, mas, vergonhosamente, nada diz sobre outros sistemas de saúde, que outros assalariados têm e que são muito  mais generosos do que a famigerada ADSE.

 

Muitas Empresas (as boas) oferecem aos seus trabalhadores seguros de saúde bem mais generosos do que a ADSE; outras têm sistemas de saúde próprios também muito melhores que a ADSE; isto para não falar dos sistemas de saúde dos membros das forças militares e militarizadas que também são do Estado e são melhores que a ADSE. Mas o PS parece não saber nada disso e fala nas regalias desporporcionadas da ADSE, esquecendo tudo o resto: que os funcionários públicos descontam dos seus impostos para o SNS e que têm um desconto específico para a ADSE; que quando um beneficiário da ADSE é atendido pelo SNS, paga a taxa ao SNS e o resto da conta é apresentada pelo SNS à ADSE para pagamento. Como os beneficiários da ADSE contribuiem também com os seus impostos para o SNS, como qualquer cidadão contribuinte, não me parece legítimo esse pagamento. Com efeito, os beneficiários da ADSE acabam por pagar duplamente o serviço e ficar  descriminados negativamente relativamente aos outros cidadãos, incluindo os mais abastados que para além das taxas do SNS nada mais é reclamado.

 

A vantagem da ADSE é a possibilidade do beneficiário poder deslocar-se a qualquer médico privado e depois receber da ADSE uma parte da despesa feita, a qual tem vindo a ser reduzida (a defeciência do SNS aparece aqui como um previlégio dos funcionários públicos). Mas talvez muita gente nem saiba que em certas análises e exames clínicos o doente da ADSE acaba por pagar mais do que um outro do SNS que não tenha insenção. Também existem clínicas e médicos que têm contratos com a ADSE e nesses casos o doente da ADSE paga apenas a diferença, mais ou menos o mesmo que pagaria no SNS. Essa lista tem vindo a ser reduzida porque a ADSE lhes paga pouco e cada vez mais tarde. Muitas clínicas e médicos ainda mantêm acordos mas apenas para os funcionários das forças militares e militarizadas e abandonaram os acordos com a ADSE. 

 

Os funcionários públicos têm sido fortemente penalizados em termos de salários, nos subsídios, nas legítimas aspirações de ascenção nas carreiras, na aposentação, e, agora, pretendem eliminar de forma abrupta a ADSE. Porquê tanta raiva para com os servos do Estado que se comprometeram por escrito na sua tomada de posse em "cumprir com lealdade nas funções que lhes foram confiadas"? Infelizmente, parece que em Portugal apenas as PPPs, as múltiplas fundações (muitas delas nem se sabe bem para que servem; outras servem apenas a uma parte da população mais abastada que tem dinheiro para pagar os serviços que prestam), as grandes Empresas, os bancos têm direitos adquiridos e intocáveis


Já há vários anos que quem entra para a FP sabe as condições que vai encontrar e conhece os direitos que já não tem e pode até optar por trabalhar no setor privado ou mesmo emigrar. Mas os mais idosos fizeram a escolha há muitos anos em função das condições de então. Nessa altura não era difícil encontrar empregos no setor privado com salários até superiores. As regalias da função pública faziam a diferença e levaram muita gente a decidir por ficar na FP precisamente por isso. Agora poderei dizer que se enganaram ou que foram enganados por um Estado que julgavam cumpridor do acordo assumido quando assinaram os contratos de nomeação.

 

Os muitos dos buracos descobertos na ADSE são fruto de burlas que deveriam ser investigadas e punidas, mas não se conhecem condenados, tal como noutras áreas do crime.

 

PS e PSD são a mesma coisa. O que pensa o PS (e o PSD) fazer acerca das PPPs? os direitos adquiridos não permitem corrigir os erros? será que a Empresa que explora e dá a manutenção a uma SCUT deve continuar a receber o valor total das portagens mais 9 vezes esse valor do orçamento do estado para a sua manutenção e lucro garantido. É que a obra foi feita e paga pelos portugueses e nossos parceiros da UE, mas como o país não tinha o dinheiro suficiente e por isso se endividou e agora estamos a pagar. Muitos portugueses não podem circular nas SCUTS mas pagam na mesma por via fiscal. Porque foram feitos tais contratos? por incompetência grassa de avaliação de tráfego expectável ou por corrupção? Eu prefiro acreditar na primeira hipótese. 

 

sinto-me: m
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publicado por Zé da Burra o Alentejano às 16:48
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Segunda-feira, 6 de Agosto de 2012

O Serviço Nacional de Saúde em decadência

Falei há dias com uma pessoa que está na Holanda e queixei-me da degradação dos nossos serviços de saúde; respondeu-me que por lá funcionavam os Seguros de Saúde, que toda a gente os tinha e que ela pagava mensalmente cerca de 300 euros só para o Seguro de Saúde, insinuando que talvez fosse essa a solução para os portugueses, porém esqueceu-se de uma coisa muito importante: é que a maioria dos portugueses que até trabalham jamais poderá pagar tais valores, até porque o salário mínimo que muitos portugueses recebem ao fim do mês não chega a atingir os 500 euros e além de não se trabalhar apenas para pagar o seguro de saúde, muitas outras despesas são por cá até superiores às dos países onde os salários são muito mais elevados. Por exemplo, já que falamos de saúde, posso informar quem não sabe que uma consulta num médico privado é mais cara cá do que na Holanda. Será uma questão de livre concorrência de mercado ou de falta de médicos por cá? Bom! eu sei que há poucos anos quando se falava no baixo "numerus clausus" nos cursos de medicina, a Ordem dos Médicos afirmava sempre que "não havia falta de médicos em Portugal". Hoje prova-se justamente o contrário. Então? talvez estivessem a pensar na quantidade de jovens portugueses que estavam a estudar medicina em Salamanca. Esses eram os que tinham a felicidade de ter possibilidades económicas para isso. É que esse curso era e continua a ser o único que garante um futuro aos jovens que o conseguem concluir, nem que para isso tivessem que passar pela "escola dos vintes". 

Estávamos falando de seguros e há alguns por preços inferiores aos tais 300 euros que se limitam pagar a dentistas; ou a cobrir uma parte das despesas com consultas médicas; que ajudam a pagar exames médicos e análises, mas que não conseguem responder a situações mais graves porque aí se atinge rapidamente o "Plafond" e depois os doentes ou têm que pagar na íntegra as despesas ou acabam por ter que se socorrer do serviço público de saúde.

Também há Empresas que oferecem realmente bons seguros de saúde, não só aos seus altos quadros, mas também aos restantes funcionários, embora sejam casos especiais. Não sei é se o seguro se mantem para além da vida ativa. Se isso não acontecer, esses cidadãos acabam sem proteção no final das suas vidas, normalmente, quando mais precisam.

Que me perdoem os restantes portugueses: os desempregados, os velhos e os incapazes para o trabalho, porque a esses nem sequer me referi e têm direito a um serviço nacional de saúde a sério e não a serviço de “faz de conta”, que os obriga ir com febre e dores às 4 ou 5 horas da manhã para a fila do Centro de Saúde para conseguirem uma consulta, Centro de Saúde que vai ficando frequentemente mais longe e muitos doentes não têm transporte próprio nem da família.


"A Tribe In Africa Performs Brain Surgery With No Anesthesia And Leaves A Hole In The Skull Forever"

http://www.youtube.com/watch?v=_Q3QRhsr124

 

 

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 11:20
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Quarta-feira, 27 de Julho de 2011

Os beneficiários da ADSE, esses previlegiados.

Muita gente fala nos beneficios da ADSE mas não referem a existência de outros sistemas de saúde muito mais generosos, até dentro do Estado,  como sejam os das forças militares (ADME), das forças militarizadas e de outros serviços públicos. As Empresas Públicas e muitas Privadas têm também sistemas de saúde próprios bem mais generosos que a ADSE, como por exemplo: os Bancos, as Companhias de Seguros, a Carris, a CP, a TAP, Autoeuropa e algumas empresas que lhe fornecem serviços, etc.... As boas Empresas concedem aos seus funcionários "Seguros de Saúde" bem mais generosos que a ADSE e que incluem até os cônjuges mesmo que descontem para a Segurança Social, o que não acontece na ADSE em que apenas as chamadas "domésticas da sua própria cazinha" têm direito à ADSE (se o cônjuge tiver descontos para a SS já não tem direito. Porque se esquecem sistemáticamente dos outros sistemas de saúde e falam sempre na ADSE? Sabem que os funcionários públicos descontam dos seus vencimentos diretamente para o sistema? e que até houve um desconto suplementar para a ADSE no Subsídio de férias de 2011? É verdade que os FPs têm alguma facilidade de acesso a um médico particular porque podem ir a um que tenha convenção com a ADSE e pagam uma pequena taxa, porém, como a ADSE se atraza sistemáticamente nos pagamentos a esmagadora maioria dos médicos e clínicas privadas já não fazem acordos com a ADSE (ou deixaram de ter). Algumas clínicas até têm acordos para exames de diagnóstico com o SNS mas não com a ADSE, pelo que os FPs não podem ir a essas clínicas a não ser que paguem integralmente o serviço. As tabelas de compaticipação nos exames de diagnóstico são por vezes mais caros para os beneficiários da ADSE do que para os beneficiários do SNS, que engloba a população em geral, quer descontem ou não para a SS, mas exclui os FPs (?), porque quando um FP é assistido no SNS a fatura é enviada à ADSE para pagamento do serviço. Mas, os funcionários públicos também ajudam a suportar os SNS com os seus impostos diretos e indiretos (e não têm benefícios fiscais pelo facto de serem FPs) e por isso não se compreende a lógica.  

Os funcionários públicos têm sido os "bombos da festa", foram os primeiros a pagar, com cortes nos salários, principalmente nos mais elevados, para ajudar o país a levantar-se da crise e continuarão a fazê-lo agora com os restantes portugueses.

 

Quanto a salários: todos saberão que os mais baixos estão ao nível do ordenado mínimo nacional e que os mais altos ficam muito abaixo dos mais altos praticados nas Empresas privadas, por isso muitos FPs, mòrmente os mais qualificados, estão a sair com pesadas penalizações. Eis porque começa a existir já uma enorme carência de médicos no SNS. Os FPs não são pessoas cinzentas e inúteis, mas são as que prestam diversos serviços à comunidade, como por exemplo: médicos, professores, enfermeiros, e outros com estatutos especiais, como: juízes, militares, polícias, GNR, Serviços de Fronteiras. As mais baixas categorias foram banidas da FP  já há bastante tempo. Assim, serviços de limpeza, cozinha, porteiros (agora chamados "Seguranças") e outros foram contratados a empresas privadas, ainda que acabe por sair mais caro ao orçamento do Estado. A esmagadora maioria dos atuais FPs são pessoas altamente qualificadas, e é por isso que a média de salários é superior ao das Empresas privadas. 

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 09:55
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Quarta-feira, 3 de Novembro de 2010

ADSE, esse invejável Sistema de Saúde

Muitas Empresas (as boas) oferecem aos seus trabalhadores seguros de saúde bem mais generosos do que a ADSE; outras têm sistemas de saúde próprios, também melhores do que a ADSE; isto para não falar dos sistemas de saúde dos membros das forças militares e militarizadas que também são do Estado e bem mais generosos para os seus beneficiários que a ADSE. Mas os média "envenenam" sistemáticamente invocando as regalias da ADSE e esquecem tudo o resto. Que objectivos obscuros em vista? porque criam esta onda de revolta contra os beneficiários da ADSE, um sistema co-financiado pelos trabalhadores comulativamente ao seu co-financiamento do SNS universal? 

 

Mais: quando um beneficiário da ADSE é atendido pelo SNS a conta do serviço prestado é enviada à ADSE para que seja paga ao SNS. Mas os FPs também pagam impostos e contribuem também para o SNS pelo que nem isso deveria acontecer. Os medicamentos receitados pelo SNS aos beneficiários da ADSE são comparticipados pela ADSE (e não pelo SNS). As dificuldades da ADSE em cumprir as suas obrigações para com as farmácias e laboratórios também advêm daí e se a ADSE acabar imediatamente o SNS irá ficar de imediato sobrecarregado com a afluência de milhares de Funcionários Públicos que são hoje atendidos nas clínicas e hospitais privados. O resultado está à vista, dado que os Centros de Saúde e os hospitais públicos já estão saturados e com dificuldade em responder às necessidades. Só escapará ao colapso quem tiver um bom Seguro de Saúde (pago pela Empresa ou não) ou um dos outros sistemas de saúde especiais do Estado que referi acima. Quanto aos Seguros de Saúde, cuidado com eles: servem na perfeição para as pequenas doenças mas para casos complicados depressa se esgota o "plafond" (valor máximo que pagam) e depois os seus benificiários terão que pagar do seu bolso os tratamentos ou ir ao SNS tal como os restantes cidadãos.

publicado por Zé da Burra o Alentejano às 16:31
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